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quarta-feira, 25 de maio de 2011

SEM REGRAS E DE BODE


SEM REGRAS E DE BODE
*
Tenho a rima na cabeça
Tenho muita inspiração
E não me atenho à métrica
Por dever e obrigação
Meu poema é pra quem gosta,
Se você acha uma bosta
Aposte noutra opção.
*
Se faltam ou sobram sílabas,
Em minha arte de criar,
Ousadia nunca falta
Pois nasci para ousar.
Dispenso dona prudência
Sigo a desobediência,
Somente para afrontar.
*
Se na vida quebrei regras
Preferindo a contramão
Rasguei o véu da mentira,
Sem nunca pedir perdão,
Não vai ser na poesia,
Que perderei a magia
Para dar satisfação.
*
Escrevo com as entranhas,
Com a alma e o coração,
Sem de fato contar sílabas,
Sem buscar erudição
Do meu jeito singular,
Sem tentar ornamentar
O que chamo emoção.
*
Vou pecando em meus poemas,
Atraindo pecadores.
Que é gente da mesma laia,
Não sofrem com tais pudores.
Sem ligar pra mediocridade
Vou apostando na verdade
Nos versos contraventores.
*
Estou falando em poemas,
Não no regrado cordel.
Onde a regra é importante,
E cumpre bem seu papel,
Mas ninguém nasce sabendo
Porém termina aprendendo
Tentando ser mais fiel.


Texto e foto de Dalinha Catunda
Visite também: www.cantinhoddalinha.blogspot.com
www.rosarioecordel.blogspot.com

Um comentário:

  1. Beleza! mulher,
    Veja nossa estatística de países:

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