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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

SALA DE VISTAS recebe Moraes Moreira e Fred Góes


Cordel de Saia recebeu de José Walter Pires o poema de Moraes Moreira e Fred Góes, sobre as obras do escritor Jorge Amado.
*
O ABC DE JORGE AMADO
*
O “País do carnaval”
Sobretudo principia
A obra de um grande gênio
Puro Cacau da Bahia
O suor foi derramado
Feito Jorge ser Amado
Quem é que não gostaria 
*
Dos Santos tem muitos contos
De Oxalá tem tanta guia
Axé de roça plantada
Jubiabá” já sabia
Estava predestinado
Feito Jorge ser Amado
Quem é que não gostaria 
*
Lendo a tristeza de quem
No Porto se despedia
A navegar no “Mar Morto”
O coração que partia
Na beira do cais dourado
Feito Jorge ser Amado
Quem é que não gostaria
*
Dos “Capitães de Areia”
A luta do dia a dia
A tristeza de um passado
Que o futuro não previa
O menino abandonado
Feito Jorge ser Amado
Quem é que não gostaria
*
Cenas do “O amor do Soldado”
Toda a platéia aplaudia
Ali no “O mundo da paz”
A maldade não teria
De algum jeito prosperado
Feito Jorge ser Amado
Quem é que não gostaria
*
Buscando os “Subterrâneos
Da Liberdade” tardia
Despertando a “Gabriela
Cravo e Canela”, ousadia
O Brasil apaixonado
Feito Jorge ser Amado
Quem é que não gostaria
*
Salve os “Velhos Marinheiros”
E sua sabedoria
Viva “Quincas Berro d´agua
Que até na morte bebia
Dormindo e meio acordado
Feito Jorge ser Amado
Quem e que não gostaria 
*
Entre os “Pastores da Noite”
Na escuridão quem surgia?
Era “O Compadre de Ogum”
Lavando o piá na pia
Fazendo o seu batizado
Feito Jorge ser Amado
Quem é que não gostaria
*
Era na cama e na mesa
Onde tudo acontecia
Lá na “Tenda dos Milagres”
Dona Flor” se divertia
Dois maridos, que arretado!
Feito Jorge ser Amado
Quem é que não gostaria
*
A Descoberta da América
Pelos Turcos” já dizia
Chegou a “Hora da Guerra”
No tempo que desafia
O mote deixa um recado
Feito o Jorge ser Amado
Quem é que não gostaria 
*
Noventa e nove e mais um
Aqui nessa cantoria
Na Festa do Centenário
No clima da parceira
Eis um cordel encantado
Feito Jorge ser Amado
Quem é que não gostaria. 
*
Pegando a “Estrada do Mar”
Tantos versos, pra quem lia
O Abc de Castro Alves”
O poeta e a poesia
Era amor pra todo lado
Feito Jorge ser Amado
Quem é que não gostaria
*
Cavaleiro da Esperança”
Da esperança que havia
Lá nas “Terras do Sem Fim”
Onde o mundo mudaria
Um sonho que foi sonhado
Feito Jorge ser Amado
Quem é que não gostaria 
*
Em “São Jorge dos Ilheus”
A força prevalecia
O Jugo dos Coronéis
Na base da valentia
Povo sofrendo um bocado
Feito Jorge ser Amado
Quem é que não gostaria 
*
Bahia de Todos os Santos”
Mãe dos filhos da alegria
Minha “Seara vermelha”
Eu te abandonei um dia
Indo em busca do Eldorado
Feito Jorge ser Amado
Quem é que não gostaria 
*
Cansada de guerra, assim
Tereza Batista” ia
O Gato Malhado e a Andorinha
Sinhá”, meu Deus, quem diria
Pra ver o tempo mudado
Feito Jorge ser Amado
Quem é que não gostaria
*
Eta! “Tieta do Agreste”
Voltou pro sertão um dia
Enquanto que o nosso mestre
Entrava pra Academia
Imortal e premiado
Feito Jorge ser Amado
Quem é que não gostaria 
*
Era “O Milagre dos Pássaros”
No sonho e na fantasia
Do “Menino Grapiuna”
Que a cidade conhecia
Escolhido, foi chamado
Feito Jorge ser Amado
Quem é que não gostaria 
*
A Bola e o Goleiro”, o campo
Uma grande Trilogia
Ali na “Tocaia Grande”
A turma toda caía
Todo espaço disputado
Feito Jorge ser Amado
Quem é que não gostaria
*
Foi o sumiço da Santa
Que causou uma anarquia
Em toda a “Navegação
De Cabotagem” Bahia
Na capital deste Estado
Feito Jorge ser Amado
Quem é que não gostaria 
(Moraes Moreira e Fred Góes)
*

