É
DURO DAR LUZ A CEGO
QUE
NÃO PRETENDE ENXERGAR.
Mote
de Dalinha Catunda
1
DALINHA
CATUNDA
Não
sou dona da verdade
O
bom senso assim me diz
Na
vida sou aprendiz
Mas
sempre bate a vontade
De
repassar qualidade
A
quem deseja ingressar
Com
regras no versejar
E
o pouco que sei não nego
É
DURO DAR LUZ A CEGO
QUE
NÃO PRETENDE ENXERGAR.
2
RIVAMOURA
TEIXEIRA
Eu
já dei até a dica
De
como faz o traçado
O
x do metrificado
Ele
diz _exemplifica
Mas
parece q ele fica
Olhando
a banda passar
Ou
prefere só ficar
Nesse
pequenino ego
É
DURO DAR LUZ A CEGO
QUE
NÃO PRETENDE ENXERGAR.
3
DULCE
ESTEVES
Meus
parcos conhecimentos
Gosto
de compartilhar
Convidei,
vamos estudar
Mas,
me causou foi tormentos
Esses
tristes elementos
Só
souberam foi negar
Disse:
eu sei metrificar
Esse
peso não carrego
É
DURO DAR LUZ A CEGO
QUE
NÃO PRETENDE ENXERGAR.
4
CREUSA
MEIRA
Às
vezes a gente fala
Até
com certo cuidado
Que
o verso tem pé quebrado
Mas
a pessoa se cala
Segue
o caminho e embala
Mostrando
não se importar
Vai
querer me martelar
Mas
afirmo, não sou prego
É
DURO DAR LUZ A CEGO
QUE
NÃO PRETENDE ENXERGAR.
5
GIOVANNI
ARRUDA
Precisa
ter paciência
Pois
no começo é assim
Fica
pensando no fim
E
quebra toda a cadência
Perde
do verso a essência
Quem
prioriza contar,
Eu
aconselho tentar
Mas
uma coisa não nego
É
DURO DAR LUZ A CEGO
QUE
NÃO PRETENDE ENXERGAR
6
BASTINHA
JOB
É
malhar em ferro frio
pedra
que água não fura
clarear
a noite escura
secar
o leito do rio,
receita
sem ter avio,
um
ganho sem conquistar,
Poeta
sem se inspirar
Tudo
isso veto e renego:
É
DURO DAR LUZ A CEGO
QUE
NÃO PRETENDE ENXERGAR.
*
Roda
de glosa coordenada por Dalinha Catunda.
Reparei
e gostei: No último verso antes do mote, quase todos os poetas usaram suas
rimas sem repetir a rima dos colegas. Na minha avaliação isso enriquece essa
ciranda de versos. Obrigada aos participantes.
postagem de Dalinha Catunda cad 25 da ABLC
dalinhaac@gmail.com
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