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sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

O CHAPEU DE PATATIVA DEU SOMBRA PRA MUITA GENTE


 

- O CHAPÉU DE PATATIVA

DEU SOMBRA PRA MUITA GENTE.

Mote de Pedro Ernesto

*

DALINHA CATUNDA

O bardo soube voar

Na imensidão do universo

No bico trazia o verso

E sem pena de cantar

Fez o seu canto dobrar

Num dedilhado dolente

Onde a viola plangente

Chorava convidativa:

- O CHAPÉU DE PATATIVA

DEU SOMBRA PRA MUITA GENTE.

*

GEVANILDO ALMEIDA

Com sonho inacabado

Patativa o varoníl

Entristeceu o Brasil

Após ter sido barrado

Mais deixou grande legado

Acho que mundialmente

Deus o chamou de repente

Sem deixar alternativa

O CHAPÉU DE PATATIVA

DEU SOMBRA PRA MUITA GENTE.

*

VÂNIA FREITAS

Com o dom de poetizar

Nasceu o jovem poeta

Que traçou a sua meta

Sem medo de se soltar

Os versos no seu cantar

Brotava de uma semente

Plantada na sua mente

E colhida muito viva

O CHAPÉU DE PATATIVA

DEU SOMBRA PRA MUITA GENTE.

*

 JAIRO VASCONCELOS

Um defensor da cultura

O protetor do sertão

Do Nordeste guardião

Nem precisou de leitura

Tornou-se a maior figura

Com versos independente

Um poeta competente

Cheio de iniciativa

O CHAPÉU DE PATATIVA

DE SOMBRA A MUITA GENTE.

*

FATIMA CORREIA

A fonte patativana

é poço de inspiração,

na verve da emoção

a nossa alma engalana.

A cultura que emana

tem um sabor diferente,

sabedoria presente

de uma veia criativa.

- O CHAPÉU DE PATATIVA

DEU SOMBRA PRA MUITA GENTE.

*

LINDICASSIA NASCIMENTO

Gorjeio de ave humana

O poeta agricultor

Foi grande incentivador

E a poesia conclama

O Assaré ganhou fama

Pois é crioula a semente

Que brota o verso eloquente

E enriquece a narrativa

O CHAPÉU DE PATATIVA

DEU SOMBRA PRA MUITA GENTE.

*

CREUSA MEIRA

Uma ave cantadeira

Levando no voo, o verso

Viajou pelo universo

Da cultura brasileira

Da sua lira brejeira

Brotou o bravo repente

Cantando humildemente

Tornou-se uma lenda viva

O CHAPÉU DE PATATIVA

DEU SOMBRA PRA MUITA GENTE

*

BASTINHA JOB

Deu sombra a quem fez o mote

e a quem glosou também

já foram pra lá de cem

sombreados pelo dote

por isso é mais que mascote

do vate polivalente

germina essa semente

fecunda e sempre viva:

"O CHAPÉU DE PATATIVA

DEU SOMBRA PRA MUITA GENTE"

*

CHICA EMÍDIO

Escritores e poetas,

Cordelistas e políticos,

Com seus versos analíticos,

Suas poesias seletas,

Conservando suas metas

Se valeram do repente,

Do violeiro exigente

E de estrofe educativa

- O CHAPÉU DE PATATIVA

DEU SOMBRA PRA MUITA GENTE.

*

GIOVANNI ARRUDA

Eu mesmo sou uma prova

Que bebi desse poeta,

A minha aula é repleta

De seu verso e sua trova

Qualquer aluno comprova

Recitando honradamente

Um cordel ou um repente

Dessa figura altiva

"O CHAPÉU DE PATATIVA

DEU SOMBRA PRA MUITA GENTE"

 *

SUELI DINIZ

Um poeta de valor

É exemplo a ser seguido

Por todos muito querido

Sempre viveu com fervor

Ele foi um formador

Um mestre e um regente

Sua rima é abrangente

Com grande expectativa

O CHAPEU DE PATATIVA

DEU SOMBRA PRA MUITA GENTE

*

Roda de glosas organizada por Dalinha Catunda

dalinhaac@gmail.com

sábado, 16 de janeiro de 2021

NÃO SEI SE TOMO NA BUNDA OU NO BRAÇO, VOU TOMAR.


 

NÃO SEI SE TOMO NA BUNDA

OU NO BRAÇO VOU TOMAR.

Mote de Dalinha Catunda

*

DALINHA CATUNDA

Eu posso dizer que há anos

A vacina salva vidas.

Eu que sou das precavidas

Pra não sofrer desenganos,

E evitar maiores danos,

Também vou me vacinar.

Tô vendo a hora chegar!

