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sexta-feira, 29 de julho de 2011

O OURO DO JALAPÃO

O OURO DO JALAPÃO
*
Capim bonito que nasce
Tingindo de ouro o chão
É riqueza que germina
No solo do Jalapão.
É o belo capim dourado,
Que nasce lá no cerrado,
Dando esteio ao artesão.
*
É com esse ouro vegetal,
Que o competente artesão
Trabalha com capricho
Dando forma a criação.
E o famoso artesanato
Aparece com aparato
Promovendo o Jalapão.
*
Bendito capim dourado
Que concede ao artesão,
A glória de retirar
Da terra seu ganha pão,
Dádiva da natureza,
Que Tocantins com certeza
De Deus teve a doação.
*
Quando eu for ao Tocantins,
Vou sair toda faceira.
Vou comprar colar e brincos
E também uma pulseira
Vou sair toda enfeitada
Resplandecente e dourada
Feito cigana estradeira.
*
Texto de Dalinha Catunda
Poema originalmente publicado no Jornal "O Povo" de Fortaleza-Ce
Foto da Exposição: Sala do Artista Popular, 145/ CNFCP/Iphan/MinC
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terça-feira, 26 de julho de 2011

CORDEL DE SAIA na FLIT


Dalinha Catunda estará em Palmas, TO, nos dias 30 e 31 de julho, para recital intitulado Sertaneja, Sim Senhor!. Será uma das saias em meio a tantas calças, representando a mulher poeta que, nos últimos tempos vem mostrando sua cara e publicando seus folhetos.
Poeta popular, natural de sua Ipueiras, CE, de onde tira toda inspiração, apresenta uma poesia leve e cheia de novidades. Ela, sempre irreverente e que transita com desenvoltura e tranquilidade no universo masculino da literatura de cordel e, navega do sertão ao contidiano da vida urbana com igual qualidade poética. Seus  mais recentes folhetos: Apologia ao cordel No reino animal, chegarão à FLIT, diretamente do forno gráfico, para a exposição que ali será exibida. Com temáticas de pesquisa histórica do cordel e lúdica de valor pedagógico, com rimas impecáveis. A realização de oficinas em escolas públicas a levou, de imediato, ao universo infantil e o seu paralelo mais fulgurante – o reino dos animais.
Dalinha nos mostra o que mais a caracteriza poeticamente – versatilidade na criação temática, na arte da composição, da rima e da estruturação das orações. Seus versos fluem, com o humor, que lhe é peculiar.
Maria Rosário Pinto
Rio de Janeiro, 2011.

BELA DAMA DO CERRADO
I
Palmas, linda capital
No centro desta nação
Totalmente programada
Assim foi tua construção
Muito bem arborizada
E vendo-a fico encantada
E até faço louvação.
II
És maior em Tocantins
Mimosa flor do cerrado,
Tão jovem e tão bonita
Bem segura em teu traçado
Olhando tuas palmeiras
Relembro minha Ipueiras
Que até hoje é meu condado.
III
A Palma do buriti
Que é farta no Jalapão
E também é encontrada
Pras bandas do meu sertão.
Bela dama do cerrado,
Neste encontro bem marcado
Roubaste meu coração

(Dalinha Catunda)
Rio de Janeiro, julho de 2011
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Nota: para adquirir folhetos de Dalinha Catunda, envie email para : cordeldesaia@gmail.com

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Projeto Cordel com a Corda Toda

Dia 13 de julho de 2011, às 16:00 horas, eu, Rosário Pinto e Edmilson Santini participamos de uma Roda de bate-papo no Projeto Cordel com a Corda Toda, no Espaço Cultural Sylvio Monteiro, em Nova Iguaçu.  O objetivo foi o de levar uma conversa iinformativa e leve para alunos, professores e pais, sobre os benefícios da inserção da literatura de cordel na sala de aula. 
Naquela ocasião, assistimos encenações teatrais infantis marcadas pelo interesse dos alunos e pela qualidade apresentada, decorrente do empenho de professores, preocupados com uma formação mais abrangente dentro das escolas.
O rápido bate-papo girou em tornoda literatura de cordel: sua origem, chegada ao Brasil, expansão pelo Nordeste e posteriormente para o Sudeste, onde sedimentou-se nos espaços residencias da grande população de origem nordestina e naqueles espaços de cultura e lazer, fundados por migrantes  que na metade do século XX, chegaram  aos centros urbanos, em busca de melhores condições de trabalho e desenvolvimento. Hoje percebemos que, gradualmente, esta funga do Nordeste vem se reduzindo, graças aos investimentos, especialmente nas áreas de comunicação e da educação. O processo é lento, mas já se faz notar.
O encerramento do dia foi feito pelo cantador Miguel Bezerra, que se apresenta todos os domingos na Praça dos Repentistas, na Feira de São Cristóvão.
Recebi do poeta e parceiro Edmilson Santini os versos abaixo, sobre nossa participação no evento. Quero dizer que foi uma satisfação contracenar com o ator, escritor e cordelistas e, que nosso encontro gerou grande empatia no palco e com o público presente.

