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quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

Pedro e Luzia Reis, uma história de vida

Folheto dedicado a Pedro e Luzia Reis, na data do aniversário de 90 anos dela e da inauguração do Instituto Pedro e Luzia Reis, na cidade de Bom Lugar, Ma., onde ambos marcaram suas trajetórias de vida. Procurei retratar um extrato de minhas memórias de infância. A ocasião reuniu a famíla Pinto. Foi mágico. Conheci e reconheci primos há tempos não encontrava Ana Luzia Pinto e Reis promoveu este maravilhoso encontro..
PEDRO & LUZIA REIS, uma história de vida
1
Salve a Barra do Corda !
Salve, Salve Bacabal !
Salve, Salve Bom Lugar !
Meu folheto é um canal,
Nas asas da informação
Neste mundo tão global.
2
Meu nome Rosário Pinto
Sou daqui do Maranhão
Nasci lá em Bacabal
Trago minha formação
Sou poeta popular.
Venho fazer louvação.
3
Recebi grande tarefa
E cumpro como missão
Para vir aqui narrar,
E buscando exatidão.
Sempre seguindo o roteiro
Escrevo de coração.
4
Vim do Rio de Janeiro
Para contar esta história
Falar de um casal guerreiro
Que tenho em minha memória
De Luzia e Pedro Reis
Uma bela trajetória
5
Caros ouvintes, leitores!
Prestem muita atenção
Nesta história de Luzia
Mulher de bom coração
Ela é filha do Corda,
Mas escolheu este chão.
6
Filha de Licério Pinto
E de mãe Sebastiana
Teve uma infância modesta.
Com seus sonhos não se engana,
De levar conhecimento,
A todo lar e choupana.
7
Seu Licério e Sebstiana,
Foram para Bacabal.
Levaram todos os filhos
Fixaram-se no Ramal
Bairro daquela cidade.
Com aspecto ainda rural.
8
A família muito grande
Com tantos filhos pequenos
Licério tinha farmácia
Seus dias eram amenos
Dali tirava o sustento
Mantinha os filhos serenos.
9
E falo de Pedro Reis
Homem alegre e humorado.
E quando encontrou Luzia,
Ficou bem apaixonado.
E disse consigo mesmo:
“Logo, logo estou casado!”
10
Nossa Senhora dos Anjos
Era lá um bom colégio
Ela quis ser professora.
E sem qualquer privilégio,
Luzia é normalista
E de saber vasto e egrégio.
11
E no ano setenta e nove
Sua profissão conquista
Foi então que ela assumiu
Uma atitude ativista.
Já casada com seu Pedro,
Comerciante grossista.
12
O casamento seguia
E tiveram muitos filhos
Formaram a todos eles
Com orgulho e tantos brilhos
Numa luta tão aguerrida,
Mantiveram-se nos trilhos.
13
Pioneira em Bom Lugar
Funda uma escola rural:
Carlos Alberto Sardinha
Ao convite deu aval,
Para ser a Diretora.
Ela foi sempre plural.
14
Ela também foi parteira
Com sua pluralidade.
Seu Pedro tinha farmácia
Pois ela era, na verdade,
Aquela que socorria,
Toda vil enfermidade.
15
Era incansável na lida
Do lugar, foi benfeitora,
A todos sempre acudia.
Foi boa vereadora
Daquela população
Aguerrida defensora.
16
Pedro cedeu suas terras
Apostou em sua Luzia
Para o colégio fundar
Para o povo ela foi guia
Professora competente
Bela jornada cumpria
17
Leva o PDT a Bacabal
Juntamente com Luzia
Coligado com Brizola
Um novo caminho abria
Inicia uma carreira
Sua plataforma erguia.
18
Ele envolvido em política
Homem aberto e humorado
Ajuda aos camponeses
A manterem o roçado.
Fez tantas benfeitorias:
Deixando assim, seu legado!
19
Pedro como candidato
Tinha na veia o desejo
De lutar pelo seu povo
Lutava sem qualquer pejo
Esperava bom futuro
Para aquele vilarejo.
20
Ela candidatou-se
Logo conquistou este preito
Tornou-se vereadora
Levando com folga o pleito,
Por duas vezes foi eleita
E às urnas, disse: aceito.
21
Luzia foi candidata
Muito voto conquistou
Na década de setenta
Bom serviço ela prestou
À sua comunidade
E a Reeleição logrou.
22
Neste dia celebramos
A criação do Instituto
Dedicado ao casal
E que aqui, atesto e reputo.
Fizeram por merecer
Receber o contributo.
22
É homenagem dos filhos
E é bom vê-la presente
Ainda demonstra alegria
Nos traços vivos da mente
Hoje a festa é para ela
E o seu coração pressente
23
Nas tramas deste cordel,
Já prestei minha homenagem
Os fatos que aqui narrei
Foram de minha bagagem
À Luzia retratei
Mulher de fibra e coragem
24
Sigo sendo uma Nordestina
Pois não tolero censura
Só falo na cara dura
A poesia me ensina
O meu verso se refina
Sou poetisa e não minto
Escrevo aquilo que sinto.
.Faço cordel, faço prosa,
Pois gosto de fazer glosa.
,Assino: Rosário Pinto.
*
(Bacabal e Bom Lugar Lugar, em 12,13 e 14 de 2019)

quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

Plenária de dezembro de 2019 da ABLC


Plenária de dezembro da ABLC
A Academia Brasileira de Literatura de Cordel realizou nesta quarta-feira, dia 18 de dezembro de 2019 a Sessão Plenária que fechou o ano.
Na plenária, além dos poetas radicados no Rio de Janeiro, marcou presença nosso confrade Dideus Sales que reside em Aracati- CE, mas sempre que possível vem prestigiar a sessão de dezembro.
Entre declamações e números musicais, a reunião transcorreu animada, nessa tarde festiva.
Desejo a todos um Feliz Natal e um próspero Ano Novo.
Dalinha Catunda, cad. 25 da ABLC.

terça-feira, 17 de dezembro de 2019

O CORDEL É DELAS


ENTREVISTA NA REVISTA DESVARIO
As mulheres cordelistas aos poucos vêm ocupando os espaços tão desejados.
Já não somos tão invisíveis como éramos antes.
 Deixamos de ser apenas a musa dos poetas, enaltecida ou escrachada
Deixamos de difundir somente as histórias escritas por homens e passamos a escrever e contar nossas próprias histórias.
Enfim, estamos na pista e quem quiser ler uma ótima matéria sobre mulheres e cordel é só acessar o link: 
https://t.co/aJt9YQJH4d
Dalinha Catunda cadeira 25 da ABLC
Idealizadora e administradora do blog Cordel de Saia

terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Roda de glosa, mote de Dalinha Catunda


