CACIMBA DA INSPIRAÇÃO
.
Eu queria beber água
Nessa cacimba profunda,
Onde Dalinha Catunda
A sua verve deságua,
Sem jamais revelar mágoa,
Da sua vida nativa,
Da qual não se fez cativa
Como mera “nordestina”;
Porém, Transformando a sina
Fez-se cordelista altiva
.
Rompendo os grilhões da sorte,
Numa luta sem cansaço,
Conquistou o seu espaço,
Vislumbrando além do “norte”,
Como mulher livre e forte,
Sendo amante da verdade,
Cantando com liberdade,
Sonhos, desejos, paixões,
Sem dar vez às convenções
Pra sua saciedade!
.
Soube cantar o sertão
Como poucos vi cantar!
Com versos pra revelar
A mais sincera paixão
Que devota ao seu rincão:
Árvores, flores, animais,
E as beleza naturais,
A sua gente e a cidade,
Mas morrendo de saudade
Do que não volta jamais!
.
José Walter Pires
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