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sexta-feira, 29 de novembro de 2019

PLENÁRIA ABLC – 25 NOVEMBRO 2019

A Sessão Plenária da ABLC, de 25 de novembro de 2019 trouxe notícias de poetas e poetisas de cordel em suas andanças pela cidade.

O poeta Zé Salvador juntamente com o professor Emanoel Cavalcanti levaram um grupo de alunos do Colégio Gau para apresentar folheto de cordel coletivo com o título de Seja menos preconceito, decorrente de Oficina Literária ministrada por ele, Zé Salvador.
A poetisa Suyene Arrais, formanda da Faculdade de moda, levou os folhetos que a introduzem no universo da literatura de cordel: Cordel filosofando sobre moda e A casinha de taipa, ambos de 2019, com assinatura do desenho de capa. Seus folhetos foram muito bem recebidos pelo colegiado e todos concordaram que ela está na trilha do cordel.
Eu e Dalinha Catunda levamos o folheto Baiana de acarajé, lançado dia 25 de novembro, pelo Iphan-RJ, no dia em que se comemora o DIA DA BAIANA DE ACARAJÉ.
DEIXE AQUI SEU COMENTÁRIO

Rosário Pinto
Para o Cordel de Saia


quinta-feira, 28 de novembro de 2019

O MEU CANTO FEMININO/ NÃO DEIXO NINGUÉM PODAR


SEM PODA
*
DALINHA CATUNDA
Não tente apagar o brilho,
Que carrego em meu olhar.
Não queira conter o riso,
Que insisto em ostentar.
Sou mulher independente,
É boa minha semente,
Escolhi onde brotar.
No solo que eu germino,
O MEU CANTO FEMININO,
NÃO DEIXO NINGUÉM PODAR.
*
BASTINHA JOB
Na décima conclusiva
De linda disposição
Tal qual a consecutiva
Encerra bela oração;
Por isso aplaudo de pé
À cordelista que é
Versátil no versejar
Ao seu, meu verso confino:
O MEU CANTO FEMININO
NÃO DEIXO NINGUÉM PODAR!

*
Mote de Dalinha Catunda
dalinhaac@gmail.com

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

CLEUSA SANTO - AS MULHERES DO CORDEL


CLEUSA SANTO
*
Meu rosto está marcado,
De tristezas e alegrias,
Que bom que eu envelheci,
Que já vivi muitos dias,
Quero minhas rugas sim,
Elas fazem partes de mim,
Rugas também são poesias.

*
Meu nome é Cleusa Santo. Na verdade é Cleusa Alves dos Santos, e eu uso Cleusa Santo sem o “s”. Eu nasci dia 13 de março de 1954 – sou pisciana –, em Tarumã, interior de São Paulo, cidade que eu não conheço porque nós [Cleusa e a família] fomos para o Paraná quando eu tinha dois meses de idade. Então digo que sou paranaense porque fui criada no Paraná até os doze anos. Meus pais são baianos, de Jacobina, interior da Bahia. Depois voltamos para São Paulo
Editei pela Luzeiro, meu primeiro foi “Joselito e sua Cabra”, depois veio “Uma Formiga em Hollywood”, “Súplica de um papagaio”, “Uma Pedra no Meu Caminho”, esse último que foi premiado, e tem também “Rino: o rato que roeu a roupa do rei de Roma”. Vai sair também um texto que fiz chamado “O Migrante” falando sobre a trajetória de vir para São Paulo e o preconceito que São Paulo tem com o nordestino.
Texto e foto da cordelista, atriz e contadora de história, Cleusa Santo
*
Pesquisa de Dalinha Catunda cad. 25 da ABLC
dalinhaac@gmail.com

terça-feira, 26 de novembro de 2019

UM POUCO DE HISTÓRIA DA REGIÃO DA GAMBOA


Dia 25 de Novembro eu e Dalinha Catunda participamos das Celebrações promovidas pelo Iphan-RJ para homenagear as Baianas de Acarajé que tiveram seu Ofício reconhecido e Registrado como Bem de Patrimônio Cultural  Imaterial Brasileiro, em 2004. Apresentamos o folheto de cordel Baiana de Acarajé. Foi mesmo emocionante.
Os festejos tiveram início com uma missa realizada na Matriz de Santa Rita (1722), no Largo de Santa Rita, Gamboa, Rio de Janeiro, RJ. Esta Igreja fica na região em que os escravos eram comercializados, quando chegavam ao Rio de Janeiro nos navios negreiros. Em todos o entorno da Igreja foram descobertos cemitérios de africanos. Muitos destes cemitérios eram simplesmente valas. O cais do Valongo é hoje, Patrimônio da Humanidade. A Igreja Matriz de Santa Rita data do século XVIII.


A festa de confraternização e entrega de Registro a algumas baianas foi no Centro Cultural José Bonifácio (1877), construído a pedido de D. Pedro II, onde se registra a primeira Escola Pública do Brasil, que funcionou até 1966. Após este período passou a ser uma biblioteca especializada em cultura africana, e se transformou em centro de referência sobre a história e a cultura negra com a criação do Centro Cultural José Bonifácio.