Mas a dúvida é profunda:

NÃO SEI SE TOMO NA BUNDA

OU NO BRAÇO VOU TOMAR.

*

BASTINHA JOB

Chinesa não tomo não

nem na bunda, nem no braço

coronavac ...fracasso,

China não é salvação

buscarei outra opção

A Oxford aceitar

se a Moderna chegar,

a picada vai ser funda:

"NÃO SEI SE TOMO NA BUNDA

OU NO BRAÇO VOU TOMAR.

*

GEVANILDO ALMEIDA

Dalinha e Bastinha estão

Com uma dúvida danada

Mais confesso essa picada

Não tá na minha intenção

Não sei se vou tomar não

Decidi, não vou tomar

Ela pode me agravar

Mas vou se seguir a Catunda

NÃO SEI SE TOMO NA BUNDA

OU NO BRAÇO VOU TOMAR.

*

CREUSA MEIRA

Na fila eu amanheço

Pego a preferencial

Passo longe de hospital

UTI eu não mereço

Quero logo o endereço

Quando o dia D chegar

Se na hora H falhar

A primeira e a segunda

"NÃO SEI SE TOMO NA BUNDA

OU NO BRAÇO VOU TOMAR"

 *

RIVAMOURA TEIXEIRA

Vou usar a consciência

Fazer avaliação

Não digo não tomo não

Vou pensar fazer prudência

Vou saber da tal ciência

Pra melhor avaliar

Essa dúvida é de lascar

Vou optar pela segunda

NÃO SEI SE TOMO NA BUNDA

OU NO BRAÇO VOU TOMAR.

*

ASSIS MENDES

Quando chegar a vacina,

Quero tomar sem demora,

Mandar o corona embora,

Pra ver se esse mal termina,

Seja daqui ou da china,

Eu quero é me vacinar,

E hora da agulha entrar,

Q a dor não seja profunda,

NÃO SEI SE TOMO NA BUNDA

OU NO BRAÇO VOU TOMAR.

*

CHICA EMÍDIO

Pode ser no mei da testa,

Na barriga, ou no bumbum

Não vou excluir nenhum

Eu quero é fazer a festa

Se assim for o que resta

Só não quero é me isolar

Chega de trancafiar

Igual Dalinha Catunda:

NÃO SEI SE TOMO NA BUNDA

OU NO BRAÇO VOU TOMAR.

*

VÂNIA FREITAS

Gente estou assustada

Com tanta gente falando

Da bruta vacina entrando

Tô ficando aperreada

Bunda e braço na jogada

O braço dá pra pensar

Bunda não vou cutucar

A coisa é muito profunda

NÃO SEI SE TOMO NA BUNDA

OU NO BRAÇO VOU TOMAR.

*

FRANCISCO JAIRO VASCONCELOS

Vou tomar é qualquer uma

Tô esperando liberar

Vou ver no que, isto vai dar

Quero que o corona suma

Pare de morrer de ruma

Eu tomo em qualquer lugar

Pois importante é curar

Esta dúvida profunda,

NÃO SEI SE TOMO NA BUNDA

OU NO BRAÇO VOU TOMAR.

*

LINDICASSIA NASCIMENYO

Já que não tem outro jeito

Eu vou ter que aceitar

Dessa vez não vou chorar

Vou deixar entrar direito

Quero sentir o efeito

Levemente sem gritar

Sei que vou me emocionar

Não vou ficar moribunda

NÃO SEI SE TOMO NA BUNDA

OU NO BRAÇO VOU TOMAR.

 

JOTBNASCIMENTO

Já que não tem mais remédio

Tomei todo tipo de chá

De marmeleiro ao juá

Não acabei com meu tédio

Comecei a ter assédio

Para picada enfrentar

Deu trabalho pra relaxar

Foi concentração profunda

NÃO SEI SE TOMO NA BUNDA

OU NO BRAÇO VOU TOMAR

*

GIOVANNI ARRUDA

Qualquer um laboratório

Não fará a diferença

Eu só vou pedir licença

Pra não ser supositório

Pois já fui repositório

Hoje nem deixo triscar.

Na bochecha inda vá lá

Que a mão não se aprofunda

NÃO SEI SE TOMO NA BUNDA

OU NO BRAÇO VOU TOMAR

*

PEDRO SAMPAIO

A tal vacina chinesa

Garantia questionada

Com tanta gente assustada

Deixa minha mente acesa

Com medo de virar presa

Também do bicho pegar

Logo começo a chorar

A lágrima já me inunda

Não sei se tomo na bunda

Ou no braço vou tomar.