 Rosário, vou lhe  dizer,
Rosário, vou lhe contar:
De fato foi um prazer
com você me encontrar.
Depois encontrar Miguel...
Entre o repente o cordel,
pude até improvisar.
*
Agradecemos  às realizadoras do evento que tão bem nos receberam e, deixamos abertas as portas para outros encontros. Veja a qualidade das apresentações de crianças, das indumentárias e das maquiagens para a teatralização no blog : http://www.projcordelcomacordatoda.blogspot.com/ e do Burburinho Cultural.
Nota: Rosário Pinto
Imagem: blog Cordel com a Corda Toda
Consulte ainda:
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CORDEL NA FLIT


CORDEL NA FLIT

O Governo do Estado do Tocantins, por meio da Secretaria de Educação realizará, no período de 25 de julho a 03 de agosto de 2011, em Palmas, a Feira Literária Internacional do Tocantins – FLIT.

O cordel que vem tendo um ano promissor terá um espaço especial na FLIT. Além de cordelistas, repentista e declamadores de vários Estados a ABLC – Academia Brasileira de Literatura de Cordel, convidada, terá boa parte de seu colegiado participando deste evento.
O Presidente Gonçalo Ferreira da Silva, Mestre Azulão, Chico Salles, Moreira de Acopiara, Manoel Monteiro e eu Dalinha Catunda, uma saia entre tantas calças.

Farei o recital: “Sertaneja, Sim Senhor!” Em duas apresentações, nos dias 30 e 31. Além de nossas apresentações, teremos o espaço Estação Cordel, na Praça dos Girassóis, para expor e vender nossos cordéis.
O blog Cordel de Saia dará mais informações no decorrer da semana.
*
Texto: Dalinha Catunda
Foto: spedreportonacinal.blogspot.com
Visite: www.cantinhodadalinha.blogspot.com
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quinta-feira, 21 de julho de 2011

Cordel de Saia informa


Caros amigos,
Noticiamos o lançamento do livro de nossa querida Maria do Rosário Lustosa,100 Anos de Juazeiro registrados em cordel, 2011. Aqueles que puderem compareçam, será um grande evento. À minha xará, votos de muito sucesso.
Aceite o carinho de Maria Rosário Pinto e Dalinha Catunda.
Deixem aqui seus comentários ou os envie para cordeldesaia@gmail.com
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quarta-feira, 20 de julho de 2011

NOTÍCIAS DO CRATO


NOTÍCIAS DE CRATO
Recebi dois ótimos cordéis: NA KOMBI DE ANTONIO HIGINO TEM UM MUNDO DE CORDEL e A CURIOSA HISTÓRIA DE PEDRO COTOCO. Histórias super interessantes e bem contadas por minha amiga Josenir Lacerda, nobre representante da Academia dos Cordelistas do Crato e membro da ABLC.
A poeta e cordelista aqui citada têm mais de 60 folhetos publicados e com certeza seu maior destaque é o “Linguajar Cearense.”
Agradeço a Josenir Lacerda a gentileza, em meu nome, e de Maria Rosário que também foi presenteada com as obras de Josenir.
*
 Visite também:wwwcantinhodadalinha.blogspot.com
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terça-feira, 19 de julho de 2011

Cordel Encantado e Salgueiro














Gostaria de também registrar meu depoimento sobre a passagem das autoras da novela Cordel Encantado, Duca Rachid e Telma Guedes, que foi representada por Tereza Falcão pela ABLC. Esperamos que possam voltar em breve. Suas presenças foram marcantes, tanto na ABLC como no Salgueiro, que fui informada, se encantaram com a    proposta da Escola.

