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quarta-feira, 26 de junho de 2019

Texto do Professor Aragão, sobre o cordel, MARIA SEM VÉU.

Bom dia, poeta Dalinha Catunda.

Li com muita atenção o seu novo cordel MARIA SEM VÉU, aliás como faço
invariavelmente com toda obra que pelas minha mãos passa.

Devo esclarecer que o fato de me expressar por meio privado não estou
vetando a sua publicização, é que tenho algumas hesitações quando me
exponho, seja pela escrita ou oralmente.

Se não faço citações de sábios  pode transparecer arrogância,
auto-suficiência ou, opostamente, ignorância quanto a existência
deles.

Percebo que algumas palavras originárias de saberes científicos são
lançadas na mídia e assumem caráter popular e muita vez até mal
empregadas; destaco duas delas: empoderamento e resiliência, sim, vou
lançar mão delas no decorrer desta minha divagação acerca do seu
cordel em foco; mas vou de vagar.

Apresentação e/ou prefácio em  folheto de cordel para mim é coisa nova
, salvo melhor juízo, e, a partir da minha constatação, para meu
deleite tem sido recorrente.

Esta 'novidade' quando bem entendida pelos seus executores é, sem
dúvida,um facilitador prévio  para que o leitor possa imaginar quão
valorosa é a obra que lhe chegou as mãos. Onde quero chegar? -
Conhecia a poeta Lindicássia Nascimento através de esporádicos
desafios poéticos contigo. Só agora tive a raríssima oportunidade de
sentir a extensão da sua competência, sensibilidade e zelo pela nossa
língua. A sua apresentação tem a dimensão exata, nos limites extremos
e perigosos da prolixidade, que nos empurra para a redundância ou pela
síntese precipitada, mutiladora do pensar alheio.

A lindicássia foi capaz de traduzir o sentimento de todas as Marias,
citadas ou omitidas, a final são tantas!.

São mais de trinta Marias
De procederes distintos
A mais ousada de todas
Revelou muitos instintos.
Longe de ter sido Amélia
Nem uma insossa camélia
A desdenhar dos famintos.

Maria que não aceita
Ser TOCADA como as outras,
Por demais empoderada
Sem se fechar como ostras
Gostei de te vê sem véu
Por isso tiro o chapéu
Sem desprezo pela outras.

A psicologia, a sociologia, a filosofia etc, se apropriaram de maneira
honesta e justa do vocábulo RESILIÊNCIA que tem seu emprego genésico
na física e uso agora, creio que apropriadamente, dizendo que você deu
prova de resiliência ao ser submetida a tantas intempéries sem que se
deformasse, física ou psicologicamente, quando um sem número de outras
Marias com tão menos repuxões apresentaram flacidez de caráter ,
renunciando a essência, que nos faz fortes e singulares.

Por fim, só não hesito em declarar como foi intelectualmente excitante
vê-la despida por inteiro, circulando pelas veredas e estradas que
você mesmo as construiu e pavimentou de POESIA LIBERTÁRIA.

G. O. Aragão. Rio,26 de junho de 2019.

.
Texto do Professor Geraldo Oliveira Aragão
Foto do poeta Zé Salvador

terça-feira, 25 de junho de 2019

Na plenária de junho de 2019 da ABLC


Tópicos da plenária da ABLC de 19 de junho de 2019.
A plenária foi das mais movimentadas do ano. Com musicas, declamações e grande plateia.
Por ser o mês de junho, de tradições nordestinas, a música do Gonzagão foi a escolhida para animar a solenidade. Entre muitos poetas, Moraes Moreira foi o primeiro a se apresentar, homenageando Luiz Gonzaga, eu me apresentei declamando meus versos sobre Santo Antônio.
Tive o prazer de reencontrar a pesquisadora, Ana Carolina, foi quem me entrevistou para o projeto do registro do cordel como Patrimônio Cultural Imaterial da Brasil.
O poeta cearense Zé Salvador, lá esteve apresentado um projeto interessante com novos cordelistas e fotografando o evento.
Enfim, encontrei muitos amigos do quadro da ABLC, foi gratificante, assistir e participar da plenária.
Fotos e nota de: Dalinha Catunda, cad. 25 da ABLC.


