*
QUANDO
EU IA ELE VOLTAVA
QUANDO EU VOLTAVA ELE IA
QUANDO EU VOLTAVA ELE IA
1
Namorei
um Zé Mané
Porém
não fiquei contente
Pois
gostava de aguardente
Nele
eu não botava fé
Fui
com ele a Canindé
Numa
moto romaria
Quando
na moto eu subia
Da
moto ele escorregava
QUANDO
EU IA ELE VOLTAVA
QUANDO EU VOLTAVA ELE IA
QUANDO EU VOLTAVA ELE IA
2
E
naquela confusão
Para
escapar do fuxico
Me
apeguei com São Francisco
Fiz
promessa e oração
Para
não cair no chão
Eu
gritava e me benzia
Enquanto
eu me maldizia
Sua
moto ele empinava
QUANDO
EU IA ELE VOLTAVA
QUANDO EU VOLTAVA ELE IA
QUANDO EU VOLTAVA ELE IA
3
Agarrada
na cintura
Eu
apertava o sujeito
Era
sim daquele jeito
Que
gostava a criatura
Eu
já estava com gastura
E
o cabra não reduzia
Minha
bolsa escapulia
Nele
meu corpo roçava
QUANDO
EU IA ELE VOLTAVA
QUANDO EU VOLTAVA ELE IA
QUANDO EU VOLTAVA ELE IA
4
Um
vento forte bateu
Nessa
viagem sofrida
Minha
saia colorida
Para
segurar não deu
Minha
bunda apareceu
Enquanto
a saia subia
Segurar
eu não podia
E
o vento não ajudava
QUANDO
EU IA ELE VOLTAVA
QUANDO EU VOLTAVA ELE IA
QUANDO EU VOLTAVA ELE IA
5
E
sem nenhum arranhão
Nós
chegamos a cidade
Ao
parar em Caridade
Me
livrei do beberrão
Deixei
ele no balcão
E
acabei com a agonia
Pois
enquanto ele bebia
De
fininho eu escapava
QUANDO
EU IA ELE VOLTAVA
QUANDO EU VOLTAVA ELE IA
QUANDO EU VOLTAVA ELE IA
6
Minha
promessa paguei
Na
matriz de Canindé
Depois
daquele banzé
Minha
graça eu alcancei
O
Bebum eu despachei
Mas
pra ter a regalia
Mas
de mil Ave Maria
São
Francisco me cobrava
QUANDO
EU IA ELE VOLTAVA
QUANDO EU VOLTAVA ELE IA.
QUANDO EU VOLTAVA ELE IA.
*
Versos
de Dalinha Catunda cad. 25 da ABLC
dalinhaac@gmail.com
Poema lindissimo
ResponderExcluir.
Que a vida seja um sorriso
Cumprimentos