O Cordel Coletivo, É NO BATENTE DA VIDA QUE A MULHER DÁ SEU RECADO, é resultado de um movimento que venho organizando nas redes sociais.
Desta feita contei com a colaboração da poetisa Anilda Figueiredo na feitura do cordel e na distribuição.
As participantes, são mulheres cordelistas que interagem nesse movimento que faço. Com esse trabalho reforçamos o intercâmbio entre o Cordel de Saia, a Academia dos cordelistas, do Crato, da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, da Sociedade dos Poetas de Barbalha e poetas independentes. A capa é de Dalinha Catunda e a apresentaão de Anilda Figueiredo.
Meus agradecimentos a todas.
Dalinha Catunda
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É NO BATENTE DA VIDA
QUE A MULHER DÁ SEU RECADO.
(Mote de Dalinha Catunda)
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Com certeza, absoluta,
QUE A MULHER DÁ SEU RECADO.
(Dalinha Catunda- Rio de Janeiro-RJ)
não tem mas, não tem porém
QUE A MULHER DÁ SEU RECADO.
(Bastinha Job – Crato – CE)
uma flor que tem espinho,
sempre quer ter ao seu lado
QUE A MULHER DÁ SEU RECADO
(Mana do Romualdo) – Crato – CE)
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sendo por outras seguida.
QUE A MULHER DÁ SEU RECADO.
(Creusa Meira- Salvador – BA)
QUE A MULHER DÁ SEU RECADO.
(Francy Freire – Crato – CE)
com tintas fortes no traço,
a mulher com seu cuidado,
deixa aos filhos o legado,
QUE A MULHER DÁ SEU RECADO
(Rosário Pinto – Rio de Janeiro – RJ)
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e a mulher não vai calar,
QUE A MULHER DÁ SEU RECADO.
(Vânia Freitas – Fortaleza – CE)
que não perdeu a memória,
construíram sua história,
as mulheres são brilhantes.
Com seus papéis relevantes,
deixam enfim o seu passado,
QUE A MULHER DÁ SEU RECADO.
(Ivonete Morais – Fortaleza – CE)
A mulher não tem besteira,
enfrenta qualquer labuta,
de feirante, num mercado,
mas tem a força aguerrida.
QUE A MULHER DÁ SEU RECADO.
(Dulce Esteves – Recife – PE)
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enfrentando preconceitos,
lutando por seus direitos,
ganhou força e é lembrado
QUE A MULHER DÁ SEU RECADO.
(Lindicássia Nascimento – Barbalha – CE)
ou na banquinha de feira,
QUE A MULHER DÁ SEU RECADO.
(Williana B. Bezerra– Crato – CE)
sendo meiga, é competente,
Se alguém quiser se meter,
querendo manchar seu fado,
a sofrer, ninguém duvida!
QUE A MULHER DÁ SEU RECADO.
(Chica Emídio – Crato- CE)
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QUE A MULHER DÁ SEU RECADO.
(Fátima Correia – Crato – CE)
carrega um dom escondido,
bem que lhe foi concedido,
tornando o estéril fecundo,
tocando o abismo mais fundo
curando a dor e a ferida.
QUE A MULHER DÁ SEU RECADO
(Fabiana Vieira – Crato – CE)
mesmo quando está sozinha,
procura agir com destreza;
ao ver seu ninho ocupado,
QUE A MULHER DÁ SEU RECADO.
(Anilda Figueirêdo – Crato – CE)
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Capa de Dalinha Catunda
dalinhaac@gmail.com
Dalinha Catunda cad. 25 da ABLC