Caros poetas e pesquisadores,
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O Pavão Misterioso está de volta. Agora na versão do poeta de cordel Franklin Maxado Nordestino. Leia as versões, na íntegra, clicando nos links abaixo. Os folhetos estão disponíveis na Cordelteca – Memória da literatura de cordel, na Base de Dados, da Biblioteca Amadeu Amaral, do Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular/Iphan/MinC, no Site :
www.cnfcp.gov.br
Faça suas buscas na Base de Dados pelos localizadores C1212 e C2036.Analise as várias versões e verifique como este romance "deu panos pra manga". Instituiu-se um grande mistério à volta do Pavão Misterioso. É constantemente reeditado e também mote de discussões sobre o fenômeno da migração nordestina para o sul do país.
Cabe a observação de que as correntes migratórias para o sul do país, trouxeram, também, em seu caminho, a produção de folhetos. A presença da literatura de cordel nos grandes centros urbanos ameniza, de certa forma, a saudade, que traz consigo o imigrante nordestino, que por força das condições sociais, econômicas, políticas e ecológicas, também a inoperância para viabilizar soluções para as situações de adversidades climáticas, emigra em busca de melhores condições de vida. Emigram na expectativa de conquistas e realizações, sonhos de uma vida melhor, que em sua grande maioria não são alcançados. O cordelista tem, nesse momento, um papel de fundamental importância: ele cria uma espécie de lenitivo para a saudade. É fundada, em São Paulo, em 1952, a editora Prelúdio, hoje, Luzeiro, que inicia a publicação da literatura de cordel no sul do país. São inseridas novidades como alteração no tamanho tradicional e confecção de capas em policromia.
C1212/2ªed.
Franklin Maxado Nordestino [Franklin de Cerqueira Machado].
A volta do pavão misterioso. 2ªed. São Paulo: [s.n.], 1976. 8 p.
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O “Pavão Misterioso”
Aparece de novo agora
Seu romance não tem fim
Eu continuo sem demora
Mostrando com ele está
Seu primeiro caso estoura
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O autro daquele cordel
José Camelo chamado
É publicado até hoje
Nesse caso historiado
Não disse que fim levou
O tal Pavão encantado
*
Fala que a formosa Cruesa
Casou com Evangelista
Seu construtor Edmundo
Que era um grande artista
Foi muito recompensado
Como um bom projetista
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O casal fugiu e casou
Naquela bela Turquia
O conde mau pai de Creusa
Na Grécia teve agonia
Morreu na hora que soube
Que sua filha se evadia.
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(...)
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C2036
Franklin Maxado Nordestino [Franklin de Cerqueira Machado].
Romance do pavão maravilhoso. São Paulo: [s.n.], 1984. 8 p.
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Vou contar uma história
Dum pavão misterioso
Que levantou voo no norte
E veio pro sul dadivoso
Viver na beira do mar
E ficar mais vaidoso
*
Residia no sertão
Sem ser um capitalista.
E, para subir na vida,
Conta estória fatalista,
Comovendo quem não saca
O seu fundo narcisista.
*
Assim, é um carreirista.
Fala em nome dos unidos
Para tirar seu proveito
E mantê-los bem vencidos.
Diz ser o representante
De bandos tão desunidos.
*
Só canta pra quem morreu,
Sendo vulto ou figurão,
Pra que lembrem que tá vivo,
Chamando mais atenção
Nisso, é mais urubu
E não somente pavão
(...)
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