No tempo que passa em ritmo veloz
Eu sinto no peito, o aperto dos nós
Que se desenrolam a seguir, divididos
De um lado a saudade de tempos vividos
Do outro a esperança de logo encontrar
Um porto seguro e poder ancorar
Com o peso dos anos nos ombros, levando
Nos olhos, a luz do luar prateando
As ondas que quebram na beira do mar
Galopo pensando no
tempo que passa,
Tão vertiginoso
qual sopro do vento,
Que varre caminhos
e até pensamento,
Deixando pra trás,
nevoeiro, fumaça...
O sopro é o que
traz um alento e abraça
A vida que segue
traçando caminho.
O tempo é o relógio
no redemoinho,
Dos dias, semanas,
dos meses, dos anos
Passados,
presentes, anelos e planos,
Que foram por certo,
gerados no ninho.
Seguindo o caminho
de curva fechada,
Um forte arrepio na
espinha dorsal;
Na beira da mata,
um estranho arsenal
De tocos,
garranchos e pedra lascada,
Vedando o acesso,
atrasam a jornada.
Cansaço medonho
nesse galopar
São léguas à frente
e o tempo a rolar
No despenhadeiro do
dia que morre
Nos braços da
noite, um pranto escorre
Em gotas que banham
a terra e o ar.
E quando amanhece o
sol ilumina
A estrada de pedra
que resta a seguir.
Sem olhar para
trás, à frente, há porvir.
Na noite cinzenta,
ficou a neblina,
No leito do rio de
água cristalina,
O corpo tão frágil
se banha sedento.
Erguendo o olhar ao
azul firmamento,
Tentando alcançar a
linha do horizonte
Que tece a beleza
que nasce da fonte
E expressa a
grandeza da força do vento
.Poeticamente fascinante. Adorei ler, como sempre.
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Fim de semana de amor e paz
Belíssimo poema! Parabéns!!
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