segunda-feira, 24 de junho de 2019

Lançamento do Cordel de Dalinha Catunda em Icaraí

Hoje, Chiquita lançou o cordel de minha autoria, O São João da Chiquita, na Barraca 03- Niterói - Rua Mariz e Barros, 236 - Icaraí. Não pude comparecer, por motivo de força maior, mas não faltará oportunidade para novos lançamentos. Parabéns por essa garra e por ser essa nordestina a defender e propagar nossas tradições, Chiquita.
Dalinha Catunda cad. 25 da ABLC
dalinhaac@gmail.com

quarta-feira, 19 de junho de 2019

DALINHA CATUNDA NO FUXICO ARRETADO





Da agenda no Rio de Janeiro,
Em 18/06/19/,Indicada por Alessandra Moraes da Biblioteca Nacional, convidada por Swami, produtora de eventos, participei da mesa de debates, FUXICO ARRETADO, no evento, A FORÇA DA MULHER NORDESTINA, que aconteceu no SENAC de botafogo.
O Nordeste ganha espaço, e o Sudeste deixando a mulher nordestina mostrar as suas unhas.
Viva o Nordeste! Viva a mulher nordestina! Salve os novos espaços que vem surgindo sem discriminação.
Dalinha Catunda cad. 25 da ABLC
dalinhaac@gmail.com

domingo, 16 de junho de 2019

CORDEL EM COPACABANA


























Da agenda cultural no Rio de Janeiro
Sexta feira, 14/06/2019, lancei em Copacabana, no restaurante BARRACA DA CHIQUITA, que fica na Rua Santa Clara, 33, o cordel de minha autoria: O São João da Chiquita.
Foi uma noite muito agradável, com dançarinos tipicamente vestidos, dançando quadrilha ao som de um conjunto pé de serra que animava o ambiente.
As guloseimas típicas das festas juninas enchiam os olhos e davam água na boca dos clientes e convidados, além de ornamentarem o espaço.
Lá tive o prazer de receber a Dra. Raquel Gomes, filha do meu confrade da ABLC, Cícero do Maranhão, a querida Iaci Pires, que vem acompanhando meu trabalho de muito tempo, recebi também o amigo e declamador Cabral de Cabaceira. Gratidão!
Meus agradecimentos a Chiquita, que editou, patrocinou e distribuiu o cordel de minha autoria.  Combinamos novos lançamentos nas Barracas da Feira de São Cristóvão e Icaraí.
Agradeço também, sua assessoria que cuidou muito bem do evento, e em particular ao Marcelo Fraga, que me repassou as fotos e sugeriu a Chiquita o lançamento de cordéis nas Barracas.
E não poderia deixar de agradecer  meu filho e meu companheiro, que me acompanharam nessa jornada.
Dalinha Catunda cad. 25 da ABLC
dalinhaac@gmail.com

quarta-feira, 12 de junho de 2019

Cordel de Saia na Biblioteca Nacional



Cordel de Saia visita, Biblioteca Nacional - Depósito Legal.
Amigos, faz algum tempo que colaboro com a Biblioteca Nacional – Divisão de Deposito Legal, nas campanhas para arrecadar cordéis para o acervo da BN.
No primeiro momento, junto com Daniele del Giudice, responsável da Divisão de Deposito Legal, na época. Fizemos uma boa campanha, principalmente no Cariri. Retornamos com muitos cordéis para o acervo.
Recentemente fui procurada por Alessandra Morais, a atual responsável pelo Depósito Legal para darmos continuidade a campanha. Prontifiquei-me a colaborar novamente e espero contar com os poetas de cordel.
Ontem, eu e Rosário Pinto fomos a Biblioteca Nacional, para fazermos nossas doações.  Fomos muito bem recebidas por Alessandra Moraes que gentilmente nos apresentou sua equipe. Rosário doou os seus cordéis e eu, além dos meus, levei pelejas com outros poetas e cordéis que ganho para esse fim.
Tivemos uma tarde proveitosa, entre uma conversa e outra, ficamos certas que o Cordel de Saia, entrará firme nessa colaboração.
Novamente deixo aqui os contatos para que os cordelistas interessados possam contribuir:
Alessandra Moraes
Técnico em documentação
Divisão de Depósito Legal
Fundação BIBLIOTECA NACIONAL
Av.Rio Branco, 219 – 3º andar – Centro/RJ
Telefones: + 55 21 2220 1899 / 2220 1892 / 3095 3951

