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sábado, 24 de setembro de 2022

NÂO ABRO PARA NINGUÉM QUANDO ME DANO A GLOSAR - I


 

Mulheres do Cordel de Saia, Glosando na Rede com Dalinha.

Participação de Dulce Esteves

*

NÂO ABRO PARA NINGUÉM

QUANDO ME DANO A GLOSAR

Mote de Dalinha Catunda

*

Eu glosando boto é quente,

É bom prestar atenção.

Com o fiofó na mão,

Eu não fico num repente.

Já glosei com muita gente,

Sem medo de me lascar.

Bastinha pode chegar,

Giovanni e Araquém:

NÂO ABRO PARA NINGUÉM

QUANDO ME DANO A GLOSAR

Dalinha Catunda

*

 Eu também não fico atrás

Pois, só boto bem pesado

Quem vier já tá lascado

Gloso bem até demais

Pode vir o satanás

Pros quintos irá voltar

E quem mais puder chegar

Pra deixar de xenenhém

NÃO ABRO PARA NINGUÉM

QUANDO ME DANO A GLOSAR.

Dulce Esteves

*

Como já nasci lascada

Eu aguento o rojão

Não tenho medo do cão

Pois eu sou da pá virada

Quando tô “impriquitada”

Faço o guaxinim suar

E faço a pomba voar

Sem provar do meu xerém.

NÂO ABRO PARA NINGUÉM

QUANDO ME DANO A GLOSAR.

Dalinha Catunda

*

Pois, nasci com muita sorte

Tenho de Deus proteção

Mas, eu me viro no cão

E não tem quem me suporte

Quando gloso bato forte

E só boto pra torar

Mando logo se lascar

Portanto tem o porém:

NÃO ABRO PARA NINGUÉM

QUANDO ME DANO A GLOSAR.

 Dulce Esteves

*

Com Jesus e com Maria

Eu arrasto meu repente

Também sou mulher temente

Mas se for na cantoria

Eu parto pra putaria

Só pra ver o pau torar

Quem não quiser escutar

Cape o gato e diga amém:

NÂO ABRO PARA NINGUÉM

QUANDO ME DANO A GLOSAR

Dalinha Catunda

*

Obrigada e parabéns pela ótima participação, poetisa Dulce Esteves.

dalinhaac@gmail.com

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