A situação da saúde pública no Brasil e
especificamente nos hospitais do Rio de Janeiro tem funcionando como campo de
extermínio da população que precisa dela para manter-se viva. Discutindo esta
temática com uma amiga, pedi um texto que em poucas palavras desse essa
informação.
“É
incompreensível a permanência e o aprofundamento dessa desumanidade a que
chamam crise que se instalou no sistema da saúde fluminense. É absurdo, é
ilógico que pessoas ao buscarem auxílio e amparo no momento mais agudo de fragilidade
em sua vidas, encontrem a indiferença, a humilhação e a indignidade. Hospitais
que se assemelham a câmaras de extermínio!”
Cruel
demais a constatação cotidiana de que no RJ, quando se está em sofrimento e se
procura a cura para os males e o alívio da dor, pode significar o mesmo que se
entregar à morte. Estarrecedor!
E no Rio de Janeiro,
O povo vive a agonia.
A doença que se amplia.
E de Janeiro, a Janeiro.
Todo hospital é ceifeiro.
Vivemos na crueldade
Sem qualquer dignidade.
Notícias de estarrecer
Nelas custamos a crer.
Uma eclosão de maldade.
*
Nestes campos de extermínio,
Prepondera a humilhação,
Descaso e desolação.
A vida toda em declínio
A morte é vaticínio.
Só há dor e solidão,
. Do hospital para o caixão
Aqui não é diferente
A
maldade transparente.
Tudo é aberração.
.*
Nosso barco à deriva
Com a vida por um fio,
Em eterno calafrio.
Saúde não tem valor
É um filme de terror.
Todo dia, sempre igual
Prepondera a Lei do MAL
Não há remédios para cura.
Só a doença perdura
Tudo em volta é BANAL.
Texto: Francisca de Oliveira
Versos: Rosário Pinto
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