PORÉM
NUNCA VOU CHEGAR
A
SER CORA CORALINA.
Mote
de Dalinha Catunda
*
Sou
poeta e sou doceira,
E
na farofa sou boa,
Faço
verso, canto loa,
As
vezes sou cantadeira,
E
metida a cirandeira!
E
nessa minha rotina
De
cabocla nordestina,
Eu
nasci pra versejar:
“Porém
nunca vou chegar
A
ser cora coralina.”
Dalinha Catunda
*
Eu
nasci agricultor
Cultivando
o fértil chão
De
enxada e foice na mão
Em
meio a mata em flor
Sonhava
ser escritor
Da
cultura nordestina
Minha
obra é pequenina
Mas
preciso divulgar
“Porém
nunca vou chegar
A
ser Cora Coralina”
Araquém
Vasconcelos
*
Eu
me chamo Nelcimá
Sempre
gostei de escrever
Eu
só não quis entender
Que
um dia ia versejar
E
agora no pelejar
Vou
com a alma felina
Tentando
ser turmalina
Para
a todos agradar
“Porém
nunca vou chegar
A
ser Cora Coralina.”
Nelcimá
Morais
*
Não
faço como Dalinha
Abençoada
pela arte
Fazendo
aqui minha parte
Pela
casa e na cozinha
Pego
agulha enfio linha
Faço
isto desde menina
Tenho
inspiração divina
Peço
pra nunca faltar
“Porém
nunca vou chegar
A
ser Cora Coralina.”
Vânia Freitas
*
Sendo
pra nascer mulher
Desejava
ser Dalinha
Tendo
vaga pra Mocinha
Até
Pagu se quiser
Mas
tinha outra colher
Caso
fosse Messalina
Um
homem em cada esquina
Para
experimentar
"Porém
nunca vou chegar
A
ser Cora Coralina"!
Ésio
Rafael
*
O
seu verso apimentado
E
o doce dos quitutes
São,
sem dúvida, desfrutes
Para
os fãs apaixonados
Nesse
jeito misturado
De
pimenta e sacarina
Tá
completa a sua sina
Não
convém se lamentar:
“Porém
nunca vou chegar
A
ser cora coralina”
Giovanni
Arruda
*
Na
vida já fiz de tudo
Conquistei
o infinito
Escrevi,
soltei meu grito
A
quem o queria mudo
Transformei
rima em escudo
Numa
verve cristalina.
Com
mamãe, desde menina
Aprendi
a cozinhar,
“Porém
nunca vou chegar
A
ser cora coralina”
Nilza
Dias
*
Sou poeta de cordel
Versejo
com alegria.
Não
vivo de fantasia.
À
verdade sou fiel.
Vou
traçando meu painel,
Na
escrita sou feminina
E
também sou nordestina
Pois
gosto de versejar
“Porém
nunca vou chegar
A
ser cora coralina.”
Rosário Pinto
*
Não
precisa que eu grite
Mas
vou dizer nesta rima
Eu
não sou de obra prima
Não
chego a esse limite
Tenha
calma não se agite
Essa
poetisa fina
Muito
muito me ensina
Deixa
o mundo me julgar
“Porém
nunca vou chegar
a
ser cora coralina.”
RivaMoura
Teixeira
*
Pareço
na escalada
Da
montanha dessa vida
Cada
pedra removida
Será
uma flor plantada,
Se
a semente é germinada
Cumpro
um pouco a minha sina
CORA
chega e me ensina
Cair
e se levantar
“Porém
nunca vou chegar
A
ser Cora Coralina!”
Bastinha
Job
*
Obrigada
a todos que glosaram o mote. Amei!
E
viva Cora Coralina!
Foto
do acervo de Dalinha Catunda
Dalinha
Catunda cad. 25 da ABLC
Idealizadora
dos blogs: Cordel de Saia
E
Cantinho da Dalinha
Nenhum comentário:
Postar um comentário