QUARENTENA NA ROÇA, VIVENDO COMO ÍNDIO
Aqui estou feito índio
Acoitada em uma oca
Só comendo caça e pesca
E entrando na mandioca
No café como beiju
No almoço tem tatu
Já na ceia é tapioca.
Na cidade eu fazia
Musculação e ioga
Aqui vivo a natureza
Despida de lei e toga
O que me dá mais prazer
É rio abaixo descer
Trepada numa piroga.
Quando meu nativo chega
Alisando o jacumã
Fogosa ligeiro abro
Meu sorriso de cunhã
Eu dou para ele comer
Um caldo que sei fazer
Na base de Carimã.
Numa rede de tucum
De noite vou me deitar
E no balanço da rede
Eu vejo Jaci brilhar
E meu amor diz pra mim
Vamos fazer curumim
Antes do mundo acabar?
*
Versos e fotos de Dalinha Catunda
dalinhaac@gmail.com
Acho muita graça a certos dialectos. Palavras que nunca ouvi e por isso não sei o que significam ... Oca; beiju; Tatu; Tapioca, e tantas, tantas outras..
ResponderExcluirMesmo assim gostei de ler o poema.
.
Deixando cumprimentos
Muito lindoe divertido! Amei!
ResponderExcluir