CARREIRÃO
DE MULHER
*
Sou
poeta popular
Nos
versos sou estradeira
Quando
pego um carreirão
Meu
verso não tem barreira
Sempre
tive a língua solta
Pois
gosto de brincadeira
Quando
chego num alpendre
Puxo
logo uma cadeira
E
desenrolo meu verso
Sem
esquentar a moleira
Ninguém
derruba meu verso
Com
pedra de baladeira.
Quem
for fraco de poesia
Pode
pegar na carreira
Meu
angu aqui é quente
Não
se come pela beira
Quando
retoco o batom
Mostro
meu lado brejeira.
Tem
muita gente que aplaude
Meu
verso de cantadeira
Porém
tem gente que diz
Que
apenas falo besteira
Não
canto sem minha figa
Não
passo sem benzedeira.
Aprendi
meu carreirão
Ouvindo
Pedro Bandeira
Escrevo
meus absurdos
Por
causa de Zé Limeira
Eu
só não aprendo nada
É
quando esbarro em toupeira.
Esse
canto encarrilhado
É
canto de catingueira
Que
não erra na flechada
Porque
sabe ser certeira
SE
TEM CANTO DE SEGUNDA
O
MEU CANTO É DE PRIMEIRA.
*
Versos
de Dalinha Catunda cad.25 da ABLC
Arte
da ilustração Cayman Moreira
dalinhaac@gmail.com
Poema lindíssimo
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Cumprimentos
A mulher tem a beleza quem deu foi mãe natureza. Por isso a poesia para ela é natural na sua força interior não existe outra igual.
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