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segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

S.O.S SAÚDE



A situação da saúde pública no Brasil e especificamente nos hospitais do Rio de Janeiro tem funcionando como campo de extermínio da população que precisa dela para manter-se viva. Discutindo esta temática com uma amiga, pedi um texto que em poucas palavras desse essa informação.

“É incompreensível a permanência e o aprofundamento dessa desumanidade a que chamam crise que se instalou no sistema da saúde fluminense. É absurdo, é ilógico que pessoas ao buscarem auxílio e amparo no momento mais agudo de fragilidade em sua vidas, encontrem a indiferença, a humilhação e a indignidade. Hospitais que se assemelham a câmaras de extermínio!”
Cruel demais a constatação cotidiana de que no RJ, quando se está em sofrimento e se procura a cura para os males e o alívio da dor, pode significar o mesmo que se entregar à morte. Estarrecedor!
 *
E no Rio de Janeiro,
O povo vive a agonia.
A doença que se amplia.
E de Janeiro, a Janeiro.
Todo hospital é ceifeiro.
Vivemos na crueldade
Sem qualquer dignidade.
Notícias de estarrecer
Nelas custamos a crer.
Uma eclosão de maldade.
*
Nestes campos de extermínio,
Prepondera a humilhação,
Descaso e desolação.
A vida toda em declínio
A morte é vaticínio.
Só há dor e solidão,
. Do hospital para o caixão
Aqui não é diferente
 A maldade transparente.
Tudo é aberração.
.*
Nosso barco à deriva
Com a vida por um fio,
Em eterno calafrio.
Saúde não tem valor
É um filme de terror.
Todo dia, sempre igual
Prepondera a Lei do MAL
Não há remédios para cura.
Só a doença perdura
Tudo em volta é BANAL.

Texto: Francisca de Oliveira
Versos: Rosário Pinto

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