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domingo, 29 de abril de 2012

CORDEL EM MOVIMENTO

 Recebemos por e-mail do caro poeta Anízio Santos e o blog Cordel de Saia tem prazer em publicar.
azsantos121@ig.com.br
Na foto do acervo de Dalinha Catunda, o projeto: Cordel na Praça em uma de suas apresentações, na cidade de Crato-Ce.
*Palco da Vida*
*
A vida é uma peça e foi escrita
Do roteiro de Deus o criador
Do passado e presente ele falou
Numa arte para cosmopolitas,
Para ser apresentada e bem descrita
Cada ato da peça ele criou
E nas nuvens uma frase desenhou
Colorindo com todo seu encanto
Há um palco montado em cada canto
Pra quem sabe na vida ser ator.
*
Entre o céu e a terra o horizonte
É um marco que faz a divisão
Ver de perto ninguém tem condição
É paisagem que fica bem distante
E as nuvens desenham num instante
Um cenário colorido a beija flor
Que um artista a cantar louva o amor
Deus protege os poetas com seu manto
Há um palco montado em cada canto
Pra quem sabe na vida ser ator.
*
Um ator é na vida um grande artista
Tem o dom de saber representar
Toda história da vida ele contar
E na vida é grande alegorista
Da injustiça ele é grande antagonista
Quando alguém lhe maltrata joga flor
Sua vida é pautada num ato de amor
Pela arte demonstra seu encanto
Há um palco montado em cada canto
Pra quem sabe na vida ser ator.
*
De teatro escola tem aos montes
Que ensina ao ator representar
E os pais botam os filhos a estudar
E os filhos forçado todo instante
Se não tem competência, não avante
Pois pra isto precisa muito amor
E nascer com o dom do criador
Se não tem vai chorar cair em pranto.
Há um palco montado em cada canto
Pra quem sabe na vida ser ator.



