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terça-feira, 14 de agosto de 2012

NO TEMPO DA FARINHADA


NO TEMPO DA FARINHADA
*
No Sítio Serra da Brígida
Trabalhei em farinhada
Já penerei muita massa
Depois da massa prensada
Numa arupemba grande
Num caibro dependurada
A arupemba ia e vinha
Pegava a mão de Rosinha
E ela ficava acanhada
Aldemá de Morais
No sítio de seu João
Eu peguei uma peixeira,
E descasquei macaxeira
De fazer calo na mão,
Fui jogando num caixão
Enquanto outro pegava,
E rápido triturava
Para fazer a farinha,
A goma era tão branquinha,
Que eu até me admirava.
Dalinha Catunda
Quando era no fim dia
Se ajuntava as rapadeira
Nos caçuá de crueira
E era grande a folia
Rosinha, Marta e Maria
Joaquim e Sebastião
Quebrava goma na mão
Pra botar no secador
Só sabe quem trabalhou
Farinhada no sertão
Aldemá de Morais

No tempo da farinhada
No meu querido rincão
Acocorada no chão
E junto com a molecada
Com uma faca afiada
Pegava na mandioca,
Pensava na tapioca
Que mais tarde iria ter
Pra meninada comer
No seio daquela toca.
Dalinha Catunda
 Fotos de Dalinha Catunda

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