A Cordelteca – Memória da literatura de cordel, da Biblioteca Amadeu Amaral/CNFCP/Iphan/MinC (www.cnfcp.gov.br) possui, em Base de Dados, o folheto, da referência abaixo, composto, em parceira, por José Walter Pires, Manoel Monteiro da Silva e Moraes Moreira.
C5815 / 2ªed.
Pires, José Walter; Moreira, Moraes; Silva, Manoel Monteiro. O coronel dos oprimidos, ou 3 histórias de esperança. 2ªed. Brumado: Cordelaria Poeta Manoel Monteiro, 2009. 21 p.
O folheto congrega três poetas que compuseram sobre o mesmo tema (Direitos Humanos) em datas distintas e, reunidos num só folheto.
Cosulte ainda:

http://rosarioecordel.blogspot.com
http://cantinhodadalinha.blogspot.com

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

MATEUS É ESPECIAL !

Mateus sorrindo

Neste Dia da Criança
que é dia universal,
quero homenagear,
um menino bem legal.
Ele é o meu Mateus:
uma criança especial.
*
Uma criança feliz,
buscando de nós, carinho.
Aprende as primeiras letras
Ao longo do seu caminho.
Vive sempre muito alegre.
É um bravo rapazinho
*
Ele veio ajudar,
a compreender o amor,
que trouxe pra espalhar.
Não sabemos o que é dor,
quando em sua companhia
Só recebemos calor
*
Nos ensina a cada dia,
Conhecer a diferença.
O amor que nos dedica,
só aumenta nossa crença:
que só o amor constrói”.
Nunca a indiferença.
*
Uma criança com down,
que marca a nossa lida.
Não pelo medo e pânico,
mas pela vida aguerrida.
A alegria é tamanha.
É grande exemplo de vida.
*
Preenche nossas lacunas
e nos dá grande lição:
felicidade possível,
quando não há distinção,
entre os filhos que temos,
só alegra o coração.
*
Salve, querido Mateus,
de amor, incondicional,
ampliando horizontes,
de uma vida fraternal.
Ele sempre nos ensina:
o que é ser especial.
(Dedicado a Mateus Freitas Pinto, meu sobrinho)
RIO, setembro, 2011
*
Registro, com emoção, o depoimento do amigo e poeta piauiense, radicado em São Paulo, PEDRO MONTEIRO. Obrigada poeta pelo poema-depoimento:

PedrO MonteirO disse...
Criança cidadã
Quem disse que sou pequeno
Só por que sou uma criança?
Sou o futuro do mundo,
Da paz e da esperança!
E por todas essas apostas,
Carrego nas minhas costas
O lume da confiança.
*
E para que assim seja
Não posso facilitar!
Preciso dos meus direitos:
Saúde, pão e um lar,
Estudo, amor e alegria,
Com muita sabedoria
Lindo futuro gozar.
*
E assim serei um adulto
De pensamento fecundo!
Olharei os pequeninos
Com sentimento profundo
Da solidariedade,
Semearei igualdade,
Justiça e paz para o mundo.
25 de setembro de 2011 20:03
Dalinha Catunda disse...
Querida amiga Rosário,
Quem fala com o coração
Transmite para os amigos
Sempre bastante emoção,
E o pequenino Mateus
É uma obra rara de Deus
Que provoca inspiração.  *
Carmen Marília Franco, a amiga Carmencita, me enviou um poema livre sobre sua leitura do poema de cordel Mateus é especial. Obrigada, Carmencita pelo carinho.  
*
Rosinha,minha canoa....
Pega o leme
Embica a proa
Que teu rumo já chegou
E agora está te levando
Para os remansos da vida
De quem viveu e amou.
Bjs.Carmencita 
Veja mais:
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Texto e foto : Rosário Pinto

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

PRIMAVERA E SONHOS


PRIMAVERA E SONHOS

Começo de primavera
Um vento começa a bater,
Levemente em meu corpo,
E eu penso logo em você.

É o recomeço dos sonhos,
Que não devem se perder,
Nas amarras que existem,
Entre o meu e o seu querer.