sexta-feira, 27 de abril de 2012

Quando eu ia ele voltava, quando eu voltava ele ia


Quando eu ia ele voltava,
Quando eu voltava ele ia
1
Invejando Luciano,
O Carneiro do cordel.
Peguei firme no pincel,
Também fui pondo no plano
Um rojão pernambucano
Do jeitinho que eu queria.
O verso simples surgia
E com ele eu me encantava
Quando eu ia ele voltava,
Quando eu voltava ele ia.
2
Eu conto neste rojão
Uma história singular
De quem gosta de dançar
Mas em certa ocasião
Quase que caiu no chão
Servindo de zombaria,
Pois dançar bem não sabia
Aquele que me arrastava
Quando eu ia ele voltava,
Quando eu voltava ele ia.
3
Quando grudei no sujeito
Ô sujeitinho atrevido!
Além de muito enxerido
Não rebolava direito.
Vi que não era perfeito
O jeito que se movia
Sua bunda remexia
E o passo não acertava
Quando eu ia ele voltava
Quando eu voltava ele ia.
4
Ouvindo um belo xaxado
O sujeito se animou
Olha que ele xaxou!
E no tal sapateado,
Mas parecia um viado,
Inventando estripulia,
Quase dei uma agonia
Pois enraivecida estava.
Quando eu ia ele voltava
Quando eu voltava ele ia.
5
Quando tocaram um xote,
Eu fiquei bem animada
Dei logo uma requebrada
E fui dançar no pinote,
Mas fungar em meu cangote
Era o que o macho queria
Cansada da putaria
Nos pés dele eu pisava
Quando eu ia ele voltava
Quando eu voltava ele ia.
6
Resolveu dançar bolero,
E bolero eu sei dançar,
O rosto em mim quis colar
Porém eu disse: não quero!
Afastei, pois não tolero,
Esta falsa fantasia
Ele nem me conhecia
E pra chincha me chamava
Quando eu ia ele voltava,
Quando eu voltava ele ia.
7
Assim foi a noite inteira
Nesse chamego sem graça
E quase acaba em desgraça
Pois não sou de brincadeira.
Ele caiu na besteira,
E tirar sarro queria,
 Sua perna ele metia
Mas a minha eu tirava
Quando eu ia ele voltava
Quando eu voltava ele ia.
8
Ele tentou me beijar
Mas ficou na intenção.
Na cara meti-lhe a mão
Ele não quis retrucar.
Do tapa tentou escapar,
Mas fugir não conseguia,
Porque quando ele corria
Novamente eu atacava
Quando eu ia ele voltava
Quando eu voltava ele ia.
9
Assim foi a noite inteira
Nesta besta arrumação
Eu sempre dizendo não
E ele fazendo besteira,
Me cansei da brincadeira
Mas ele ainda queria
Tentei uma pontaria
Porém meu joelho errava
Quando eu ia ele voltava
Quando eu voltava ele ia.
10
Eu acerto este sujeito,
Ou não me chamo Dalinha!
Ele vai dançar na linha,
Vai ter que dançar direito,
Nele vou dar o meu jeito
Porém nada me ocorria
Sorrindo com ironia
O danado se esbaldava
Quando eu ia ele voltava
Quando eu voltava ele ia.
11
Atacado de loucura
O cabra apressou o passo
Eu fui perdendo o compasso
E também a compostura,
Eu já sentia tontura
E tudo rodando eu via
O meu vestido subia
Eu tonta já nem ligava
Quando eu ia ele voltava,
Quando eu voltava ele ia.
12
Paquerando distraiu,
E escorregou de verdade
Pra minha felicidade
Foi só ele quem caiu
Gritei: puta que pariu!
Mas ele não reagia
O povo todo acudia
E ele em mim se escorava
Quando eu ia ele voltava
Quando eu voltava ele ia.
13
A noite não se acabava
Eu disse o pau vai comer
Homem pare de beber, 
Mas ele não me escutava,
E dançando bagunçava
Surra ele mesmo pedia,
Mas enquanto o pau comia
Do recinto eu escapava
Quando eu ia ele voltava,
Quando eu voltava ele ia.
14
Ele apanhou de montão
Mas não apanhou calado
Xingou muito o delegado,
Valeu-se do palavrão
Mesmo amarrado no chão
Mostrava sua valentia
Vingança ele prometia,
E eu com medo me afastava
Quando eu ia ele voltava,
Quando eu voltava ele ia.
15
Este episódio que conto,
Nos moldes da cantoria
É canto só de Maria,
Que não implora desconto,
E vai aumentando um ponto
No canto da poesia
Tocar viola eu queria!
Mas a mão não me ajudava
Quando eu ia ele voltava,
Quando eu voltava ele ia.
16
Diante deste combate
Não vou dizer que ganhei,
Acho mesmo que dancei
Neste tal bate e rebate.
Mas se tratando de arte,
Eu não renego a magia
Vendo o rojão que explodia
 Bem feliz eu me encantava
Quando eu ia ele voltava,
Quando eu voltava ele ia.
*
Xilo de João Nicodemos
Texto de Dalinha Catunda
Cordel editado pela ACC - Academia dos Cordelistas do Crato, que através de Josenir Lacerda  tem aberto suas portas para este importante intercâmbio.
A apresentação é de Luciano Carneiro também da ACC e será mostrada numa nova postagem.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

DODÓ FÉLIX NA CIDADE MARAVILHOSA

Da esquerda para direita:Rubinho, Dodó, Dalinha,Gonçalo Ferreira e Rosário
Dalinha Catunda e Dodó Félix
Rosário Pinto e Dodó Félix


DE BOM JARDIM PARA A CIDADE MARAVILHOSA
Hoje dia 26 de abril, eu e Rosário Pinto acompanhamos José de Souza Félix, o conhecido poeta, Dodó Félix, natural de Bom Jardim/PE, em um roteiro cultural.
Primeiro fomos ao CNFCP – Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular que fica no Palácio do Catete, em seguida fomos a Santa Teresa, lindo bairro da Cidade Maravilhosa, onde fica a sede da ABLC – Academia Brasileira de Literatura de Cordel.
Conheci Dodó Félix através do JBF - Jornal da Besta Fubana, lendo seus sonetos e cordéis, e lendo os comentários que ele gentilmente faz em minha página. Quero dizer que foi um prazer receber em minha casa e ciceronear este poeta pernambucano.
Texto e foto de Dalinha Catunda

DALINHA, DIDEUS E O VIRTUAL

Da esquerda para direita: Moreira de Acopiara, Daniele del Giudice, Dalinha Catunda e Dideus Sales.



