Seguidores

segunda-feira, 31 de julho de 2017

AGOSTO - MÊS DO FOLCLORE BRASILEIRO

EDISON CARNEIRO – 2012

Natural de Salvador, BA, 12 de agosto é o seu aniversário. O folclorista que percorreu todo o país em busca das mais preciosas tradições da cultura popular brasileira.
*
O Folclore comemora
Relevante centenário
Neste Agosto é o mês
Do grande aniversário
Do gigante folclorista
Que conviveu com artista
Deixou-nos belo cenário
*
De quem falo já vos digo.
O nome homenageado
Edison Carneiro é
Folclorista apegado
Às tradições brasileiras
Fez delas suas bandeiras
Da cultura advogado.
*
Percorreu todo o país
Festas e religiões
Pesquisou tudo em detalhe
Em todas as ocasiões
Nada deixou para trás
De tudo, correu atrás,
Também estudou baiões.
*
Amigo de Jorge Amado
Que sempre reconheceu
No folclorista o mérito
De tudo que descreveu.
Muitos anos de pesquisas
Leu também as poetisas
Sobre tudo escreveu
*
Pesquisou sobre a umbanda
E também o candomblé
Toda a religiosidade
Estudou e fincou pé.
Fez minucioso estudo
Mestre tal e qual Cascudo
Na cultura mostrou fé.
*
O Rodolfo Cavalcante
Que foi grande menestrel
Um folheto publicou
Todo versado em cordel
Exaltando o folclorista
Passou sua vida em revista
Como um grande nobel.
*
Convidei dona Dalinha
Da família dos Catunda
Para trazer o seu verso
Com sua verve profunda
Ela é ágil na setilha
Sempre mantem sua trilha
Sua poesia é profunda
*
Leia abaixo o folheto
Clique o “link” sem temor
Para conferir-lhe a vida.
O poeta tem valor
E o Edison Carneiro,
Este grande brasileiro,
Provocou muito rumor.
(Rosário Pinto)
C0216
Cavalcante, Rodolfo Coelho. Dr. Edison Carneiro: o gigante do folclore afro-brasileiro. Salvador: Tipografia Ansival, 1977. 8 p.




Parabéns Maria Nelcimá

PARABÉNS MARIA NELCIMÁ DE MORAIS
*
Hoje finda o mês de julho
É motivo de alegria
Porque faz aniversário
Uma importante MARIA
Que faz bonito papel
Escrevendo seu cordel
Na lida do dia-a-dia.
*
É Nelcimá de Morais
Quem abraço nessa hora
Parabenizo com gosto
Essa poeta senhora
Desejo felicidade
Nessa troca de idade
Fato que acontece agora.
*
Versos de Dalinha Catunda

Maria Nelcimá de Morais está entre as Mulheres do Cordel

domingo, 30 de julho de 2017

TONICO, DALINHA, BASTINHA E AS AVÓS



TONICO, DALINHA, BASTINHA E AS AVÓS
*
TONICO MARREIRO
A minha avó saudosa
Dona Benvinda Marreiro
Pois ela ficou famosa
Por lutar com um cangaceiro
E se você acha pouco
Subia e tirava coco
Lá na copa de um coqueiro.
*
DALINHA CATUNDA
A minha querida avó
Dona Rosina Catunda
Fez muitas estripulias
Antes de ir para a tumba
Foi quem cegou Lampião
Arrancou dele um culhão
E meteu-lhe o pé na bunda.
*
TONICO MARREIRO
Já tinha mais de cem anos
Quando isso aconteceu
E vivendo entre os serranos
Afirma um compadre meu
(Compadre Chico Mendonça)
Que a vovó montava onça
Na Serra do Cirineu...
*
DALINHA CATUNDA
Tinha só cento e dez anos
Minha avó do coração
Ao montar um marruá
Lá pras bandas do sertão
Pra visitar “Padim ciço”
Foi o maior rebuliço
Mas lhe abençoou Romão.
*
TONICO MARREIRO
Minha avó era poeta
Exímia na poesia
E para ser bem completa
Ora, ora, quem diria
Derrotou a tal Bastinha
“Encoivarou” a Dalinha
Numa grande poesia...
*
DALINHA CATUNDA
Sua avó fazia versos
Só se fosse com o sedem!
Nunca derrotou Bastinha
E nem Dalinha também,
E Você caro Tonico
Só faz versos em penico
E o cheirinho junto vem.
*
BASTINHA JOB
Tonico, não diga isso
Dalinha ainda é nova
Já sou bisa,sou velhinha
E já tô com o pé na cova,
Revido na brincadeira
De sua estrofe brejeira
Que seu talento comprova!
*
DALINHA CATUNDA
Tonico é muito querido
É um cabra de valor
Só faz versos porque sabe
Nos seus versos tem humor
E por isso ele se alinha
Comigo e com Bastinha
Quando a pedida é compor.
*

