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quarta-feira, 18 de junho de 2014

VERSOS PARA MANOEL MONTEIRO

Cordel de Saia divulga as setilhas que farão parte do folheto, Tributo a Manoel Monteiro.
Esperamos contar com a colaboração dos acadêmicos que compõe o quadro da ABLC e que ainda não enviaram suas contribuições.
A homenagem será prestada na plenária de 16 de julho, na Confederação das Academias do Brasil, Rio de Janeiro.

TRIBUTO A MANOEL MONTEIRO

 Morreu o gênio do verso
puro, político, sem par
das construções elegantes
de riqueza singular,
o fabuloso estilista
e perfeccionista
da poesia popular.
*
O nosso cordel perdeu
seu grande representante,
seu defensor mais ilustre
seu mestre mais importante;
este cordel brasileiro
teve em 
Manoel Monteiro
o seu cultor mais brilhante.
*
Desculpe, Manoel Monteiro
por na humana missão
não haver lhe agraciado
com o mais honroso brasão
como a expressão mais alta
eu não fiz isso por falta
de tempo e de educação.
*
As musas quando lhe vinham
reconheciam sua alteza
e o seu honroso lugar
no altar da natureza;
poeta humilde e sereno
que ao proclamar-se pequeno
mostrou toda a sua grandeza.

Gonçalo Ferreira da Silva cadeira Presidente da ABLC
Patrono Leandro Gomes de Barros
 *
Manoel Monteiro fez arte
Na cultura popular
Com seu cordel impecável
Conquistou o seu lugar
Era com satisfação
Que buscava a perfeição
No momento de editar.

Levou cordel as escolas
Deu voz ao novo cordel
Encantou os companheiros
Com seu ar de menestrel
Fez rica nossa cultura
No cordel literatura
Fez um bonito papel.

Membro da ABLC
O poeta laureado
Na história do cordel
Seu nome ficou gravado
E deste bardo imortal
Fica o exemplo e aval
Um precioso legado.

No verde olhar do poeta
Poesia e esperança
Sua figura inconfundível
Inda guardo na lembrança
No pulsar do coração
Faço minha louvação
Que a alma saudosa lança.

Dalinha Catunda – cadeira 25
Patrono Juvenal Galeno
*
Perdemos Manoel Monteiro,
Do cordel um guardião,
Na poesia foi Mestre,
Nos deixou na solidão.
Visionário, ambicioso,
Homem forte, corajoso
E de grande coração.

Poeta de grande lastro.
Viajou tão de repente
Lamentam seus companheiros.
Pois mexeu com muita gente
Esta trágica partida,
Com bilhete só de ida,
Nos feriu  profundamente.

Sempre era atencioso,
Quando lhe telefonava:
-Minha cara poetisa!
Assim, ele retornava.
Nos deixou tão abismados
Perplexos e assustados.
Com isto, ninguém contava.

A ABLC está de luto,
Sua cadeira está vaga.
Perdeu mais uma estrela
Memória que não se apaga.
Foi poeta e editor,
E também, foi professor,
Sua poesia nos afaga.

Maria Rosário Pinto
Cadeira 18
Patrono José Bernardo da Silva
*

Ouvi um mestre dizer
Pleno de sabedoria
Que quando um poeta morre
Um anjo novo se cria
Com a missão singular
De mais versos semear
No reino da poesia.

 Sendo assim, Manoel Monteiro
Não morreu, tá camuflado
Nos clarões da poesia
Em cada verso inspirado
Nas estrofes do cordel
Nas escritas do papel
E em cada baião cantado.

 Vivo em nosso coração
O poeta permanece
Pois cumpriu a sua saga
Fez dela missão e prece
O nome Manoel Monteiro
Fez um brilhante roteiro
Que nos consola e aquece.

Segue em paz, grande poeta
Lá no céu terás redoma
O teu brilho aqui na terra
Tem do lirismo, o aroma
Sua garganta se cala
Mas o teu verso, alto fala
No mais sublime idioma.

Josenir Lacerda Cadeira 37
Patrono José Soares
*
Grande Manoel Monteiro,
Do cordel, um operário,
Que na modesta oficina,
Não trabalhou por salário,
 Mas possuiu a riqueza,
 Invejada, com certeza,
 Por qualquer milionário.