*

SÍRLIA SOUSA DE LIMA

Com tanta fake News

É grande o dilema

Agravando o problema

Precisamos de altivez

A ciência tem vez

E resultado revela

Para pôr fim na novela

Tomo a primeira e a segunda

Não sei se tomo na bunda

Ou no braço vou tomar

 *

SUELI DINIZ

O vírus veio com tudo

A vacina é necessária

A vida tá temerária

Pra isso teve o estudo

Tem que ser muito peitudo

Tem que gostar de arriscar

Pra nela não apostar

D'onde a vida se oriunda

NAO SEI SE TOMO NA BUNDA

OU NO BRAÇO VOU TOMAR.

*

DJENANE EMÍDIO

Como logo se anuncia

Tenho cá os meus receios

Se já encontraram os meios

Da cura da pandemia...

Peço a Deus que é meu Guia

Pra que eu possa confiar

E venha assim declamar:

Vacina, em mim se difunda!

NÃO SEI SE TOMO NA BUNDA

OU NO BRAÇO VOU TOMAR.

*

ROSÁRIO PINTO

Gente! Eu já pensei.

E também já decidi

E não é difícil conclui,

O pensamento firmei

Confesso que tomarei,

Quando o dia D pintar

Quando a Hora chegar

A primeira e a segunda

NÃO SEI SE TOMO NA BUNDA

OU NO BRAÇO, VOU TOMAR.

 

Postagemde Dalinha Catunda cad. 25 da ABLC

dalinhaac@gmail.com

quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

As mulheres do cordel com Jovelina Ceará


Jovelina Ceará
*

O meu nome é Mariana

Eu nasci lá no Sertão

Adotei a poesia

Como meio de expressão

Gosto de fazer repente

Por isso vivo contente

A palavra é gratidão.

 

Dizem que sou sexo frágil

Sexo frágil eu não sou não

Sou mulher, sou resistência

Firmeza e superação

Em nome da igualdade

Enfrento até tempestade

Não aceito restrição.

Mariana de Lima nasceu em Amontada interior do Ceará, mas foi morar em Fortaleza - capital e vive até hoje. Filha de agricultores, Mariana ficou conhecida como Jovelina Ceará (sua personagem humorística), uma de suas criações, é bacharela em Filosofia pela Universidade Federal do Ceará-UFC. Pós  graduada em Arte Educação e Cultura Popular, é  MBE em Metodologia e Docência do Ensino Superior, dramaturga, cordelista, autora de uma linha de pesquisa Memórias do Ceará (em cordel), tem um cordel traduzido para o BRAILLE e escreveu duas peças de Teatro.

Postagem de Dalinha Catunda
cad. 25 da ABLC
dalinhaac@gmail.com

sábado, 2 de janeiro de 2021

As Mulheres do Cordel com: Chica Emídio


 

ACRÓSTICO

Com uma grande alegria

Hoje veio a inspiração

Indo em busca da poesia

Coração em euforia

A minha composição

.

Em todas minhas estrofes

Metrifico com cuidado

Improviso o conteúdo

Dando um toque aveludado

Inconteste em suas rimas

O acróstico assinado.

 

Biografia de Francisca Gonçalves Emídio, a cordelista Chica Emídio

Nasceu em 22 de novembro de 1948, em Potengi-CE.

Pai: José Emídio de Carvalho Filho, (in memória)

Mãe: Esmeralda Gonçalves de Lima

Primogênita de 13 irmãos, 9 mulheres e 4 homens.

Aprendeu ler em Cordel com seu pai e, desde cedo era convidada para ensinar ler escrever aos filhos dos amigos de seu pai. Foi professora do MOBBAL em Potengi, quando estudava, onde concluiu o ensino fundamental.

Veio para o Crato em fevereiro de 1972, com o objetivo de estudar no Colégio Agrícola do Crato, hoje IFCE, onde teve os melhores professores do Crato: Zé do Vale, Eli Menezes, d. As três, Tereza Pinheiro, e tantos outros.

Estudou na Faculdade de Filosofia do Crato, hoje URCA, onde fez o curso de Letras.

Trabalhou na CEQUIP, Posto Padre Cícero, de Moacir Siqueira, e, finalmente, em setembro de 1981 foi contratada pelo Estado do Ceará, no 18• Crede, em Crato-CE, lotada no Logos II, que viria a ser Centro de Estudos Supletivos, atual CEJA Crato-CE, professora de Língua Portuguesa, Literatura e Educação Artística.

Atualmente além de fazer parte do grupo, As Cirandeiras do Cordel do Cariri, assumiu a cadeira de número 12 que tem como patrona Dandinha Vilar na Academia dos Cordelistas do Crato.

Mesmo antes de se assumir como cordelista já utilizava cordéis em sala de aula.

Pesquisa e postagem de Dalinha Catunda

dalinhaac@gmail.com