Seguidores

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

A CHAMA DA SAUDADE


A CHAMA DA SAUDADE
*
Uma panela no fogo,
De fogo feito no chão.
A lenha queima e faz chama
Chamando minha emoção
Arde de novo a saudade
Da minha velha cidade
Que fica lá no sertão.
*                    
Que saudades do feijão
Cozinhado com “toicim”
Do arroz com colorau,
Na sobremesa alfenim,
Daquela vida singela
Que eu achava tão bela,
Mas o progresso deu fim
*
 E você, sente saudades do que?

SINTO SAUDADES NO SERTÃO
DA CABAÇA DE ÁGUA FRIA
DO BORNAL COM FARINHA
DO VELHO FAZENDO PROFECIA
DA GALINHA DO TERREIRO
O PORCO GORDO NO CHIQUEIRO
ERA ASSIM QUE EU QUERIA

COMENDO NAMBÚ ASSADA
COM A LENHA DO FOGÃO
DA CASA DO SERTANEJO
QUE FUMAÇA COMO VULCÃO
CONZINHANDO UMA PANELA
QUE É DE BARRO FEITO ELA
DA LAMA DO PORÃO

TEXTO: JATÃO VAQUEIRO
 *
Chegou Rosário Pinto
*
Eu também tenho saudades
Do cuxá com macaxeira
Mingau de milho na banca
Do rio e da lavadeira
Da nossa carne de sol
Curimatã a anzol
E de toda brincadeira
*
 Meu pai foi violeiro
Seresteiro e cantador
Nas noites de lua cheia,
Era mesmo um resplendor
No terraço lá de casa
Ele ali extravasava
Todo o seu grande amor

Texto de Dalinha Catunda 
Foto colhida no blog do Airton Soares 
Visite: 
www.cantinhodadalinha.blogspot.com

4 comentários:

  1. SINTO SAUDADES NO SERTÃO
    DA CABAÇA DE ÁGUA FRIA
    DO BORNAL COM FARINHA
    DO VELHO FAZENDO PROFECIA
    DA GALINHA DO TERREIRO
    O PORCO GORDO NO CHIQUEIRO
    ERA ASSIM QUE EU QUERIA

    COMENDO NAMBÚ ASSADA
    COM A LENHA DO FOGÃO
    DA CASA DO SERTANEJO
    QUE FUMAÇA COMO VULCÃO
    CONZINHANDO UMA PANELA
    QUE É DE BARRO FEITO ELA
    DA LAMA DO PORÃO

    TEXTO: JATÃO VAQUEIRO

    ResponderExcluir
  2. Grato pelas visitas e comentários, Dalinha. Grande abraço

    ResponderExcluir
  3. Jatão,
    Obrigada pelos versos e pela postagem de textos de minha autoria em seu blog.

    Clovis,
    Obrigada pela presença.
    Bom fim de semana a todos.

    ResponderExcluir