************************************************************************************************
Cordel Encantado é
Na global muito sucesso
Percorrendo o país
Divulgá-la me apresso
A Duca e Telma Guedes
Têm talento, eu confesso

Lá na ABLC
O sucesso foi total
Saíram dali direto
Pra saber do Carnaval
Lá na Quadra do Salgueiro
Foi aquele vendaval 
(Rosário Pinto)
Visite :
http://rosarioecordel.blogspot.com
http://cantinhodadalinha.blogspot.com
www.ablc.com.br
www.cnfcp.gov.br 

segunda-feira, 18 de julho de 2011

O ABRAÇO DE BASTINHA

Professor Aragão abraçando Duca Rachid
O ABRAÇO DE BASTINHA

Sebastiana Gomes de Almeida Job
Ou Bastinha, nasceu em Santo Amaro município de Assaré.
Sente-se orgulhosa de ser conterrânea de Patativa.
Professora de Língua Portuguesa e Literatura Popular da Universidade Regional do Cariri – URCA. É cordelista de mão cheia e quando é possível colabora com o blog Cordel de Saia.
Agradecemos a Bastinha pelos versos enviados.
*
Duca Rachid, um abraço
a Thelma Guedes tambem
a novela é mais um passo
para o cordel se dá bem;
amiga, Rosário Pinto
nesse momento pressinto
nossa Arte consagrada
e justo na rede Globo
o successo é um arrobo
uma audiência estourada!
(Bastinha Job)

domingo, 17 de julho de 2011

UMA TARDE ENCANTADA

A atenta platéia
Duca Rachid, Thereza Falcão  e o produtor cultural da ABLC Chico Sales
Duca Rachid, professor Aragão, o presidente da ABLC Gonçalo Ferreira e Sepalo Campêlo
Chico sales, Ivamberto, Gonçalo Ferreira, Mena, Duca Rachid com sua filha e Dalinha Catunda
Rosário Pinto fotografando o evento atrás da mesma  Victor Alvim , o Lobisomem
Homenageadas, Colegiado da ABLC e convidados


UMA TARDE ENCANTADA

A ABLC – Academia Brasileira de Literatura de cordel, viveu neste sábado passado uma tarde como poucas em sua sede. A presença marcante da simpática Duca Rachid e família, da amável Thereza Falcão, que também faz parte da equipe da novela Cordel Encantado, e veio representando Thelma Guedes.

As duas autoras da atual novela das seis receberam a medalha Rogaciano Leite, os versos de alguns poetas e os aplausos de todos que ali se encontravam lotando o recinto.

No final da plenária, numa simplicidade sem par, tanto Duca Rachid, como Tereza Falcão se uniram aos cordelistas e convidados para saborearem as guloseimas típicas do Nordeste como: cocada, bolo de milho, bolo de macaxeira, torta salgadas e sopa de ervilha.

Eu classifico à tarde, como "tarde encantada". Nos encantamos com o sorriso, a amabilidade e elegância de Duca Rachid que, com carinho, atendeu a todos.  Thereza Falcão, bastante atenciosa, representou muito bem Thelma Guedes.

 Estes são meus versos de homenagem as autoras:
*
SALVE O CORDEL ENCANTADO!
*
Eu sou Dalinha Catunda,
Faço minha louvação
A Duca e Thelma Guedes,
Que deram vez ao sertão
Trazendo com maestria
Entre encanto e fantasia
Cordel pra televisão.
 *
No Cordel Encantado,
Tem princesa e cangaceiro,
Também forró pé-de-serra
Que é o forró verdadeiro,
Tem até Alceu Valença!
E o beato com sua crença
Fazendo grande salseiro.
*
Lendas de reinos distantes
Achegadas de além-mar
Desaguaram no Nordeste
Com o dom miscigenar
O cordel literatura
Fonte de tanta cultura
Que é arte a se propagar.
*
Presenciei no Nordeste
Em festa de são João
Quadrilhas fantasiadas
Com roupas de Lampião
E sem nenhuma querela
Arremedando a novela
Revivendo a tradição.
*
A novela com certeza
Cumpre bem sua missão
Quando coloca no ar
Elementos da tradição
Demonstrando que o cordel
É múltiplo em seu papel
E tem ampla atuação.
*
Agradeço a Thelma Guedes,
Duca Rachid obrigada.
A Rogaciano Leite,
Medalha já consagrada
Pela nossa academia,
Com carinho e alegria
Pra dupla será doada.
*
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quinta-feira, 14 de julho de 2011

PLENÁRIA DE 16 JULHO DE 2011



Plenária de 16 de julho de 2011
Academia Brasileira de Literatura de Cordel/ABLC
Rua Leopoldo Fróes, 37 – Santa Teresa
Data: 16 de julho de 2011 as 16:00.