 Foi produtor compulsivo,
 De histórias criativas,
 Biografias de famosos,
 Em competentes pesquisas,
 Ou figuras populares,
 Com os perfis singulares
 Em narrações expressivas.

 Em sua arte, sendo mestre,
 Ele aprendeu e ensinou,
 Com genuína didática,
 Que seu estro cultivou,
 Com a perfeição do rito,
 Para transformá-lo em mito,
 Como o destino forjou.

 Foi-se o nosso poeta,
Deixando a dor da saudade,
 Na sua “triste partida”
 Com destino à eternidade,
 Sem sequer dizer adeus,
 Viver mais perto de Deus,
"Após a fatalidade!" 

José Walter Pires cadeira 21
Patrono Joaquim Batista Sena
*
Poeta Manoel Monteiro
Receba nossa oração
O Brasil está de luto
Vivendo esta transição
A ausência de um vate
Mormente do seu quilate
Nos causa muita emoção

Campinense honorário
Migrou da terra do frevo
No dorso da Borborema
Fez poema de relevo
Um escritor magistral
Por isso mesmo imortal
Personalmente longevo

A causa do seu retorno
Não nos cabe especular
A sorte de cada um
Não dá pra se regular
Sei que a mudança de plano
Posso afirmar sem engano
Faz a visão clarear

Sua obra é um legado
Que encerra muito valor
Pra todos nós que ficamos
Tem lastro compensador
Cantemos com alegria
Pela sua alforria
Retornando ao Criador

Geraldo Aragão
.Vice presidente da ABLC
*
O cordel está de luto
E eu também estou triste
A Literatura perdeu
A essência do palmiste
Subiu Manoel Monteiro
Este Poeta guerreiro
Vestindo-me de lamiste.

Nascido em Pernambuco
Vivido na Paraíba
Homem modesto e seguro
Forte feito embaíba
Expoente do Cordel
Este Mestre menestrel
Agora está lá em riba.

Foi se encontrar com Leandro
Zé Limeira e Zé da Luz
A saudade ficará
Mas a vida nos conduz
Pra este mesmo caminho
Que tem rosa e espinho
Cada um com sua cruz.

A nossa Academia
Ficará esvaziada
O cordel entristecido
A verve envergonhada
O mundo com menos um
Artista raro incomum
A rima encabulada.
Chico Salles Cadeira 10
Patrono Catulo Cearense
*

Manoel Monteiro jaz
Perdemos o menestrel
Na função de fazer verso
Foi brilhante seu papel
Em Campina e vizinhança
Foi o fiel da balança
Equilibrando o cordel.

Do poeta magistral
Não se vê mais a figura
Mas o gênio não sucumbe
No espaço da sepultura
Versado foi um perito
O seu grande acervo escrito
Exalta nossa cultura.

Foi à perda irreparável
Para o cordel brasileiro
No campo da poesia
Ele não deixou herdeiro
Estamos todos de luto
Não vejo substituto
Para Manoel Monteiro.

Nosso gênio do cordel
partiu para eternidade
Entre ele e mim havia
Forte traço de amizade
Foi o corpo pra o jazigo
Mas a memória do amigo
Revive em minha saudade.

Antonio de Araújo (Campinense)
Cadeira 32 José da Luz.
*
Poeta Manoel Monteiro
Foi um Camões no cordel,
Porém o destino Ingrato,
Tão tenebroso  e cruel ,
Arrebatou nosso vate
Lhe tirando de combate,
Da caneta e do papel.

Pernambuco nos doou
Marines mestre Rosíl,
E o vate  Manoel Monteiro,
Que foi profundo e sutil
O cordel é sua história
Seu legado é memória
Pra cultura do Brasil.

A morte não  é o fim
É um novo recomeço
Porque tudo se transforma
O ciclo cobra seu preço
O poeta não morreu
Tudo que aconteceu
Foi mudar de endereço.

A serra da Borborema
Tem o rastro do tropeiro
A saga dos Cariris,
Povo valente e guerreiro,
Tem outra identidade
Que deixou luto e saudade
O bardo Manoel Monteiro.

Ivamberto A. de Oliveira.
Cadeira 35 Patrono: Umberto Peregrino
 

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