Alfredo dos Santos Mendes
Natural da Cidade de Lisboa que o viu nascer em 1933, desde muito jovem se dedicou à leitura. Com tenra idade, e talvez em conseqüência dos seus hábitos de leitura, aonde predominava a poesia, ensaiou a composição das suas primeiras quadras, com as quais enfeitava os vasos de manjericos, que tradicionalmente, e quase como que por obrigação, tinha de estar presente no meio da minúscula folhagem verde, do célebre manjerico. [O tema das quadras era, continua a ser, o namorico e as fogueiras]
Tradição essa que ainda hoje se mantém, por ocasião das festas dos Santos Populares. Santo António, São Pedro e São João. Repartidas pelas seguintes modalidades: Soneto, Glosa, Poesia Lírica, e Quadra.
Adora a poesia de António Aleixo. Um poeta quase analfabeto, que se dava ao luxo de escrever poesia, na sua grande maioria superior a alguns ilustres e letrados poetas!
MULHER
Ainda existe quem ousa dizer,
Com soberba arrogância e a sorrir:
Mulher somente serve p’ra servir,
Mulher é sexo fraco...é mulher!
Com soberba arrogância e a sorrir:
Mulher somente serve p’ra servir,
Mulher é sexo fraco...é mulher!
Se desengane pois quem o fizer,
Ou tente o seu caminho impedir.
Perante o seu olhar irá surgir,
Toda a fúria que o mundo possa ter!
Ou tente o seu caminho impedir.
Perante o seu olhar irá surgir,
Toda a fúria que o mundo possa ter!
Se tiver de lutar nunca diz não.
Em defesa do bem e da razão,
Tem laivos de heroína, de bravura.
Em defesa do bem e da razão,
Tem laivos de heroína, de bravura.
Mas chegada ao seu lar tem outra imagem.
Simplesmente mulher e mãe coragem,
Manancial de amor, mar de ternura!
Manancial de amor, mar de ternura!
Lagos, 10/03/04
Alfredo dos Santos Mendes
Alfredo dos Santos Mendes
Recebido de Efigênia Coutinho na página : http://www.avspe.eti.br/
Foto: Rosário Pinto / Jardim Bontânico - Rio de Janeiro
Visite também: http://rosarioecordel.blogspot.com
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