Na plenária da ABLC, do próximo sábado, dia 16 de julho de 2011, a ABLC receberá em sua sede em Santa Tereza as autoras da novela Cordel Encantado: Duca Rachid e Thelma Guedes que serão condecoradas com a medalha Rogaciano Leite, medalha esta que é conferida as pessoas que de alguma forma contribuíram para a difusão e grandeza do cordel.

 Teremos a palavra dos acadêmicos presentes, manifestando-se sobre as convidadas e prestando sua homenagem a ilustre dupla global.

Teremos ainda a importante presença do Sr. João Gustavo Mello, diretor cultural da escola de samba ACADÊMICOS DO SALGUEIRO cujo enredo do próximo carnaval será a LITERATURA DE CORDEL.

O cordel tem vivido momentos especiais com o advento da internet, sua propagação se alastrou e hoje ele um nobre migrante que saiu da mala do nordestino para ganhar o mundo no embalo das redes.

A Academia Brasileira de Literatura de Cordel atenta aos movimentos em torno desta literatura, ver com bons olhos os novos passos do cordel que abrem portas para um trabalho remunerado onde o cordelista é convidado para oficinas, palestras e consultoria.

A ABLC Convida os amigos e convoca os confrades para este evento especial
*
Imagem do: blogtelevisual.com

terça-feira, 12 de julho de 2011

EU E ELA

Um dia de chuva no meu sítio em Ipueiras-Ce

EU E ELA
*
Quando ainda era criança,
Admirava da janela,
Sua presença fascinante,
Naturalmente tão bela.

Pegou-me uma vez de surpresa,
Tive então que me abrigar.
Na soleira tocava-me...
Um toque de arrepiar.

Meu corpo estremecia,
Divina era a sensação.
Intensa e instigante,
Umedecia-me então.

Trazia um cheiro bom
Que me deixava perdida.
Entreguei-me totalmente,
Por ela fui Seduzida.

Senti seu toque seu cheiro,
Divino era seu tilintar.
Do céu descia em gotas,
A chuva a me encantar.

 Texto e imagem de Dalinha Catunda
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segunda-feira, 11 de julho de 2011

BAIÃO COMIDO E BAIÃO DANÇADO



DALINHA CATUNDA
      Ipueiras-Ce
 Já dancei muito baião
Nas noitadas de forró.
Arrastar o pé no chão
Arrasto e não tenho dó.
Danço e gosto de dançar
Também gosto de encarar
Um outro tipo de baião
Chamado baião-de-dois
E não deixo pra depois
Pois me lembra meu sertão

PEDRO PAULO PAULINO
Canindé-Ce
 Tanto tem baião-de-dois
Como o baião do Gonzaga
Se um é bom com arroz
Outro, com sanfona, paga
Eu sou doido por baião
Que tenha pouco feijão
Desse, sim, eu gosto mesmo
Me faz um glutão, guloso
Um baião-de-dois gostoso
Misturado com torresmo
*
Blog de PPP
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Foto do acervo de Dalinha Catunda 

sexta-feira, 8 de julho de 2011

A volta do Pavão Misterioso


Caros poetas e pesquisadores,
*
O Pavão Misterioso está de volta. Agora na versão do poeta de cordel Franklin Maxado Nordestino. Leia as versões, na íntegra, clicando nos links abaixo. Os folhetos estão disponíveis na Cordelteca – Memória da literatura de cordel, na Base de Dados, da Biblioteca Amadeu Amaral, do Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular/Iphan/MinC, no Site :
 www.cnfcp.gov.br
Faça suas buscas na Base de Dados pelos localizadores C1212 e C2036.Analise as várias versões e verifique como este romance "deu panos pra manga". Instituiu-se um grande mistério à volta do Pavão Misterioso. É constantemente reeditado e também mote de discussões sobre o fenômeno da migração nordestina para o sul do país.
Cabe a observação de que as correntes migratórias para o sul do país, trouxeram, também, em seu caminho, a produção de folhetos. A presença da literatura de cordel nos grandes centros urbanos ameniza, de certa forma, a saudade, que traz consigo o imigrante nordestino, que por força das condições sociais, econômicas, políticas e ecológicas, também a inoperância para viabilizar soluções para as situações de adversidades climáticas, emigra em busca de melhores condições de vida. Emigram na expectativa de conquistas e realizações, sonhos de uma vida melhor, que em sua grande maioria não são alcançados. O cordelista tem, nesse momento, um papel de fundamental importância: ele cria uma espécie de lenitivo para a saudade. É fundada, em São Paulo, em 1952, a editora Prelúdio, hoje, Luzeiro, que inicia a publicação da literatura de cordel no sul do país. São inseridas novidades como alteração no tamanho tradicional e confecção de capas em policromia.