DIDEUS SALES E DALINHA CATUNDA
DS
Dalinha, quando degusto
A tua literatura,
Às vezes até me assusto
Com tanta desenvoltura.
Acho que tu és elétrica,
Pois produz muito, e a métrica
Agora está bem na linha!
O verso tá bom de um jeito,
Que ao ver um verso bem feito
Já penso que é de Dalinha!
DC
Dideus eu fico contente
Com tua apreciação.
És um vate competente
Esta é minha opinião.
Nos versos tu és atleta
Que traz a alma repleta
De inspiração e magia
A tua maior riqueza
Concentra-se na beleza
De difundir alegria.
*
DS
Com elegância e magia
Sem pensamentos dispersos
Dalinha borda em seus versos
As questões do dia a dia,
Com vigorosa poesia
Aborda hodiernos temas,
Alegrias e problemas
Dos sertanejos valentes
São fortes ingredientes
Contidos em seus poemas.
DC
Tento cantar a riqueza
Típica do meu sertão,
E sem mudar a feição
Vou retratando a beleza
D’uma agreste natureza,
Campesina a me encantar
Lá das terras de Alencar
Onde a bonita palmeira
Chamada carnaubeira
Ensina o vento a cantar.
DS
Dalinha é cria silvestre
Nascida no sertão virgem,
Suas rimas têm origem
No florescer do campestre.
Foi Deus o eterno mestre
Que lhe doou este oásis,
O seu versejar tem bases
No encanto e na beleza,
E a sagrada natureza
Lhe dá de presente as frases.
DC
Sim, sou cria do sertão,
E da natureza amante
Até mudo meu semblante
Quando piso no meu chão.
Nos festejos de São João
Danço em volta da fogueira
Como milho e macaxeira
Ponho vestido de Chita
Ponho até laço de fita
Só pra desfilar faceira.
DS
Dalinha, sempre altaneira,
Merece aplauso e laurel
Por hastear a bandeira
Do verdadeiro cordel,
Poetisa inteligente,
Canta o berço e sua gente
Com a mais forte expressão
Do seu canto natural,
Como fez o magistral
Gerardo Mello Mourão.
DC
Dideus teu canto bonito
É canto de sertanejo
O verso vem num lampejo
Trazendo com ele um mito,
Assim seguimos o rito,
Cantando nosso rincão
Escorados num Mourão
Da estirpe de Gerardo!
Com certeza o maior bardo,
Que conheceu o sertão.
DS
A seca sem compaixão
Assola o meu Ceará,
Não se ouve o sabiá
Na caatinga do sertão,
O vento da precisão
Soprando desembestado,
O matuto apavorado,
Imerso em mar de quizília
Sem feijão para a família,
Sem forragem para o gado.
DC
Apelando pro sagrado
O pobre faz oração.
Repleto de precisão
Se sentindo atordoado
Suplica pelo roçado
Pede chuva ao criador,
E o céu não muda de cor
O sol queima a plantação
Ele chora e molha o chão,
Com seu pranto e sua dor.
*
Amigos, o Cordel de Saia tem tentado uma interação maior entre os poetas e aqui, estou postando esta minha troca inacabada com Dideus.
Tenho trocado versos com Fred Monteiro poeta de mão cheia e poderá ser com outros, gosto de ver a mistura de poetas. Venha!!!!!
Foto do acervo de Dalinha Catunda

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Cordel de Saia agradece!