terça-feira, 11 de junho de 2019

O SÃO JOÃO DA CHIQUITA


O SÃO JOÃO DA CHIQUITA
1
Já chegou o mês de junho
É hora de celebrar
E enaltecer os três santos
Vamos juntos festejar
Chiquita é quem convida
Tem comida e tem bebida
Quem quiser pode chegar.
2
Quem não conhece o São João
Aquele tradicional
Aqui no Rio de Janeiro
Tem um bem especial
Não perca venha curtir
Você vai se divertir
Esse aqui é sem igual.
3
Um arraiá nordestino
A Chiquita preparou
Tudo que tem no Nordeste
Na barraca ela botou
Um São João de verdade
Trazendo a simplicidade
Ela mesma organizou.
4
Na Feira de São Cristóvão
Na barraca da Chiquita
O arraia está pronto
A festa vai ser bonita
E na dança nordestina
Tem rapaz e tem menina
Muito laço e muita fita.
5
Tem festa pra São João
Pra São Pedro e Santo Antônio
E tem até simpatia
Para quem quer matrimônio
Tem o noivinho astuto
No casamento matuto
E noiva com patrimônio.
6
Tem Padre, tem delegado.
Pra fazer o casamento
O cabra casa na marra
Na hora do juramento
E se não quiser casar
É capaz de se lascar
E casa sem sentimento.
7
A quadrilha preparada
Faz sua apresentação
Homem com chapéu de palha
Mulher vestindo chitão
E todos na mesma trilha
Para dançar a quadrilha
E gritar: Viva São João!
8
Até Chiquita botou
Uma saia estampada
Um belo chapéu de palha
Uma blusinha bordada
Pra atender a freguesia
Com a sua simpatia
Que de longe é notada.
9

segunda-feira, 10 de junho de 2019

CARREIRÃO PRA PEDRO BANDEIRA















AO MESTRE PEDRO BANDEIRA
.
O bardo Pedro Bandeira
Hoje muda de idade.
Desejo ao grande poeta
Saúde e felicidade.
Uma semana inteira
De glória e festividade
Que “Padim Ciço” proteja
Da inveja e da maldade.
Que a mãe das Dores lhe cubra
Com seu manto de bondade.
Que o bom Deus lhe conceda
Sucesso e prosperidade.
Que a musa mantenha sempre
Com ele cumplicidade.
Nossa Senhora da Penha
Dê paz e serenidade.
Que Santo Antônio abençoe
Os Laços da lealdade.
Que a luz da sabedoria
Brilhe com Intensidade.
Que São Gonçalo conserve
Sua força de vontade.
Que Jesus Cristo mantenha
Essa jovialidade.
Pra sempre seja louvado
Esse bardo de verdade.
Ao mestre do carreirão
Desculpas por caridade.
Nossa maior intenção
Repleta de humildade.
Foi lhe homenagear
Isso não é novidade.
É doar como presente
Nossa sincera amizade.
Viva, pois Pedro Bandeira
Artista de qualidade!
*
Um carreirão em homenagem a Pedro Bandeira
Da autoria de Dalinha Catunda e Josenir Lacerda
*

ENTREVISTA PARA MONOGRAFIA


 
Jéssica Menezes, Roberta Borba e Yara Barros  obrigada pelo contato. O trabalho de vocês está sucinto e com informações precisas. Para nós, poetas e poetisas de cordel, é muito bom verificar que as informações oferecidas foram respeitadas em seus conteúdos. Eu e Dalinha Catunda publicamos o link aqui no CORDEL DE SAIA, blog em que somos parceiras e que tem como objetivo abrir mais uma janela para a divulgação da produção feminina na literatura de cordel. 
Muito boa sorte em seus estudos e trabalhos que ainda apresentarão ao longo de suas formações.
Um abraço e contem conosco para futuros encontros,

