A MULHER EM TRÊS TEMPOS NO CORDEL
1º - a mulher teve grande importância no ofício de repassar
a cultura popular. Foi mestre em difundir suas tradições, contando histórias,
lendas, causos, cantando cantigas de ninar, fazendo adivinhas, cantando
cantigas de roda, repassando as superstições, pois tudo isso é parte da andante
cultura oral. O cordel parente próximo do repente não ficou de fora, era lido
contado ou cantado, também, por mulheres. Era dessa forma que a mulher contribuía
com a cultura, nos tempos passados. Reuniam-se em alpendres terreiros e
calçadas.
2º - a mulher foi tema dos folhetos nas mais diversas
formas: A musa, louvada por seus poetas, escrachada por outros, conforme o
olhar de cada bardo sobre a figura feminina.
3º - finalmente, chegou a vez da mulher marcar espaço, e
ocupar seu lugar ao lado do homem de igual para igual. Não, apostando numa
competição, e sim numa parceria, ocupando a lacuna a ela destinada. E assim,
aconteceu. A mulher hoje escreve cordel, ministra oficinas, ocupa as academias
de literatura, onde antes era apenas um “clube do bolinha.” Enfim, a mulher
ganhou voz e começa a ser respeitada como poeta cordelista.
Mais uma vez,
consegue reunir, aglomerar, não em alpendres, calçadas, terreiros, nem na
debulha do feijão, mas num espaço muito mais amplo, a internet! Onde navega com
garra, conhecimento, participando das pelejas virtuais, desbravando novos caminhos
e fincando sua bandeira, nas mídias contemporâneas.
Nas fotos as Mulheres Cordelistas que nos ajudam a manter o intercâmbio entre as Academias de Cordel.Texto de Dalinha Catunda
dalinhaac@gmail.com
rosariuspinto@gmail.com
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