  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Guaipuan Vieira  
 
Cordel de Saia é cordel
de guerreiras poetizas,
que divulgam essa arte
ultrapassando divisas...
São mulheres do cordel...
Do verso sacerdotisas.
(Guaipuan Vieira)

Eu sou um simples poeta
Que tem o dom do versejo;
Sempre aprendo com vocês
Fazer verso com gracejo,
Pra seguir os bons poetas
Que acompanham seu cortejo.
 
  Resposta ao poeta GUAIPUAN VIEIRA, da CECORDEL, CE 
                     *                      

Guiapuam, muito obrigada,
pelo verso oferecido.
Cordel de Saia vibrando,
você é mesmo querido.
O seu reconhecimento,
para nós, é um alento.
És poeta aguerrido!
(Rosário Pinto)
*
Cordel de saia agradece
Esta sua louvação.
Fazer versos realmente
Eu considero missão,
Porém tendo seu aval
Nem preciso de missal
Pra fazer minha oração.
(Dalinha Catunda)
*
 FIQUE POR AQUI!  AS NOVIDADES SEMPRE CHEGAM MAIS CEDO!
Deixe seu comentário ou o envie para cordeldesaia@gmail.com

terça-feira, 24 de abril de 2012

Cordel em movimento: Gente de Ação

 Cordel de Saia divulga matérias publicadas na Revista GENTE DE AÇÃO, Ano XI, Nº 93, Março/2012.

Chamamos a atenção para o texto de Fernando Assumpção, benemérito da ABLC, que abordou em sua tese de mestrado a literatura de de cordel e suas interfaces com outras manifestações da cultura popular – Cordel, uma trajetória em teias.
A mesma edição da revista traz na coluna Poetizando, o duelo entre Dideus Salles e Dalinha Catunda - Eu de cá e você de lá. Leia abaixo:
Fique por aqui. Temos sempre boas novidades!
Deixe seus comentários ou os envie para cordeldesaia@gmail.com

domingo, 22 de abril de 2012

Canto à Mãe Terra


Cordel de Saia orgulha-se em compartilhar com todos que nos acompanham a postagem do poeta Marcos Maírton, num canto em homenagem à Mãe Terra. Mais uma iniciativa do poeta que luta pela preservação do meio ambiente e da qualidade vida do homem e todos os seres vivos com quem dividimos esse espaço planetário e, que precisa ser revitalizado por cada um de nós, dia a dia. Façamos a nossa parte. Cada pequeno gesto, como não jogar um simples papel à calçada ou a goma de chicletes, que mata pássaros, que atraídos pelo açúcar vão bicá-los...
Toda vida é preciosa!
22 de abril, Dia da Terra. Da nossa “Mãe Terra”

Chamar nosso Planeta de “Mãe Terra” pode ser uma adesão à Hipótese de Gaia, segundo a qual a Terra é um ser vivo.

Mas pode ser também uma metáfora. Uma forma de reconhecer o quanto ela é generosa e paciente com os filhos que gera, principalmente nós, os mais levados, cujas estrepolias põem em risco a nós mesmos e tantos outros seres vivos, nossos irmãos.

Isso mesmo: IRMÃOS. Porque reconhecer-se filho da “Mãe Terra” é permitir a si mesmo o sentimento da fraternidade não apenas por cada ser humano, mas também por cada animal, cada planta, cada fonte de água...

Em 1855, um índio disse ao presidente dos Estados Unidos: “Os gamos, os cavalos, a majestosa águia, todos são nossos irmãos...”. Mais de meio século antes, na cidade de Assis, um jovem chamado Francisco fazia louvores a Deus pela “nossa mãe, a Terra, que nos sustenta e nos governa, e dá tantos frutos e coloridas flores, e também as ervas”.

No “Dia da Terra”, é um prazer cantar para o Planeta maravilhoso, que, com verdadeiro amor de mãe, nos alimenta, abriga e acolhe carinhosamente...


Voar,

Cruzar teu céu e sobrevoar teu mar

De leve de tocar

E então mergulhar!

