Então amiga Dalinha Catunda! Estes nossos
Encontros no CORDEL DE SAIA, com as CIRANDAS (a primeira foi uma de Natal),
PELEJAS VIRTUAIS (naquela época era o ORKUT), lomgp tempo na estrada.
E lá em dois mil e nove
Surgiu CORDEL DE SAIA
Convidamos as mulheres
Para compor em nossa praia.
Primeiro com as CIRANDAS
Versos de todas as bandas
Foi uma grande propaganda.
*
Uma das primeiras poetisas convidada a entrar na Sala de Visitas do
CORDEL DE SAIA foi Creusa Meira, em 2010, com seu poema Pelas
ruas da cidade, poema com mote aberto a
quem desejasse participar. Foi, assim, aberta a temporada de “venha poetar
conosco.” Naquela
ocasião respondi a Creusa:
“Olá amiga Creusa,
Você já está em nossa Sala de Visitas. Esperamos
que goste do espaço, da iluminação, das anfitriãs, dos amigos que andam por cá,
dos docinhos, dos recitais que ocorrem com muita frequência, das CIRANDAS
POÉTICAS, sempre acompanhadas de depoimentos de ilustres poetas. Somos
essencialmente nordestinas, portanto, estaremos com as portas sempre abertas e,
há sempre mais um lugar à mesa. (Rosário Pinto, 2010)
Pelas ruas da cidade
1
Pelas
ruas da cidade
Vão em
marcha, confiantes
Carregando
nos semblantes
Seus
anseios de igualdade
Lutam com
dignidade
Por
respeito, sonhos mil
Vencem
qualquer desafio
Heroínas
resistentes
São
fortes e são valentes
As
mulheres do Brasil
2
Tantas
vezes agredidas
Por maridos, pais ou estranhos
Não contabilizam ganhos
Somente grandes feridas
Apesar de tão sofridas
Enfrentando um mundo hostil
Não perdem jamais o brio
Vão à luta sorridentes
São fortes e são valentes
As mulheres do Brasil
3
Pelo fim da violência
Nunca deixem de lutar
É preciso erradicar
Esse mal e dar ciência
De uma lei que com urgência
Em nosso país surgiu
Maria da Penha é mil
Fiquem, pois, todos cientes
Que são fortes e valentes
As mulheres do Brasil
4
Já existe uma central
De atendimento à mulher
Ligue de onde estiver
Quando sofrer algum mal
Terá amparo legal
Que enquadrará o vil
Colocando-o num covil
De bandidos indecentes
São fortes e são valentes
As mulheres do Brasil!
Por maridos, pais ou estranhos
Não contabilizam ganhos
Somente grandes feridas
Apesar de tão sofridas
Enfrentando um mundo hostil
Não perdem jamais o brio
Vão à luta sorridentes
São fortes e são valentes
As mulheres do Brasil
3
Pelo fim da violência
Nunca deixem de lutar
É preciso erradicar
Esse mal e dar ciência
De uma lei que com urgência
Em nosso país surgiu
Maria da Penha é mil
Fiquem, pois, todos cientes
Que são fortes e valentes
As mulheres do Brasil
4
Já existe uma central
De atendimento à mulher
Ligue de onde estiver
Quando sofrer algum mal
Terá amparo legal
Que enquadrará o vil
Colocando-o num covil
De bandidos indecentes
São fortes e são valentes
As mulheres do Brasil!
(Creusa
Meira)
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