Poetas e poetisas “Glosando na rede com Dalinha”
DOS
TEMPOS DE ANTIGAMENTE
CONFESSO
SINTO SAUDADE.
Mote
de Dalinha Catunda
1
O
namoro na pracinha
Caminhando
de mãos dadas
As
românticas jornadas
Que
outrora a gente tinha
Com
beijo com louvaminha
No
coreto da cidade
Foi
minha realidade
Porém
hoje é diferente:
“Dos
tempos de antigamente
Confesso
sinto saudade.”
Dalinha
Catunda
2
A
retreta na avenida
A
TV tomou lugar
A
praça só fez mudar
Abrindo
grande ferida
Tirando
a graça da vida
E
a beleza da cidade
Murchou
a felicidade
E
a sombra se fez presente
“Dos
tempos de antigamente
Confesso
sinto saudade.”
Vânia Freitas
3
Corrupio,
bola de gude;
Minhas
cédulas de cigarro;
Munição
feita de barro,
Pra
caçar preá no açude.
Vesti
camisa no grude,
Passada
e posta na grade;
E
na feira, vi novidade,
Arrodeado
de gente;
Dos
tempos de antigamente,
Confesso,
sinto saudade.
Wellington Santiago.
4
As
minhas recordações
Na
memória, registradas
Uma
a uma evocadas,
Jorram
hoje aos turbilhões,
São
tantas as emoções
Registradas,
de verdade,
Suprema
felicidade
Vivida
intensamente:
Dos
tempos de antigamente
Confesso
sinto saudade.
Bastinha Job
5
Caderno
de confidência
Na
turma, compartilhado
Piquenique
com guisado
No
tempo da adolescência
Sentia
que a existência
Era
a eterna mocidade
Plena
em felicidade
No
sentido permanente
“Dos
tempos de antigamente
Confesso,
sinto saudade.”
Creusa
Meira
6
Fui
criança no Cobé,
Nas
terras de Mundo Novo
-
Bahia - onde meu povo
Tem
princípio, luz, arché,
Boa
educação e fé
Que
Mãe Véa, de verdade,
Deixou
- sob santidade -
E
carrego no presente.
Dos
tempos de antigamente,
Confesso:
- sinto saudade!
Professor Weslen
7
De
namorar na praçinha
E
brincar de bambolê
Ver
um filme na Tv
Comendo
uma pipoquinha
Quermesses
com barraquinha
Procissões
pela cidade
Político
falar verdade
Ajudando
muita gente
Dos
tempos de antigamente
Confesso
sinto saudade.
Dulce Esteves
8
Armar
foge e arapuca
Se
esconder da meninada
Brincar
de peia-queimada
Jogar
baralho e sinuca
Na
roça matar mutuca
Namoro
sem liberdade
Fazer
coisa sem maldade
Cada
qual mais inocente
Dos
tempos de antigamente
Confesso
sinto saudade.
Jerismar Batista
8
Água
fria era de pote
Viajava-se
de trem
Namorado
era meu bem
Muita
gente era magote
Prejuízo
era calote
Gente
nova, pouca idade
Ir
na rua, ir na cidade
Outras
tantas tenho em mente
DOS
TEMPOS DE ANTIGAMENTE
CONFESSO
SINTO SAUDADE
Giovanni Arruda
9
Das
Tertúlias com vitrola
Tocando
trio nordestino
Do
velho chitão junino
Com
abaju e bandeirola
Nas
tardes o jogo de bola
As
meninas da cidade
Mostrando
felicidade
Gritavam
o nome da gente
Dos
tempos de antigamente
Confesso
tenho saudades.
Jairo Vasconcelos.
*
Xilo: Cícero Lourenço
Obrigada aos poetas e poetisas que participaram do: Glosando
na Rede com Dalinha. Gostei muito! Meu abraço a todos.
Glosando na Rede com Dalinha, tem como proponente, Dalinha
Catunda que coordena este movimento no Facebook.
Dalinha Catunda dalinhaac@gmail.com
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