Correr,

Pelos teus campos à luz do alvorecer.

Quero te conhecer

E sentir o prazer...

De viver,

Ó, Mãe Terra,

A vida inteira assim.

Pois bem se que sou parte de ti

E tu és parte de mim!

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Cordel em movimento : Igualdade de gênero e cidadania


Encontro Municipal de Mulheres Trabalhadoras Rurais na luta por: Desenvolvimento sustentável com justiça, autonomia, igualdade, liberdade, de gênero e cidadania”

CORDEL DE SAIA recebeu o informe e repassa para os leitores:

O Encontro Municipal de Mulheres realizou-se pela ação do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais do Município de Crato - CE, através da sua Secretaria de Mulheres, Gênero e Cidadania. Aconteceu em dois momentos distintos sob a mesma estrutura programática - didático-metodológico e ancorados no tema: Desenvolvimento sustentável com justiça, autonomia, igualdade, liberdade, de gênero e cidadania”. O primeiro ocorreu no distrito de Baixio das Palmeiras, a 10 kms da cidade, nos dias 03 e 04 de março de 2012, teve a participação de 50 mulheres e homens representando 19 comunidades. O segundo, sucedeu-se no distrito de Ponta da Serra a 15 kms da cidade, nos dias 10 e 11 de março de 2012, também, com representação de 92 mulheres e homens advindas de 28 comunidades de ambos, com inclusão de jovens trabalhadores/as rurais. Embora, a proposta do encontro fosse enfatizar a participação da mulher, valorizou-se a presença de homens corroborando com a dinâmica de gênero fortalecendo assim o entendimento misto de que somente homens e mulheres juntos na construção de aprendizagem, é possível construir relações saudáveis com respeito, liberdade, crescimento da unidade familiar.

Neste Encontro foi feita leitura reflexiva do folheto de cordel Não deixe o homem bater, nem em seu atrevimento!, 2011. de autoria de Dalinha Catunda (cadeira nº 25 da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, patronímica  do poeta Juvenal Galeno).

Aproveitei a oportunidade e, andei recolhendo alguns versos oferecidos ao Cordel de Saia por várias de nossas autoras, preocupadas com a conscientização de mulheres e homens na luta pelos valores de cidadania.

Poetas aqui vieram,
Trazer contribuição,
Para falar de mulheres
Perdidas na multidão.
Observado o direito,
Este mundo terá jeito.
Basta chamar a atenção.
(Rosário Pinto, Rio de Janeiro, RJ)
*
No Varal da minha casa,
Não tem lugar diferente,
Ao lado de uma cueca,
Há uma calcinha presente.
Demarcando um território
Que nada tem de transitório
É uma conquista permanente.”
(Dalinha Catunda, estrofe extraída da Peleja Papo de mulher)
*
Pelas ruas da cidade
Vão em marcha, confiantes
Carregando nos semblantes
Seus anseios de igualdade
Lutam com dignidade
Por respeito, sonhos mil
Vencem qualquer desafio
Heroínas resistentes
São fortes e são valentes
As mulheres do Brasil”
(Creusa Meira, Salvado, BA)
 *
A nossa sociedade
Apesar da evolução
Reproduz iniquidade
E também muita opressão
Homem que bate em mulher
E “ninguém mete a colher” -
Sempre foi uma 'lição.”
(Salete Maria, Juazeiro, CE, estrofe extraída da poesia O caso Eliza Samudi e o machismo total)
*
"SAÚDO A MULHER DE FIBRA
QUE NUNCA FOGE DA RAIA
SAÚDO A TERNURA DA FÊMEA
QUE, TOMARA, NUNCA CAIA
SAÚDO A HUMILDE SERTANEJA
QUE BRILHA NO SOL DA PRAIA
SAÚDO AS QUE CRIARAM
O BLOG "CORDEL DE SAIA"
(Júnior Bonfim)
*
Traga seu verso e, deixe aqui sua participação ou envie para cordeldesaia@gmail.com