Leia aqui, o depoimento do músico e poeta Allan Sales sobre a discussão realizada na Ciranda : Cordel Velho & Cordel Novo
Eu só conheço dois tipos de cordel que não classifico como novo ou velho. Cordel pra mim tem de dois tipos: ruim e bom. É claro que em tempos ancestrais, publicar era algo bem mais difícil, o nível de acesso à informação era bem menor, de forma que pouca gente se atrevia a publicar algo que se desse o nome de cordel, havia mais qualidade pelas obras ancestrais que tive oportunidade de ler. Hoje, com o advento do acesso às tecnologias digitais, qualquer um pode fazer do seu PC uma editora, como eu mesmo faço.
Conheço muito cordel e cordelistas contemporâneos de qualidade, embora reconheça que andei lendo muita bobagem, coisas sem o menor apuro técnico, assim como coisa com apuro técnico isenta de poeticidade, poesia é algo muito além de métrica e rima. O cordel, como tudo neste mundo é contextualizado.
E os tempos não voltam mais, como diz o mote, o que interessa é que as pessoas que realmente levam o cordel a sério, sem corromper a tradição e a técnica, assim como sem negar a contemporaneidade de novas temáticas e abordagens tenham o devido espaço e crédito, já que o que é isento de valor estético por si mesmo não se sustenta como obra de arte. Meu cordel não tece loas ao cangaço de Virgulino e sim aos quilombolas de Zumbi, assim como não entra no séquito dos que canonizam o padreco polêmico e mundano de Juazeiro do Norte, também não culpa a seca como vilã única das mazelas sociais, a cerca do latifúndio é o foco dessa crítica, os puristas, passadistas e similares não apreciam, mas, mesmo assim continuo escrevendo um cordel de um nordeste além deste estabelecido por uma tradição escolástica, metafísica determinista, não científica e dialética.
ALLAN SALES
Recife – PE
Convidei Allan Salles para entrar no Cordel de Saia e, imediatamente obtive resposta, na hora, no improvisso. Um cheiro pra você Allan.
Com você Rosário Pinto
Vou seguindo nessa raia
Pra falar desta cultura
Que no mundo se espraia
Onde o cordel tem vez
Mesmo sem ser escocês
Vou seguir Cordel de Saia
ALLAN SALES
Convidei Allan Salles para entrar no Cordel de Saia e, imediatamente obtive resposta, na hora, no improvisso. Um cheiro pra você Allan.
Com você Rosário Pinto
Vou seguindo nessa raia
Pra falar desta cultura
Que no mundo se espraia
Onde o cordel tem vez
Mesmo sem ser escocês
Vou seguir Cordel de Saia
ALLAN SALES
Pronto amigo ALLAN SALES
Agora não tem fronteira
Você já está preso às saias
De uma mulher guerreira
Seus versos serão bem vindos
Sempre que abrir a porteira
(Rosário Pinto)
Acesse também:
http://rosarioecordel.blogspot.com
http://cantinhodadalinha.blogspot.com
Com você Rosário Pinto
ResponderExcluirVou seguindo nessa raia
Pra falar desta cultura
Que no mundo se espraia
Onde o cordel tem vez
Mesmo sem ser escocês
Vou seguir Cordel de Saia
ALLAN SALES
Estou totalmente de acordo com o texto de Allan Sales sobre "cordel velho e Novo" principalmente quando ele diz que só existe dois tipos de cordel: O bom e ruim.
ResponderExcluirJá conheço parte do trabalho do poeta Allan Sales através de sua página no JBF, por sinal muito bom.
Allan, obrigada pela nobre presença no cordel de saia e parabéns pelo ótimo trabalho em versos que você desenvolve.
Um abraço,
Dalinha