CORDEL DE SAIA
Dalinha Catunda
 &
Rosário Pinto

CLIC no link do texto:
https://link.medium.com/sUbOzrvpoX

domingo, 9 de junho de 2019

AS MULHERES DO CORDEL - LEILA FREITAS



NOME: Francisca Leila Freitas de Lucena
NATURALIDADE: Acopiara/CE
Leila Freitas desenvolve um Projeto chamado Cordel Magico para mais de 1000 alunos. É Coordenadora Pedagógica de uma Escola com mais de 700 alunos.
Atualmente é mestre em Educação; pós-graduação em Gestão Escolar; pós-graduação em Educação Global; MBA em Gestão Empresarial;
Tem dois livros paradidáticos publicados. Um livro didático como coautora e tem 10 cordéis (folhetos) publicados.
A Cordelista escreve para o publico infanto-juvenil. Entre seus dez cordéis, destaca-se: As duas moedas de ouro de Bento. Eis aqui as três primeiras estrofes do cordel citado:
Em Ouro preto vivia
Um menino Sonhador,
Inteligente, educado,
Filho de um agricultor
Ele se chamava Bento
E sonhava em ser doutor.
*
Em suas idas e voltas
No trajeto da escola
Certo dia, distraído,
Rasgou a sua sacola
E no chão topou algo com
Sua chinela de sola...
*
Duas moedas de ouro
Viu na areia a brilhar
Bento, muito admirado,
Quase sem acreditar
Voltou depressa pra casa
Para com os pais confirmar.
*
Pesquisa de Dalinha Catunda Cad. 25 da ABLC






quinta-feira, 6 de junho de 2019


Mais um peleja virtual entre Dalinha Catunda e Rosário Pinto

NOSSO SÃO JOÃO
1
DALINHA CATUNDA
É tempo de São João
Tempo de festa junina
É hora de festejar
A tradição nordestina
Um rito tradicional
Que veio de Portugal
E todo mundo se anima.
2
ROSÁRIO PINTO
Nesta data festejamos
Sempre com muita alegria
As colheitas do sertão,
Regadas com poesia
Seguindo a oralidade
Matando nossa saudade
Em noites de euforia.
3
DALINHACATUNDA
Tem dança tem cantoria
Tem festa e animação
Tem fogueira, tem quadrilha
Tem arraiá com balão
Somente para enfeitar
Balão não dá pra soltar
Porque queima a plantação
4
ROSÁRIO PINTO
Tem iguarias gostosas:
Milho cozido e assado,
Pamonha, batata doce,
Tem quentão bem apurado
Tem canjica com canela
Abarrotando a panela
E tudo vem do roçado.
5
DALINHA CATUNDA
Tem vestido de babado
Tem paixão e simpatia
A moça que quer casar
Vai se olhar numa bacia
No tronco da bananeira
A moça que é solteira
A faca virgem enfia.
6
ROSÁRIO PINTO
A menina de hoje em dia
Já não veste sua chita
Dança funk, não quadrilha,
Não usa laço de fita
Fica com João, Pedro e Zé
Não frequenta arrasta-pé.
Pula como uma cabrita.
7
DALINHACATUNDA
O passado ressuscita
Quem gosta de tradição
Com vestimenta caipira
Dança xaxado e baião
Agarradinho num xote
Leva cheiro no cangote
Tudo ao som de Gonzagão!
8
ROSÁRIO PINTO
Cada vez que chega junho
Esta festa popular,
Que é patrimônio nosso
Assume o seu lugar
Firma nossa identidade
Em meio à festividade.
Que se deve preservar.
9
DALINHA CATUNDA
Para lembrança avivar
Dessa nossa tradição
O casamento matuto
Anima a celebração
Uma noiva de barriga
Casa em meio à briga
Na quadrilha de São João.
10
Santo Antônio abre a festa. RO
É o Santo Casamenteiro. DA
São João anima a roça RO
Com fogueira no terreiro DA
São Pedro é Protetor RO
De viúva e pescador RO
E do céu é o porteiro. DA

Foto: Acervo Dalinha Catunda