 Texto: Rosário Pinto
Para o CORDEL DE SAIA

CORDEL - BAIANAS DE ACARAJÉ


HOMENAGEM A BAIANA DE ACARAJÉ
1-DC
A Iansã peço licença
Para falar da Baiana
A que sempre se engalana
Pra fazer boa presença
E levar a sua crença
Pra rua e para o terreiro
Na cabeça um tabuleiro
E na caminhada a fé
Baiana do acarajé
Patrimônio Brasileiro.
2-RP
Acarajé? Iguaria!
Um bolinho de feijão
Bem vendido em profusão
Pelas ruas da Bahia
Dia e noite, noite e dia
Levados em tabuleiros
E vão deixando seus cheiros
Na passagem da Baiana
É de origem africana
E servido em terreiros.
3-DC
Segue-se um ritual
Tradição lá na Bahia
Na feitura da iguaria
Na receita original
Não é comida banal
É alimento sagrado
Que ao santo é ofertado
E na entrega da oferenda
A Baiana veste renda
Como manda o combinado.
4- RP
Bolinho de acarajé
Feito com camarão seco
Desfila por todo beco
Iguaria do Candomblé
Carrega sempre um axé
Na marca tem tradição
Ressaltado na canção
É da mulher um Ofício
Que sem qualquer sacrifício
Exercem essa função.
5-DC
As baianas atuantes
Com seus panos e colares
Chamam pra si os olhares
Com atraentes turbantes
Batas bem interessantes
Capricho na vestimenta
O interesse assim aumenta
Diante do oferecido
E o tabuleiro sortido
A freguesia alimenta.
6-RP
E no comércio ambulante
Negócio de pouca monta
Mas, é bom levar em conta.
Veio de terra distante.
Baiana segue adiante
É mulher que tudo enfrenta
Aqui ela representa
A viagem dos negreiros
Embarcados em veleiros
Numa viagem sangrenta.
7-DC
Hoje nas festas e feiras
Em festejo popular
Quem gosta vem se fartar
Na banca dessas guerreiras
Que trazem suas bandeiras
De geração a geração
Preservando a tradição
Deste fazer ancestral
Um Bem Imaterial
Cultural dessa nação.
8-RP
O traje dessa Baiana
Tem seda, tem fita e renda
Sustenta sua vivenda
E não é qualquer fulana
Dela a energia emana
Dos Saberes Culturais
Com a carga de seus ais
Percorre toda a cidade
Seguindo para a irmandade
Em busca dos ancestrais.
9-DC
Em sua concepção
Baiana do Acarajé
Mistura Ofício e Fé
E transforma em profissão
Trabalho e religião
É base do seu sustento
Da alma é alimento
Assim vai regendo a vida
No dia a dia da lida
Ganha empoderamento.
10-RP
Usa seu pano-da-costa
Tem no Livro dos Saberes
E também o dos Deveres
Representa uma proposta
Nele a Baiana recosta.
Pra melhor se apresentar
Do alaká tem que cuidar
Não pode ser enrolado
Mas pode ser bem bordado
Pra o Orixá agradar.
11- DC
Viva a mulher nordestina
Com o seu matriarcado
Que luta e acha mercado
E nessa saga agrestina
Vai delineando a sina
De quem sabe se manter
E cumprindo seu dever
Com a cara e a coragem
E jamais perde a viagem
Pois aprendeu a viver.
12-RP
Ela é bem respeitada
Como boa cozinheira
E na calçada a fileira
Para comprar a cocada
Tem da branca e da dourada
Entre os doces e o salgado
Vai deixando o seu recado
Sempre final do dia
Demonstra sua alegria
Apostando em seu legado.
13-DC
A luta não foi inglória
Não teve batalha em vão
A Baiana em ascensão
Hoje conta sua história
Salvaguardar a memória
Mais que obrigação é preito
E o IPHAN teve respeito
E acatou esse projeto
Que hoje já é concreto
O registro já foi feito.
14- RP
É um dia especial
O 25 de novembro
Vi escrito inda me lembro
Que o IPHAN deu seu aval
Patrimônio Nacional
Baiana de Acarajé
Que renovou sua fé
E comemorou com canto
Em homenagem ao santo
Em ritos de candomblé.
15-DC
Eu fiz minha louvação
Nas páginas desse cordel
Tentei cumprir meu papel
Nas linhas dessa oração
Pesquisei com atenção
E de maneira profunda
Pra que meu verso difunda
Das Baianas a cultura
Aqui deixo a assinatura
Eu sou: Dalinha Catunda!
16-RP
Encerrando este Tributo
minha participação
Me engajei de coração
Num preceito absoluto
Fiz valer cada minuto
Deste momento distinto
Aqui eu disse o que sinto
Sobre a saga da Baiana
E tudo que dela emana
E assino: Rosário Pinto!
*
Fim

Apresentação

Ofício das Baianas de Acarajé

O Ofício das Baianas de Acarajé foi registrado como Patrimônio Cultural Brasileiro pelo IPHAN no Livro dos Saberes em 2004. O Acarajé é uma iguaria de origem africana, feito de feijão fradinho, cebola, sal e frito no azeite de dendê. O Dia Nacional das Baianas de Acarajé tem como objetivo celebrar esse saber tradicional da cultura afro-brasileira e as Baianas, como detentoras desse bem imaterial registrado. Esse Cordel foi feito como uma homenagem para a data.

