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sábado, 2 de julho de 2022

EU ME PERMITO O DIREITO DE VIVER OUTRA VERDADE

EU ME PERMITO O DIREITO

DE VIVER OUTRA VERDADE

*

Não moro numa palhoça

Não vivo numa choupana

Mesmo não sendo em cabana

Eu vivo a vida da roça

As vezes até faço troça

Da vida lá da cidade

Competição falsidade

Faz moradia no peito

EU ME PERMITO O DIREITO

DE VIVER OUTRA VERDADE

Mote e glosa de Dalinha Catunda

Cachoeiras de Macacu- RJ

*

Morando na capital

Não posso nem reclamar

Mas, o meu melhor lugar

É com cheiro de curral

Poder curtir animal

Viver com mais liberdade

Sem barulho de cidade

Numa rede me deleito

EU ME PERMITO O DIREITO

DE VIVER OUTRA VERDADE.

MOTE : Dalinha Catunda

Glosa : Dulce Esteves

*

A vida já é tão lesta

Pra não gozá-la inteirinha

Com modéstia, simplesinha

Com o que é bom, o que presta;

Dalinha se manifesta

Salutar pra toda idade

Somente quem tem maldade

Pousa de insatisfeito:

EU ME PERMITO O DIREITO

DE VIVER OUTRA VERDADE.

Mote de Dalinha Catunda,

Glosa de Bastinha Job

*

Moro numa capital

Sem querer num apartamento

Que chamo de apertamento

Que não é original

Prefiro casa e quintal

Que me traz felicidade

Hoje me resta saudade

Agora não tem mais jeito

EU ME PERMITO O DIREITO

DE VIVER OUTRA VERDADE

Mote de Dalinha Catunda

Glosa de Vânia Freitas

*

Passei por uma mudança

Para poder estudar,

Foi duro me acostumar,

Ainda é forte a lembrança

Ninguém volta a ser criança

Correndo com liberdade,

Hoje é outra realidade

O que já fiz está feito

​EU ME PERMITO O DIREITO

DE VIVER OUTRA VERDADE

Mote - Dalinha Catunda

Glosa - Creusa Meira​

*

EU ME PERMITO O DIREITO

DE VIVER OUTRA VERDADE

Eu sou pobre nordestino,

um cidadão respeitado,

sou cabra considerado,

sou honesto desde menino,

eu tracei o meu destino,

buscando prosperidade,

consegui ter na verdade,

muita amizade e respeito

EU ME PERMITO O DIREITO

DE VIVER OUTRA VERDADE

Glosa Joabnascimento Camocim-CE

Mote de Dalinha Catunda

*

Eu não moro, choramingo

Num "ap" trancafiado

Mas me sinto compensado

Sexta, sábado e domingo

Viajando eu me vingo

Das mazelas da cidade

Quando o verde me invade

Me renovo, me deleito

EU ME PERMITO O DIREITO

DE VIVER OUTRA VERDADE

Mote: Dalinha Catunda

Glosa: Giovanni Arruda

*

Sou nascido no Nordeste

Mesmo que queira mudar

Eu não consigo enganar

Fez enquanto, eu falo "peste"

Hoje, moro no Sudeste

Em uma média cidade

Minha originalidade

Não me causa preconceito

EU ME PERMITO O DIREITO

DE VIVER OUTRA VERDADE.

Glosa Jairo Vasconcelos

Mote, Dalinha Catunda .

*

Sou nativa do sertão

Vivo nele até agora

Minha alma aqui mora

Mas chegando a arribação

Deixo aqui meu coração

E vou em velocidade

Fincar meus pés na cidade

Mesmo com dores no peito

EU ME PERMITO O DIREITO

DE VIVER OUTRA VERDADE

Glosa: Ritinha Oliveira

Mote: Dalinha Catunda

*

A vida que me pertence

Eu que tomo decisão

E disso não abro mão

Esse mote me convence

Portanto você não pense

Que a minha felicidade

E sua propriedade

Imposição não aceito

EU ME PERMITO O DIREITO

DE VIVER OUTRA REALIDADE.

Francisco De Assis Sousa

*

Cedo sai do interior

Da palhoça onde nasci.

Mas, confesso que vivi!

E com a idade ainda em flor.

A mudança causou dor.

Tinha dez anos de idade.

Hoje ainda tenho saudade

E embora me doa o peito,

EU ME PERMITO O DIREITO

DE VIVER OUTRA VERDADE

Mote: Dalinha Catunda

Glosa: Rosário Pinto

*

Eu tenho dignidade

Moro numa casa bela

De uma beleza singela

Porém Deus habita nela

O que vejo da janela

Não fica numa cidade

Mas mora a felicidade

Fica num sítio perfeito

EU ME PERMITO O DIREITO

DE VIVER OUTRA VERDADE

Alcinete Pereira

Roda de glosas organizada por Dalinha Catunda

 cad. 25 da ABLC

dalinhaac@gmail.com

 

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