QUARENTENA NA ROÇA,
VIVENDO COMO ÍNDIO
*
Aqui estou feito índio
Acoitada em uma oca
Só comendo caça e pesca
E entrando na mandioca
No café como beiju
No almoço tem tatu
Já na ceia é tapioca.
*
Na cidade eu fazia
Musculação e ioga
Aqui vivo a natureza
Despida de lei e toga
O que me dá mais prazer
É rio abaixo descer
Trepada numa piroga.
*
Quando meu nativo chega
Alisando o jacumã
Fogosa ligeiro abro
Meu sorriso de cunhã
Eu dou para ele comer
Um caldo que sei fazer
Na base de Carimã.
*
Numa rede de tucum
De noite vou me deitar
E no balanço da rede
Eu vejo Jaci brilhar
E meu amor diz pra mim
Vamos fazer curumim
Antes do mundo acabar?
*
Versos e fotos de Dalinha Catunda cad. 25 da ABLC
VIVENDO COMO ÍNDIO
*
Aqui estou feito índio
Acoitada em uma oca
Só comendo caça e pesca
E entrando na mandioca
No café como beiju
No almoço tem tatu
Já na ceia é tapioca.
*
Na cidade eu fazia
Musculação e ioga
Aqui vivo a natureza
Despida de lei e toga
O que me dá mais prazer
É rio abaixo descer
Trepada numa piroga.
*
Quando meu nativo chega
Alisando o jacumã
Fogosa ligeiro abro
Meu sorriso de cunhã
Eu dou para ele comer
Um caldo que sei fazer
Na base de Carimã.
*
Numa rede de tucum
De noite vou me deitar
E no balanço da rede
Eu vejo Jaci brilhar
E meu amor diz pra mim
Vamos fazer curumim
Antes do mundo acabar?
*
Versos e fotos de Dalinha Catunda cad. 25 da ABLC
dalinhaac@gmail.com
Idealizadora e administradora do Cordel de Saia e do Cantinho da Dalinha
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirTomei ciência desse blog assistindo hoje uma entrevista com o cantor e cordelista Chico Salles (de saudosa memória), em 2015. Extraordinário. Parabéns pela iniciativa e pela beleza dos trabalhos.
ResponderExcluirChico era um amigo querido e deixou saudades. Era meu colega de ABLC. Obrigada pelo comentário, Francisco Virgulino, meu abraço.
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