'Assessoria de Patrimônio Imaterial
IPHAN-RJ'
 Dalinha Catunda
dalinhaac@gmail.com

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

PROJETO LER - ESQUINA DO AUTOR


Estive no Projeto LER, no Campo de Santana levando a literatura de cordel para as atividades na Esquina do Autor, dia 20/11/2019, às 12:00h, com meus folhetos.

Foi um dia proveitoso, em que pude falar sobre literatura de cordel: suas origens,  seus autores mais tradicionais, a chegada da MULHER como autora, suas formas de expressão e, principalmente suas modalidades. É uma literatura que obedece rigorosamente normas que a norteiam - métrica, rima e oração. E todas as características que deram a  ela o título de Patrimônio Cultural Brasileiro, OUTORGADO pelo IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

Texto e fotos: Rosário Pinto

sábado, 16 de novembro de 2019

PROJETO LER


Olá amigos e leitores,

Estarei no Projeto LER, que tem como missão: Transformar pessoas através da educação e conscientização, estimulando a ética ambiental, ecológica e sustentável a toda a sociedade, contribuindo assim com a diminuição dos riscos ambientais e com a desigualdade social através da informação.

Acredito que levando a literatura de cordel para as atividades do Projeto LER, exerço meu papel de cidadã e autora. Estarei lá, no Campo de Santana, na Esquina do Autor, dia 20/11/2019, às 12:00h, com meus folhetos.


Farei leituras e conversarei sobre literatura de cordel: suas origens,  seus autores mais tradicionais, a chegada da MULHER como autora, suas formas de expressão e, principalmente suas modalidades. É uma literatura que obedece rigorosamente normas que a norteiam - métrica, rima e oração. E todas as características que deram a  ela o título de Patrimônio Cultural Brasileiro, OUTORGADO pelo IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

Espero ter sua companhia
Texto: Rosário Pinto
Colaboradora do CORDEL DE SAIA

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

1ª REUNIÃO ENTRE IPHAN (RJ) X DETENTORES DO BEM REGISTRADO 07/11/2019



Literatura de cordel – Bem registrado em Setembro de 2018, no Livro das Formas de Expressão, como Bem de Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro.

Iphan – Mônica Costa, Letícia, Nina, Marcel e Miguel

Cordelistas detentores do Bem Registrado – Rosário Pinto, Dalinha Catunda, William J. G. Pinto, Ivamberto Albuquerque, Cícero do Maranhão, Geraldo Aragão, Sepalo Campelo, Severino Honorato, Zé Salvador, João Batista Melo, Victor Alvin (Lobisomem) e Erinalda Villenave.

Pauta – ações de salvaguarda

Apresentação de cada cordelista presente com informes sobre as ações que desenvolvem junto aos grupos de que participam nas suas comunidades e das expectativas futuras para o enriquecimento dos estudos da literatura de cordel.
Texto: Rosário Pinto
Colaboradora do CORDEL DE SAIA

CORDEL BAIANA DE ACARAJÉ


Lançamento do Cordel, BAIANA DE ACARAJÉ, autoras Dalinha Catunda e Rosário Pinto
O IPHAN Rio de Janeiro, estará celebrando no dia 25 de novembro o Dia Nacional das Baianas de Acarajé. Eu, Dalinha Catunda e Rosário Pinto, estaremos participando da homenagem ao Ofício das Baianas de Acarajé com um cordel de nossa autoria.
A Literatura de cordel, após seu registro como Patrimônio Imaterial e cultural Brasileiro vem tendo mais espaço e já discute parcerias com o IPHAN.
Dalinha Catunda. cad.25 da ABLC

domingo, 3 de novembro de 2019

IPHAN E POETAS DE CORDEL

Cordelistas radicados no Rio de Janeiro, estou repassando o convite feito pelo IPHAN. Eu estarei lá, e você?
Prezados cordelistas,
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) registrou a Literatura de Cordel como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro em setembro do ano passado, como responsável em nível federal pela preservação do patrimônio material e imaterial no Brasil. Uma vez o registro feito, gostaríamos de marcar uma reunião com os cordelistas residentes no estado do Rio de Janeiro. O objetivo é estabelecer um primeiro contato com os senhores e as senhoras, para explicar a política de salvaguarda para a Literatura de Cordel a ser realizada pela Superintendência , ouvir suas demandas para o Bem Registrado e tirar quaisquer dúvidas que tenham. A reunião está marcada para dia 07/11 (quinta-feira) a partir das 10:00, no Auditório da Superintendência do IPHAN-RJ (Av. Rio Branco 46, Centro – Rio de Janeiro, 3º andar).
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Dalinha Catunda, cad.25 da ABLC
Idealizadora e gestora do Cordel de Saia e do http://cantinhodadalinha.blogspot.com/
dalinhaac@gmail.com