BORDANDO VERSOS
*
Como quem faz um bordado
Vou fiando meu cordel
Procurando ser fiel
Tramo com todo cuidado
Cada ponto do traçado
Faço com dedicação
Trago a metrificação
Pra cada verso compor
FAÇO RIMA COM AMOR
FAÇO CORDEL COM PAIXÃO
*
BASTINHA JOB
Procuro tecer meu verso
Primando na isometria
Busco a isorritmia
Poesia é meu universo
Na mensagem me alicerço
Daí vem pura emoção,
Catarse, satisfação
Compromisso no lavor:
"FAÇO RIMA COM AMOR
FAÇO CORDEL COM PAIXÃO "
*
JESUS DE RITINHA
Eu entro na brincadeira
Agricultando poesia
Plantando com alegria
A semente brotadeira
Levo também uma esteira
Que estendo com a mão
Para dessa plantação
Colher frutos de primor
FAÇO RIMA COM AMOR
FAÇO CORDEL COM PAIXÃO.
*
DAVID FERREIRA
Não entendo de bordado,
mas, eu vi mamãe tecer.
Não consegui aprender,
porquê homem do cerrado
não podia ser prendado,
fazer bordado de mão,
pisar arroz no pilão,
era visto com temor...
“Faço rima com AMOR,
faço Cordel com PAIXÃO.
*
ROSÁRIO PINTO
Faço rima faço prosa.
Procuro ter alegria.
O meu cantar se irradia
Para alguns me chamo ROSA
Eu gosto de fazer glosa
Não conheço a solidão
Trago sempre uma canção
Canto com muito fervor
FAÇO RIMA COM AMOR
FAÇO CORDEL COM PAIXÃO
*
VÂNIA FREITAS
Dedico meu tempo à arte
Eu faço que nem Dalinha
Também não saio da linha
Vou fazendo minha parte
Assim como ela reparte
Com muita dedicação
Eu tiro do coração
Algum som do meu tambor
"Faço rima com AMOR,
Faço Cordel com PAIXÃO."
*
GEVANILDO ALMEIDA
Tiro o verso da cachola
Faço ele flutuar
Sou poeta pupular
desses que não se enrola
Só não sei tocar viola
Mais na minha intuição
Metrifico a oração
Na verso que vou compor
FAÇO RIMA COM AMOR
FAÇO CORDEL COM PAIXÃO.
*
FRANCISCO CHAGAS
EU DESCREVO A NATUREZA.
O SOL, Á LUA E ESTRELAS.
EU TENHO O PRASER DE VÊ:LAS.
SE EU TIVER COM TRISTEZA.
QUANDO OLHO PRA GRANDEZA.
DO DEUS PAI DÁ CRIAÇÃO.
SINTO NO MEU CORAÇÃO.
MUITA ALEGRIA E VIGOR?
FAÇO RIMA COM AMOR.
FAÇO CORDEL COM PAIXÃO.
*
RIVAMOURA TEIXEIRA
Eu sou mei intrometido
Doido levado da breca
Quero brincar de peteca
E este tema é tão querido
Eu tbem tenho mantido
Esta forma de expressão
Traço com dedicação
Metrifico com fervor
Faço rimas com amor
Faço cordéis com paixão
*
Mote e foto de Dalinha Catunda.

domingo, 8 de dezembro de 2019

EXPOSIÇÃO DE JOTA RODRIGUES



EXPOSIÇÃO
 JOTA RODRIGUES O POETA DA VIDA ATREVIDA

A literatura de cordel vem ganhando espaço em lugares especiais, na cidade do Rio de Janeiro, os bons ventos começam a soprar após o cordel ser reconhecido como Patrimônio Imaterial e cultural do Brasil.  E eu, como cordelista e interessada nesse tema, fico feliz em aplaudir e divulgar essa nossa arte.
A Galeria Cândido Portinari, espaço admirável, comemora os 70 da UERG com a exposição de Jota Rodrigues, O Poeta da Vida Atrevida. Exposição essa, que teve a curadoria de Ricardo Gomes Lima e Ana Carolina.
 A exposição começou dia 5 de dezembro e se estenderá até 13 de fevereiro, vale a pena ver os vários aspectos da trajetória desse poeta nordestino que mesmo com todas as dificuldades não desistiu de propagar sua cultura em todos os lugares por onde passou.

Fotos enviadas por Ana Carolina.
Nota de Dalinha Catunda

quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

O MUNDO VAI SE ACABAR, SE NÃO HOUVER AMANHÃ


















O MUNDO VAI SE ACABAR

SE NÃO HOUVER AMANHÃ!
*
DALINHA CATUNDA
Já morri de tanto rir
De raiva quase morri
Mas sempre sobrevivi
Apostando no porvir
Tão cedo não vou sumir
Falei isso num divã
Sou Limeira, sou tantã
No mote que vou glosar:
O MUNDO VAI SE ACABAR
SE NÃO HOUVER AMANHÃ!

BASTINHA JOB
A cada dia e hora
O mundo vai se finando
O SER humano vai dando
Na própria vida um fora;
Isso é mau e apavora:
O corpo sem mente sã
A vida se torna vã
É a descrença a reinar:
O MUNDO VAI SE ACABAR
SE NÃO HOUVER AMANHÃ!
*
MOTE DE HELIODORO MORAIS
GLOSA DAS DOIDAS DE CHAPÉU
*

Dalinha Catunda,cad. 25 da ABLC
Email: dalinhaac@gmail.com