C1212/2ªed.
Franklin Maxado Nordestino [Franklin de Cerqueira Machado]. A volta do pavão misterioso. 2ªed. São Paulo: [s.n.], 1976. 8 p.
*

O “Pavão Misterioso”
Aparece de novo agora
Seu romance não tem fim
Eu continuo sem demora
Mostrando com ele está
Seu primeiro caso estoura
*
O autro daquele cordel
José Camelo chamado
É publicado até hoje
Nesse caso historiado
Não disse que fim levou
O tal Pavão encantado
*
Fala que a formosa Cruesa
Casou com Evangelista
Seu construtor Edmundo
Que era um grande artista
Foi muito recompensado
Como um bom projetista
*
O casal fugiu e casou
Naquela bela Turquia
O conde mau pai de Creusa
Na Grécia teve agonia
Morreu na hora que soube
Que sua filha se evadia.
*
(...)
Continue sua leitura no link abaixo
C1212 / 2ªed.

Franklin Maxado Nordestino [Franklin de Cerqueira Machado]. A volta do pavão misterioso. 2ªed. São Paulo: [s.n.], 1976. 8 p. 39 estrofes : sextilhas : 7 silabas. Capa : xilogravura (Maxado).
Disponível em:
http://www.docvirt.no-ip.com/asp/folclore.asp?bib=cordel&pasta=C1212


C2036
Franklin Maxado Nordestino [Franklin de Cerqueira Machado]. Romance do pavão maravilhoso. São Paulo: [s.n.], 1984. 8 p.
*
Vou contar uma história
Dum pavão misterioso
Que levantou voo no norte
E veio pro sul dadivoso
Viver na beira do mar
E ficar mais vaidoso
*
Residia no sertão
Sem ser um capitalista.
E, para subir na vida,
Conta estória fatalista,
Comovendo quem não saca
O seu fundo narcisista.
*
Assim, é um carreirista.
Fala em nome dos unidos
Para tirar seu proveito
E mantê-los bem vencidos.
Diz ser o representante
De bandos tão desunidos.
*
Só canta pra quem morreu,
Sendo vulto ou figurão,
Pra que lembrem que tá vivo,
Chamando mais atenção
Nisso, é mais urubu
E não somente pavão
(...)
Continue sua leitura no link abaixo:
C2036

Franklin Maxado Nordestino [Franklin de Cerqueira Machado]. Romance do pavão maravilhoso. São Paulo: [s.n.], 1984. 8 p. 34 estrofes : sextilhas : 7 silabas. Capa : desenho (F. Maxado).
Disponível em:
http://www.docvirt.no-ip.com/asp/folclore.asp?bib=cordel&pasta=C2036



Saia navegando e BOAS CONSULTAS
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quinta-feira, 7 de julho de 2011

RECEITA DE BAIÃO DE DOIS


Receita de Baião-de-dois

Se você for ao Nordeste,
Lá pras bandas do Ceará
Uma comidinha típica
Quero lhe apresentar
É o nosso baião-de-dois
Garanto que vai gostar.

É um saboroso prato,
Que vale a pena provar,
Tem uma receita simples
Até posso lhe ensinar
Pois comi muito baião
E aprendi a preparar.

Pegue o feijão de corda,
Sendo verde ou maduro.
Cozinhe numa panela,
Não deixe mole nem duro.
Estando cozido e inteiro,
Fica bom lhe asseguro.

Numa panela a parte,
Refoga com alho o arroz.
Estando bem refogado,
Jogue o feijão depois.
Em seguida ponha água
Que baste ao baião-de-dois.

Não esqueça de refogar
Com a manteiga da terra.
Pedaços de queijo de coalho
Quem usa a receita não erra.
Coentro use a vontade,
E assim a receita encerra.

O queijo e o coentro
Entram na parte final.
Se souber acertar o ponto
É um prato sem igual.
Se você for bem guloso,
Vai comer de passar mal.

Esta comida simples
É o xodó do meu sertão
Dela come o pobre o rico,
O empregado e o patrão
Garanto que nem doido,
Dispensa o nosso baião.