Vejo esperança brotando,
Feito botão de uma flor.
Sinto o futuro querendo,
O que o passado negou.
*
23 de setembro inicia a primavera
Texto e foto de Dalinha Catunda
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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Correspondência entre poetas


Cordel de Saia solcitou a JAC (José Alberto Costa e de José Walter Pires (Zé Walter) autorização para publicação de correspondência trocada com Zé Walter, que já havia autorizado a publicação de sua parte. Veja a resposta de JAC on-line:


                                                   Rosário, respondo em versos,
sendo você cordelista,
pra me fazer entender
na linguagem de artista
que nunca fugiu da raia
do grande "Cordel de Saia",
mesmo sem ser repentista.
*
Acredite, minha cara,
gostaria de reler
a "carta" para Zewalter
para o juízo "acender",
pois vivo sem esperança,
pouca memória e lembrança,
tenho pra dar e vender.
*
Mande a cópia, por favor,
pois o meu micro "brochou"
e fiquei no ora e veja,
muita coisa se salvou
tenho guardado em CD
mas juro para você,
seu amigo autorizou. 
*
Zealberto
2011 
*
JAC me pediu a cópia da carta do poeta Zé Walter, para aviviar a memória, então lhe respondi: 
*
JAC, meu poeta amigo,
me apresso em responder:
a cartinha do Zé Walter,
Todinha para você.
Tão logo fale com ele,
Já sei que vou receber
*
De sua amiga, Rosário
Deixo aqui, abraço fraterno,
Cordel de Saia agradece.
Vou escrever no caderno:
Quem tem amigo poeta,
Não sabe o que é inferno.
(Rosário Pinto)
*

Lamentos da terceira idade
José Alberto Costa (*)
1
Tenho muitos lamentos nesta vida
das mazelas que aturo todo dia,
enxaqueca, mouquice, nevralgia,
reumatismo, cabeça enfraquecida,
dor nas costas, a perna adormecida,
falta de ar, fraqueza do pulmão,
só se salva o meu pobre coração
mesmo assim, afogado na saudade,
Se eu pudesse comprava a mocidade
nem que fosse pagando a prestação.
2
Depois de revelar minhas mazelas
de contar meus segredos de saúde
acredite, eu choro a juventude,
uma fase de vida das mais belas,
que vivi na esbórnia, sem cautelas,
com bebida, cigarro e diversão,
sem saber que vivia um turbilhão
de emoções, alegria e falsidade,
Se eu pudesse comprava a mocidade
nem que fosse pagando a prestação.
*
(*) José Alberto Costa, ou simplesmente Zealberto, aprendiz de poeta, nasceu em Paulo Jacinto, Alagoas, mas vive em Maceió, porque não sabe com se mora em terra sem mar e bar. Os seus “Lamentos da Terceira Idade”, estão publicados na “Antologia Movimento da Palavra” e em vários blogs, inclusive no Versoreverso, que ele edita há algum tempo. (http://jac-versoreverso.blogspot.com). 
*
Dores e dissabores
1
Meu amigo já cheguei
Na dita "mellhor idade"
Mas nisso não vejo graça
Tão pouco felicidade
Agora pouco me resta
Já não dá pra fazer festa
Fugindo à realidade
2
E quando alguém me pergunta
Por quantos anos eu tenho
Respondo que só uns vinte
Sem sequer franzir o cenho
Pra frente é o que me sobra
Pois o que você me cobra
Já passou e não mais tenho
3
Assim vou levando a vida
Na mais besta enganação
Dissimulando a verdade
De ser mais de sessentão
Em contagem regressiva
Mas mantendo a mente ativa
Pra fugir da depressão
4
A velhice é muito ingrata
E nada pode mudá-la
Se resume num sofá
O dia todo na sala
Sem direito de pedir
De mandar e de exigir
E na tristeza se cala
5
Nesta idade do “condor”
São dores pra todo lado
Com fisioterapias
E remédio receitado
Sem os prazeres da orgia
Que mínguam a cada dia
E me deixam desolado
6
Um tal Ponce de Leon
Conforme a história alude
Certo dia descobriu
A fonte da Juventude”
Mas de nada adiantou
Pois velho não se salvou
Da frieza do ataúde
7
Já pedi para meus filhos
E tudo está combinado
Se por acaso eu morrer
Deixem na lápide gravado
O meu último desejo
Que digo sem nenhum pejo:
Morreu!... mas contrariado”

José Walter Pires
Maio 2011
Acesse ainda:
http://jac-versoreverso.blogspot.com
http://www.fatorsh.com.br/
http://rosarioecordel.blogspot.com
http://cantinhodadalinha.blogspot.com

Fotos extraídas da internet

NOTÍCIAS DO CARIRI

Dalinha, Miguel e Josenir

Amigas Dalinha e Rosário,
Abraços e Saudade.

