A “abelha que faz mel sem esquecer o ferrão” abriu a noite deste domingo, 31, animando o público que lotou a Estação Cordel, na FLIT. O trecho da poesia faz parte do recital da cearense Dalinha Catunda, que iniciou a noite no espaço dedicado a esse segmento da cultura nordestina, dentro da FLIT.
Em sua apresentação denominada “Sertaneja, sim senhor”, a cordelista falou sobre a migração do nordestino. “Nos alforjes carregados, transporta tristeza e dor, saudades da lua cheia, das coisas do interior...”. Dalinha também mostrou em versos rimados sua percepção da natureza: “A brisa que me acaricia, meu corpo todo arrepia, e eu invoco você a participar desta dança, do vento e mulher criança, antes do anoitecer.”
A aceitação do público foi tamanha que Dalinha afirmou estar se sentindo no Nordeste. “Cordel é povão, é alegria e é isso que as pessoas do Tocantins tem demonstrado pelo nosso trabalho”, disse a cordelista. Prova disso era o motorista Vilnei Moreira, que também é músico. Evangélico, mas com um trabalho musical de uma proposta diferente, o chamado “Cowboy de Cristo” disse se inspirar no cordel. “É divertido escutar e me traz novas ideias”, afirmou.
A noite de domingo terminou na Estação Cordel com o recital musical “Cordelinho”, de Chico Salles. Também numa proposta bem humorada, o paraibano relembrou sua terra cantando, junto com o público, “Masculina”, e ainda falou da morte de uma maneira bem diferente. “Cordel é isso: o poder de resumir bem uma história e ainda divertir”, disse.
As apresentações na Estação Cordel continuam nesta segunda-feira, 1º, a partir das 19h
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PARABÉNS!!! PARCEIRA!!!
ResponderExcluirDalinha Catunda, Maria de Lourdes Aragão Catunda, poeta popular, natural de sua Ipueiras, CE, dos tempos de colégio vem toda a sua inspiração. Sempre inovadora, nos apresenta uma poesia leve e que brota da alma, borbulhante como água de uma fonte que nunca se esgota. Sua temática é sempre corajosa, carregada de humor e com rimas impecáveis. Sua criatividade/atividade é intensa, explode ao menor sinal. Basta cutucá-la com um tema qualquer, que logo começa um novo poema. Não lhe faltam recursos de linguagem, emenda o sertão com a vida urbana com a simplicidade de que troca de camisa. Deixo aqui a estrofe que fiz para o folheto Cobra criada.
Apresento para vocês
Uma Cobra bem criada
Versos de Dalinha são,
Pra ficar embasbacada
Seu humor é transbordante
E de forma apimentada.
Beijão amiga, o sucesso é merecido,
Rosário
Rosário,
ResponderExcluirVocê é uma amiga muito querida e seu comentário me deixa muito feliz. Caminhar nesta estrada da Literatura de Cordel junto com você é nunca estar sozinha.
Beeeijos amiga.