O cearense deixa seu lar
Mas leva no coração,
Os sabores de sua terra,
Que é sua maior paixão.
Não esquece a rapadura,
Queijo de coalho e baião. 
*
 Texto: Dalinha Catunda
Imagem: flickr.com/fotos 
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quarta-feira, 6 de julho de 2011

Anízio Santos, Dalinha Catunda e Rosário Pinto



Anízio Santos, Dalinha Catunda e Rosário Pinto em tempos de São João
*
Dalinha o seu vestido
Que fez lembrar o sertão
Nunca vai sair de moda
Da cultura é tradição
Pode ter outros modernos
Mas não passa de um inverno
Nem veste bem no São João.
Anízio Santos
*
Querido amigo Anízio
Gosto do Velho São João,
Com casamento matuto
Honrando a tradição
Com camisa estampada
Calça de brim remendada
E com muita animação.
Dalinha Catunda
*
 Neste velho São João,
Vou meter minha colher.
Se o Anísio aguentar
Uma peleja com mulher
Dalinha veste sua chita
E também laço de fita
Para o que der e vier
*
Anísio chega pra festa
Vestido em seu jibão
Chama Dalinha pra dança.
Ela lhe diz: quero não!
Pois quebrei minha clavícula
Vim à festa e saio invicta.
De dançar no meu sertão!

Rosário Pinto 

*
Esta postagem é fruto de comentários do blog: www.mundocordel.com
Do meu amigo, escritor e poeta, Marcos Mairton

terça-feira, 5 de julho de 2011

Cordel Encantado & São João Encantado

Alunas do Colégio Monsenhor Cleano
Professores do Colégio Monsenhor Cleano

CORDEL ENCANTADO & SÃO JOÃO ENCANTADO

Convidada a participar do São João Encantado da Escola Monsenhor Cleano que se dedica a resgatar tradições na cidade de Ipueiras-Ceará, não pensei duas vezes e corri para o meu sertão, pois Ipueiras é minha terra.

A festa inspirada na novela global, Cordel Encantado, das autoras Thelma Guedes e Duca Rachid encantou quem ali estava para prestigiar o evento.

Além do cenário com gravuras que nos remetiam à novela, professores e professoras vestidos com trajes do cangaço, comandavam a festa numa performance super interessante.

No evoluir do evento, uma dramatização imitando cenas de Jesuino, filho do Rei do Cangaço e de Açucena, filha do rei de Seráfia. Na trilha sonora destacava-se a música Maria Bonita, que sem dúvidas contagiou os presentes que animados cantavam juntos.

Se a novela Cordel Encantado, em seu direito de expressão, não foi baseada em um folheto de Cordel, com diálogos em versos, se não se ateve: a métrica, rima, estrofe, como reza a cartilha dos cordelistas de plantão, Ela trouxe a essência do cordel que são as histórias de princesas vindas da Europa e as histórias do cangaço próprias do Nordeste. Teve também a nobre missão de difundir o cordel e de acordar os nordestinos para suas tradições.

Quero parabenizar o Colégio Monsenhor Cleano por ter entrado no clima da novela e feito uma festa tão bonita, quero agradecer a homenagem a mim prestada e quero aplaudir a Globo pela novela, Cordel Encantado, que põe, além do cordel, o Nordeste em evidência.

 Foto e texto de Dalinha Catunda.
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segunda-feira, 4 de julho de 2011

FILHA DO NORDESTE


FILHA DO NORDESTE
 
Sou Dalinha, sou da lida.
Sou cria do meu Sertão.
Devota de São Francisco
E de Padre Cícero Romão.

Sou rês da Macambira,
Difícil de ir ao chão.
Sou o brotar das caatingas,
Quando chove no sertão.

Sou cacimba de água doce,
Jorrando em pleno verão.
Sou o sol quente do agreste.
Sou o  luar do sertão.

Minha árvore é mandacaru.
E meu peixe, curimatã.
Eu tomo com tapioca,
O meu café da manhã.

Sou uma bichinha da peste,
Meu ídolo é Lampião.
Sou filha das Ipueiras.
Sou de forró e baião.

Sou rapadura docinha,
Mas mole eu não sou não.
Sou abelha que faz mel,
Sem esquecer o ferrão.

E se alguém realmente,
Inda perguntar quem sou,
Digo sem medo de errar:
Sertaneja, Sim Senhor!

Texto e foto de Dalinha Catunda
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