Recebi do Instituto Cultural do Vale Caririense ICVC, um convite para comparecer à solenidade de transmissão da diretoria.
Várias entidades culturais estarão presentes nesse momento tão significativo para aquele sodalício.
Fui convidada a comparecer representando a ABLC.
*
Josenir,
Tanto eu como Rosário sabemos que você representará muito bem a Academia Brasileira de Literatura de Cordel – ABLC, onde as mulheres, desbravando o machismo reinante no mundo dos versos, começam a dar passos largos a caminho da igualdade.
Os espinhos ainda florescem neste meio, mas as mulheres, com seu jeitinho, saberão plantar rosas e perfumar os novos caminhos do cordel.
Nossos aplausos para você.
Dalinha e Rosário
*
Visite:www.cantinhodadalinha.blogspot.com
www: rosarioecordel.blogspot.com
Foto e texto de Dalinha Catunda

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

DIA DA ÁRVORE


VELHA CARNAUBEIRA
*
Minha velha carnaubeira,
Que se embala ao vento,
Batendo palmas te vejo,
E viajo em pensamento.
.
Tua cantiga me traz
Saudades da minha rua,
Detrás de tua folhagem
Mais bela nascia a lua.
.
O teu fruto me atraia,
Chamando-me atenção.
Quando maduro caia,
Caído, apanhava do chão.
.
Aquilo era feito uva
P’ra menina do sertão,
Que degustava feliz,
Os sabores da região.
.
No meu cavalo de pau,
Quantas vezes montava
Com o talo da carnaúba
Habilmente eu fabricava.
.
Hoje te vejo solitária,
Sem perder tua beleza.
Tomara que te preservem.
Para o bem da natureza.
.
Quero ver multiplicada,
Essa tua escassa família.
Que vem perdendo espaço
Enquanto perco alegria.
.
Escutei tua cantiga,
Teu fruto alegre comi
Pelas ruas da cidade
No meu cavalo corri.
.
Minha velha carnaubeira,
Companheira de infância.
Na cidade de Ipueiras
Alegraste uma criança.

.
Texto e foto de: Dalinha Catunda
Visite: www.cantinhodadalinha.blogspot.com
www.rosarioecordel.blogspot.com

terça-feira, 20 de setembro de 2011

A VOLTA DE CAMPINENSE

Campinense, Rosário, Fernando
Aragão, Campinense, William









A VOLTA DE CAMPINENSE
Após consecutivas ausências por motivo de doença, na ultima plenária da ABLC, desfrutamos da importante companhia do poeta Antônio de Araujo, o nosso Campinense, que comoveu a platéia com seus versos.
Abraçado por todos, Campinense, era só alegria no aconchego dos amigos.
Cordel de Saia estava lá atento a cada flash.
Homenagear Campinense, mais que obrigação, é prazer.
*
Filho de Campina Grande
Grande nos versos que faz.
Se a vida tem sido ingrata
Versejando se refaz.
O poeta canta a dor
Como oração ou louvor
Num canto que me apraz
*
Interação de Rosário Pinto
*
Plenárias, quando aos domingos,
é bom demais, pra matar!
Campinense, sempre vem,
Aos companheiros saudar.
*
Texto e foto de Dalinha Catunda.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Cordel de Saia - ABLC - Coco e Ciranda

Movimento coco e cordel carioca
Rosário, Moreira de Acopiara, Dalinha

Homenagem de Rosário e Dalinha

 Nota do Cordel de Saia

Dalinha Catunda e Rosário Pinto representando o blog Cordel de Saia, que tem como uma de suas metas cobrir eventos ligados ao cordel, estiveram ontem na ABLC- Academia Brasileira de Literatura de Cordel prestigiando esta entidade com versos feitos especialmente para o evento de 23 anos.

Como legitimas representantes da ABLC deixaram registrado em ata, a homenagem de quem incansavelmente apóia e veste a camisa da Academia Brasileira de Literatura de Cordel.

A plenária contou também com a marcante presença de Moreira de Acopiara, que recitou o belo poema, “Ser Poeta Popular” que arrancou aplausos dos presentes.

“O Movimento Coco e Ciranda Carioca” causou frisson com sua apresentação no final da plenária. A Rua Leopoldo Fróes ficou pequena para tanta gente. A animação era contagiante, convocada por Fabíola, a declamar seus versos, Dalinha Catunda entrou na roda e não se fez de rogada. Rosário atenta caprichava nas fotos e nas palmas.
*
Nota do Cordel de Saia
Dalinha Catunda e Rosário Pinto
cordeldesaia@gmail.com