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domingo, 16 de julho de 2023

DOS TEMPOS DE ANTIGAMENTE CONFESSO SINTO SAUDADE.


 

Poetas e poetisas “Glosando na rede com Dalinha”

DOS TEMPOS DE ANTIGAMENTE

CONFESSO SINTO SAUDADE.

Mote de Dalinha Catunda

1

O namoro na pracinha

Caminhando de mãos dadas

As românticas jornadas

Que outrora a gente tinha

Com beijo com louvaminha

No coreto da cidade

Foi minha realidade

Porém hoje é diferente:

“Dos tempos de antigamente

Confesso sinto saudade.”

Dalinha Catunda

2

A retreta na avenida

A TV tomou lugar

A praça só fez mudar

Abrindo grande ferida

Tirando a graça da vida

E a beleza da cidade

Murchou a felicidade

E a sombra se fez presente

“Dos tempos de antigamente

Confesso sinto saudade.”

 Vânia Freitas

3

Corrupio, bola de gude;

Minhas cédulas de cigarro;

Munição feita de barro,

Pra caçar preá no açude.

Vesti camisa no grude,

Passada e posta na grade;

E na feira, vi novidade,

Arrodeado de gente;

Dos tempos de antigamente,

Confesso, sinto saudade.

 Wellington Santiago.

4

As minhas recordações

Na memória, registradas

Uma a uma evocadas,

Jorram hoje aos turbilhões,

São tantas as emoções

Registradas, de verdade,

Suprema felicidade

Vivida intensamente:

Dos tempos de antigamente

Confesso sinto saudade.

 Bastinha Job

5

Caderno de confidência

Na turma, compartilhado

Piquenique com guisado

No tempo da adolescência

Sentia que a existência

Era a eterna mocidade

Plena em felicidade

No sentido permanente

“Dos tempos de antigamente

Confesso, sinto saudade.”

Creusa Meira

6

Fui criança no Cobé,

Nas terras de Mundo Novo

- Bahia - onde meu povo

Tem princípio, luz, arché,

Boa educação e fé

Que Mãe Véa, de verdade,

Deixou - sob santidade -

E carrego no presente.

Dos tempos de antigamente,

Confesso: - sinto saudade!

 Professor Weslen

7

De namorar na praçinha

E brincar de bambolê

Ver um filme na Tv

Comendo uma pipoquinha

Quermesses com barraquinha

Procissões pela cidade

Político falar verdade

Ajudando muita gente

Dos tempos de antigamente

Confesso sinto saudade.

 Dulce Esteves

8

Armar foge e arapuca

Se esconder da meninada

Brincar de peia-queimada

Jogar baralho e sinuca

Na roça matar mutuca

Namoro sem liberdade

Fazer coisa sem maldade

Cada qual mais inocente

Dos tempos de antigamente

Confesso sinto saudade.

 Jerismar Batista

8

Água fria era de pote

Viajava-se de trem

Namorado era meu bem

Muita gente era magote

Prejuízo era calote

Gente nova, pouca idade

Ir na rua, ir na cidade

Outras tantas tenho em mente

DOS TEMPOS DE ANTIGAMENTE

CONFESSO SINTO SAUDADE

 Giovanni Arruda

9

Das Tertúlias com vitrola

Tocando trio nordestino

Do velho chitão junino

Com abaju e bandeirola

Nas tardes o jogo de bola

As meninas da cidade

Mostrando felicidade

Gritavam o nome da gente

Dos tempos de antigamente

Confesso tenho saudades.

 Jairo Vasconcelos.

*

Xilo: Cícero Lourenço

Obrigada aos poetas e poetisas que participaram do: Glosando na Rede com Dalinha. Gostei muito! Meu abraço a todos.

Glosando na Rede com Dalinha, tem como proponente, Dalinha Catunda que coordena este movimento no Facebook.

Dalinha Catunda dalinhaac@gmail.com

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