MULHER,
DIFUSÃO E CORDEL.
*
Antigamente
a mulher
Apenas
lia cordel.
Depois
passou a ser musa
Nos
versos do menestrel.
Querendo
contar história
Tirou
versos da memória,
E
passou para o papel.
*
Fim
de tarde na calçada
Nos
mais diversos rincões,
As
tias, avós e mães,
Difundiam
tradições .
Naquele
entretenimento,
Passavam
conhecimento,
Para
as novas gerações.
*
E
foi assim que aprendi
A
gostar de versejar
Minha
mãe é poetisa
Tia
Isa, de contar
As
histórias de princesa
Eu
achava uma beleza
Hoje
vivo a recontar.
*
Ser
musa era muito pouco
A
mulher queria mais.
Contar
apenas histórias
Feria
seus ideais.
Queria
escrever também,
Poderia
ir além,
Em
tudo via sinais.
*
Disposta
pegou a pena,
Sem
ter pena de escrever,
Resgatou
lá da gaveta,
O
que chegou a esconder.
No
presente está escrito,
Que
a mulher deu o seu grito
E
o que faz é com prazer.
*
Versos
e foto de Dalinha Catunda
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