GLOSANDO NA REDE

NOS BRAÇOS DE OUTRO AMOR
EU CUREI MINHA PAIXÃO.
Mote de Dalinha Catunda
*
DALINHA CATUNDA
Foi você que disse um dia
Que a paixão ficou pequena
Inda hoje lembro a cena
Que levou minha alegria
Mas já não me contraria
Sua antiga decisão
Coloquei o pé no chão
Tratei de me recompor
NOS BRAÇOS DE OUTRO AMOR
EU CUREI MINHA PAIXÃO.
*
BASTINHA JOB
Uma folha solta ao vento
Foi assim que me senti,
Sozinha, longe de ti
Amarguei no sofrimento.
Pedi aos céus, um alento
Deus ouviu minha oração
Acalmou meu coração
Num peito aconchegador:
NOS BRAÇOS DE OUTRO AMOR
EU CUREI MINHA PAIXÃO!

*
VÂNIA FREITAS
O final do meu caderno
Era sempre carimbado
Com o nome do namorado
Que eu achava ser eterno
Sempre carinhoso e terno
Enchia meu coração
Fazendo juras em vão
Com seu jeito sedutor
Nós braços de outro amor
Eu curei minha paixão.

*
RAIMUNDO CLEMENTINO
Quando um amor não tem jeito
É claro que se procura
Um bom remédio, ou a cura
Da dor por dentro do peito
E se não passar direito
Não troque de coração,
Com toda convicção
Troque quem causa está dor
NOS BRAÇOS DE OUTRO AMOR
EU CUREI MINHA PAIXÃO.

*
HELVIA CALLOU
Da casa cai o reboco
Se põe outro no lugar
Também pra poder curar
A dor de um coração louco
Que está nesse sufoco
Numa grande solidão
Melhor perder a razão
Que viver com essa dor
Nos braços de outro amor
Eu curei minha paixão.


*
Xilo de Carlos Henrique

sábado, 29 de julho de 2017

Cordelteca do Escritório da Biblioteca do Congresso dos EUA no Rio de Janeiro


Eu, Rosário Pinto e Dalinha Catunda participamos ativamente da fase inicial deste trabalho com consultoria e referência de poetas que poderiam se interessar em compor este acervo de valor inestimável. 

Mais de 12.000 peças, CDs e DVDs capturam esse gênero literário popular brasileiro

Pesquisadores e admiradores da Literatura de Cordel têm mais uma opção para obter informações online sobre esse gênero literário popular da cultura brasileira. Desde fevereiro de 2017, a Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos, por meio do seu Escritório no Rio de Janeiro, disponibiliza um acervo digital sobre o tema o Brazil Cordel Literature Web Archive. Visite a coleção no link:


O Escritório da Biblioteca do Congresso no Rio de Janeiro e a Divisão Hispânica da Biblioteca do Congresso em Washington têm trabalhado conjuntamente com o American Folklife Center (AFC) para que essa coleção de cordéis se torne uma das maiores do mundo. São mais de 12.000 peças e entre elas, a famosa coleção de Sol Biderman e algumas datadas da década de 1930. Para capturar o trabalho dos repentistas, o Escritório também adquiriu CDs e DVDs, além de outros títulos de cordéis. Alguns deles já estão disponíveis no site do Escritório:
O Escritório também é a primeira instituição da América do Sul a preservar coleções de sites, como por exemplo, o da eleição presidencial brasileira de 2010. Mais informações visite o link: 
Sobre o Escritório da Biblioteca do Congresso dos EUA no Rio de Janeiro
O Escritório da Biblioteca do Congresso Americano (Library of Congress) no Rio de Janeiro é um dos seis escritórios no exterior administrados pela Divisão de Operações no Exterior da Biblioteca do Congresso. Seu acervo inclui materiais como publicações, obras, etc. do Brasil, Uruguai, Suriname, Guiana e da Guiana Francesa. O objetivo é enriquecer as coleções de pesquisa da Biblioteca do Congresso com o que há de melhor da produção bibliográfica desses países.
O Escritório do Programa Nacional de Catalogação e Aquisição foi inaugurado em 1966 para suprir a Biblioteca do Congresso com publicações brasileiras. As publicações adquiridas incluem livros, jornais, revistas, folhetos, literatura de cordel, CDs, CD-ROMs, DVDs, mapas, cartazes e partituras musicais. Muitas publicações são compradas, porém um pouco mais da metade do total adquirido pelo escritório é proveniente do intercâmbio com cerca de 500 instituições. No último ano foram adquiridas 15,624 peças, provenientes de compra e doação.
Para mais informações sobre esta Nota à Imprensa entrar em contato com a Assessoria de Imprensa da Embaixada dos EUA em Brasília pelo e-mail BrasiliaEMBEUA@state.gov ou pelo telefone (61) 3312-7367 / 7350 / 7364.

segunda-feira, 24 de julho de 2017

CIÚME DEMASIADO DESMANTELA UM CASAMENTO



CIÚME DEMASIADO
DESMANTELA UM CASAMENTO.

Mote: Dalinha Catunda
*

DALINHA CATUNDA
Até tempera o amor
O ciúme sendo pouco,
Mas vira coisa de louco
Quando traz angustia e dor.
Transforma-se em temor,
Acarreta sofrimento,
A vida vira um tormento
Quando é exagerado:
CIÚME DEMASIADO
DESMANTELA UM CASAMENTO.
*

GREGÓRIO FILOMENO
Pode ser um desmantelo
 O ciúme, quando fútil
Mas pode ser muito útil,
O ciúme por desvelo
Acompanhado de zelo
É um belo sentimento
 Do contrário, é sofrimento
 E até um grande pecado
CIÚME DEMASIADO
 DESMANTELA UM CASAMENTO.
*
JOANA RODRIGUES
 O amor serve de desculpa,
Pro ciúme ser reinante,
Entre o casal de amante.
Cada um serve de refém
Dessa coisa do desdém.
Se valem de um sentimento,
Que nada traz de acrescento.
Essa invenção do diabo,
CIÚME DEMASIADO
DESMANTELA UM CASAMENTO.
*

CREUSA MEIRA
A pessoa insegura
Enciumada, pessimista
Tem conduta derrotista
A cultivar amargura
Troca a leveza e doçura
Por muito aborrecimento
Faz da vida um sofrimento
Sufocando o ser amado
CIÚME DEMASIADO
DESMANTELA UM CASAMENTO.

*
BASTINHA JOB
Seca demais é deserto
Chuva muita, inundação
E peca por omissão
Quem se julga muito certo;
Não queira ficar por perto
Marcando cada momento
Quem tem esse tratamento
É casal desajustado:
CIÚME DEMASIADO
DESMANTELA O CASAMENTO!
*
CARLOS GILDEMAR PONTES
Casamento hoje em dia
É arriscado dar certo
Se a outra estiver por perto
Do outro, o medo alivia
Mas vira uma putaria
Um cabaré de jumento
Aí só se ouve lamento
De besta enciumado
Ciúme demasiado
Desmantela um casamento.
*
RAINILTO VIANA BARROS
Eu sempre achei normal
Um casal sentir ciúme
Mas quando atinge o cume
Prejudica o emocional
Cria discórdia e afinal
Esse triste sentimento
Faz o relacionamento
Tornar-se bem complicado
CIÚME DEMASIADO
DESMANTELA UM CASAMENTO.
*
VÂNIA FREITAS
Tem ciúme que atrapalha
Tem ciúme cuidadoso
Este me deixa orgulhoso
Pois não é fogo de palha
O amor sincero não falha
Não vive só de momento
Não suporta julgamento
É seguro e controlado
Ciúme demasiado
Desmantela um casamento.
*
LUIZ FERREIRA LIMA LIMIINHA
Uma parceira insegura
Quando entra em sua vida
Se fere e será ferida
Trazendo muita amargura
A vida se torna dura
Todo dia é um tormento
É briga a todo momento
Deixando o cabra brochado
CIÚME DEMASIADO
DESMANTELA UM CASAMENTO...
*
JOSENIR LACERDA
Ciúme na dose certa
Colabora e é aceito
Muitas vezes dá um jeito
E nova paixão desperta
Serve de sinal de alerta
Ante o esmorecimento
Atiça o envolvimento
Mas carece ter cuidado
CIÚME DEMASIADO
DESMANTELA O CASAMENTO.
*
RICARDO NARCISO ROCHA
Mas o amor é temperado
Como que uma guarnição
Com arroz e o feijão,
O ciúme é um tempero,
É gostoso desespero,
Dar um bom incremento
E do amor é o sustento.
Mas quando é exagerado:
CIUME DEMASIADO
DESMANTELA UM CASAMENTO.
*
FÁTIMA CORREIA
É o ciúme mesquinho
Implantado pelo cão
Ao dominar coração
Extingue todo carinho
Destruindo um belo ninho
Amor nobre sentimento
Vira mero fragmento
Deixa o casal arrasado
Ciúme demasiado
Desmantela o casamento
*
JOSEFINA FERREIRA
Ciúme doença maldita
Que ataca a qualquer um
Parece ser muito comum
E muita gente acredita
E acha até que é bonita
Alma sem discernimento,
Cheia de ressentimento
De sentido perturbado;
CIÚME DEMASIADO
DESMANTELA UM CASAMENTO

*
CHICO MULUNGU
Pra demonstrar seu amor
Um casal precisa ter
Muito zelo, bem querer
Entre si, um só fervor...
Já o ciúme traz dor
E até isolamento
Porque causa sofrimento
Pra quem ama e é amado:
CIÚME DEMASIADO
DESMANTELA UM CASAMENTO.
*
ROSÁRIO PINTO
O ciúme é desespero,
Ele mina a segurança,
Nunca leva à temperança.
O amor, se verdadeiro,
Não aceita destempero.
Não quer aborrecimento.
Não gosta do ciumento
CIÚME DEMASIADO
DESMANTELA O CASAMENTO.
Na ilustração um pé de ciúme, comum em meu sítio no Ceará.
Foto o meu acervo.




quinta-feira, 20 de julho de 2017

CORDEL DE SAIA EM AÇÃO


CORDEL DE SAIA, a convite da diretora Mirtes Medeiros e do Coordenador Técnico Lula Wanderley, participou hoje, dia 19 e julho de 2017, às 10:30 h, dos festejos juninos realizados na unidade CAPS EAT, Espaço Aberto ao Tempo, à rua Ramiro Magalhães, 521, Engenho de Dentro.
Levamos poemas referentes a São João, Santo Antônio, e claro, sobre as mulheres na literatura de cordel.

O evento contou com a participação do cordelista e ator Edmilson Santini com o seu Teatro em Cordel.

A manhã foi regada com poemas e muita música. A plateia foi bastante receptiva e no encerramento tivemos um gostoso baião de dois.

Agradecemos, mais uma vez aos organizadores das atividades.

terça-feira, 18 de julho de 2017

AS MULHERES DO CORDEL

AS MULHERES DO CORDEL
*
Eu tinha pouca idade
E conheci a leitura
O meu pai um homem simples
Mostrou-me a literatura
Não precisou ser letrado
Nem tampouco diplomado
Pra dar valor pra cultura.
*
O meu pai muitos cordéis
Nas feiras sempre comprava
Nas feiras, tinha cultura.
O repentista tocava
Papai ao chegar em casa
Junto ao cordel dava asa.
Eu com prazer recitava.
*
Desta forma, que aprendi.
A gostar de poesia
Assim aprendi a ler
Eu não sei como seria
Ensinando e aprendendo.
Cada dia escrevendo
Retratando o dia-a-dia.
*
Edilene Soares Claudino,
É mais conhecida como Edilene Cordelista, Natural de Angelim/Pernambuco, nasceu em 27 de Outubro de 1976. Filha de Eliseu Soares da Silva e Nair Soares da Silva. Mora em Garanhuns /PE. É professora, cordelista, poetisa e contadora de histórias.  Graduada e especialista em geografia pela universidade de Pernambuco, além de Especialista em Atendimento educacional especializado-AEE Pela Universidade do Ceará.

É Membro da União Brasileira dos Escritores-UBE 
Postagem de Dalinha Catunda